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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Nem nas alegrias podemos sorrir

Antes da bola começar a rolar para este último e decisivo jogo da fase de grupos da Champions, na Luz, com o Dínamo de Kiev, último classificado com apenas um ponto - o tal do empate na Ucrânia, na primeira jornada - as sensações não podiam ser as melhores. Desde logo porque o treinador, acossado como está, e apenas a pensar na sua pele, tinha dado por cumprido os objectivos para esta competição - ter chegado à fase de grupos era tudo o que a sua ambição permitia. Mas também por vermos André Almeida a constituir o trio de centrais, depois do que tinha sido o seu desempenho na passada sexta-feira, no dérbi.

O início do jogo abriria no entanto outras perspectivas. e ameaçava fazer esquecer esses maus sentimentos. Logo aos 30 segundos Yaremchuk surgiu isolado na cara do guarda-redes ucraniano, que conseguiu a defesa mas deixou a bola à mercê de Rafa. Que chutou para a bancada, numa perdida que só não poderemos chamar de escandalosa porque, 7 minutos depois, Tsygankovo, com Lucescu incrédulo, fez igual em condições bem mais favoráveis - sozinho, a três metros da baliza deserta. E Rafa ficou perdoado.

E bem perdoado, pelo que viria a fazer ao longo de toda a primeira. Ele e João Mário, mas também o resto da equipa, que conseguiu uma exibição competente, com bocados de futebol agradável e com o jogo controlado. O primeiro golo surgiu aos 16 minutos, com Yaremchuk a concluir uma boa jogada colectiva, com muito Rafa e  ainda mais João Mário pelo meio. E na assistência. O segundo tardou apenas seis minutos, depois de um recuperação de bola pelo João Mário, aliviada depois por um defesa ucraniano ... para Gilberto, que ainda não tinha recuperado e estava para lá da linha defensiva adversária, para marcar um golo que nem era nada fácil de fazer.

Também em Munique as coisas iam correndo de feição, e o Bayern chegava igualmente ao 2-0 sobre o Barcelona, e as portas do apuramento para os oitavos de final estavam escancaradas. Tudo perfeito - o Benfica jogava bem, fazia a sua parte. E o  Bayern fazia o que era esperado que fizesse - ganhar a este Barcelona que só ganhara ao Dínamo de Kiev.

Só que havia a segunda parte para jogar. E aí voltamos ao Benfica de Jorge Jesus. É pena, mas a verdade é que a segunda parte deu ao jogo o verdadeiro espelho do Benfica que temos. E que continuamos a ter: uma equipa que não consegue jogar um jogo inteiro, e que é capaz do melhor e do pior num só jogo. 

O Dínamo de Kiev dominou por completo durante toda a segunda parte, infligindo mais um banho de bola ao Benfica. Ainda agora está por perceber como não marcou um golo, que teria inevitavelmente mudado tudo.  Voltou a valer-nos Vlachodimos!

É certo que a arbitragem alemã foi ainda pior que o jogo do Benfica, com dois penáltis por assinalar. É verdadeiramente escandaloso que nem o VAR tenha assinalado a mão dentro da área a cortar um cruzamento de Rafa. Naquela altura, o terceiro golo poderia ter mudado o rumo do jogo. Ou não, e apenas ter tornado ainda mais injusto o resultado para os ucranianos!

A equipa nunca se encontrou, não teve bola - a equipa de Lucescu deu por completo a volta às estatísticas do jogo, e terminou com mais de 60% da posse de bola, mais remates, mais cantos ... - nem estratégia que não fosse defender. Os jogadores apenas se encontravam quando se juntavam à frente da sua grande área, onde acabaram por passar a maior parte do tempo. Fora disso era sempre grande a distância que os separava, impossibilitando qualquer tipo de pressão sobre o portador da bola e permitindo ao adversário a construção de jogo ao ritmo de ondas sucessivas. Assistimos durante grande parte deste período ao inimaginável numa equipa de futebol de alta competição - três jogadores na frente a pressionar a saída de bola e, depois, os restantes sete lá atrás, deixando 60 ou 70 metros de terreno livre para os jogadores ucranianos jogarem completamente à vontade.

Depois, as substituições. E o mesmo de sempre - incompreensíveis. Primeiro entrou Everton, para o lugar de Pizzi. E Everton foi Everton... Depois entrou Lázaro, para o lugar de Gilberto, amarelado, esgotado e há muito desastrado, depois do Diogo Gonçalves ter passado o tempo todo em aquecimento. E, sem bola, sem capacidade de a segurar e fazer circular, trocou João Mário por Tarrabt e Yaremchuk  por Darwin. Não está em causa que os substituídos pudessem estar esgotados, o que é incompreensível é trocar dois dos que melhor seguram a bola, cada um na sua função, por jogadores que mais a perdem. Jorge Jesus só percebeu isso quando fez entrar o miúdo, Paulo Bernardo, para o lugar de Rafa. E como se notou logo!

Salvou-se o resultado. O da Luz e o da Allianz Arena, que ainda subira para 3-0. E o - é verdade - à partida inesperado apuramento para prosseguir na Champions. Mas este Benfica de Jorge Jesus nem nas alegrias nos deixa sorrir!

 

  

Inevitabilidade evitável

Temia-se uma nova goleada, e mais um pesadelo, nesta viagem do Benfica a Munique, para defrontar o Bayern no jogo inicial da segunda volta desta fase de grupos da Champions. Se não há alturas boas para defrontar esta grande equipa do futebol mundial, esta, na actual fase do Benfica, era a pior.

A goleada aconteceu, não dá por onde dourar a pílula. O 2-5 final, é uma goleada em cima de outra goleada, num agregado de 2-9. E mais um resultado pesado, a carregar em cima dos últimos resultados, e certamente a pesar sobre os ombros dos jogadores, descrentes e desorientados.

Claro que o Bayern é uma grande equipa, inacessível à maioria das equipas que disputam a Champions. E que dá gosto ver jogar ... desde que não seja contra o Benfica. Mas não é invencível, como de resto já foi demonstrado por duas vezes nesta época, nas competições internas. Para isso é no entanto necessário não cometer tantos erros, individuais e colectivos, como o Benfica vem cometendo. É preciso um pouco mais de talento, que não abunda nesta equipa de Jorge Jesus. Nem nos jogadores, nem no treinador. E é preciso uma estratégia. Como o jogo mostrou!

A equipa até pareceu entrar sem medo, criando a ilusão que a goleada, e o pesadelo, não eram uma inevitabilidade. Teve a primeira ocasião para criar perigo para a baliza de Newer, e marcou até o primeiro golo. Mas não valeu, foi anulado pelo árbitro, por fora de jogo de Pizzi, que o VAR confirmou. Mal. Seguramente mal, à luz das linhas apresentadas, que mostravam claramente que apenas a mão do jogador do Benfica "pisava" a linha traçada. E, nem mãos, nem braços, membros que não podem jogar a bola, contam para determinar o fora de jogo (já agora, o árbitro voltou a prejudicar o Benfica ao poupar a expulsão, por segundo amarelo, a um defesa do Bayern). E, com talento para isso, Pizzi poderia ter marcado ainda antes do primeiro golo do Bayern, quando saiu isolado em contra-ataque, ainda no seu meio campo defensivo, com Newer na sua posição natural, quase sobre a linha de meio campo.

E ainda marcou dois golos.

Quem faz isto pode não ganhar ao Bayern. Quem joga com Meité, também não. Mas deixa demonstrado que se pode ganhar.

Deixa de poder é quando, por exemplo, permite que o Bayern chegue com sete jogadores à sua área, contra apenas três. Quando permite que Grimaldo fique todo o tempo sozinho, a levar nós, uns atrás dos outros, de Coman. Quando pressiona desgarradamente jogadores como os do Bayern. Quando marca individualmente jogadores que estão sempre em movimento. Ou quando permite que até Newer assista para golo.

Quem assim joga sujeita-se simplesmente a ver um conjunto de jogadores fantásticos a jogar como uma equipa, a fazerem do jogo o que quiserem, e a marcarem golos uns atrás dos outros. E, no fim, a puxar dos galões por marcar dois golos.

O Barcelona, ganhando em Kiev, fez o pleno com o Dínamo, e desalojou o Benfica da zona de apuramento. Mas esta não é sequer altura para fazer contas. Se esta sequência de resultados e exibições não for já estancada com o Braga - bem nos recordamos que a debacle das duas últimas épocas começou precisamente nas derrotas com os bracarenses, na Luz - todas as contas sairão furadas.

Inglório? Certamente! Mas...

 

Durante 70 minutos do jogo desta noite, na Luz, vibrante, o Benfica alimentou a ilusão de ter condições de o disputar com o colossal Bayern. De discutir o resultado, e até que perder não era a fatalidade anunciada.

Claro que poderia ter sofrido golos durante esse período, e sofreu até dois que, bem, o VAR anulou. Mas também poderia ter marcado e, acima de tudo, nunca foi uma equipa dominada e submetida. O Bayern resolve sempre os seus jogos muito cedo. No último domingo, com o Bayer Leverkusen, com quem então partilhava a liderança da Bundesliga, à meia hora de jogo já ganhava por cinco. O resultado em branco aos 70 minutos, com uma equipa que é uma máquina de marcar golos, e com o Benfica a fazer bem mais que simplesmente resistir, fazia oscilar os adeptos entre a esperança num bom resultado e o receio que, para aquela máquina de futebol, o golo seja apenas  uma questão de tempo. Ou de um erro!

Não se esperaria era que fosse numa bola parada. Já tinha havido duas ou três ocasiões para isso, e nenhuma tinha saído bem a Sané. Mas foi: Yaremchuk, na barreira, em vez de saltar, encolheu-se. E a bola passou por ali, direitinha às redes de Odysseas, sem possibilidade de fazer o que quer que fosse para o evitar. Aquele minuto 70 tornou inglório todo o esforço da equipa até aí.

E a partir daí foi o descalabro, perante um adversário impiedoso, com os erros a sucederem-se, e os golos a surgirem a um ritmo nunca antes pensável, até à temida goleada. Em casa, como já sucedera às outras duas equipas portuguesas na Champions. Por muito que o Benfica tenha feito bem mais neste jogo, perdendo por quatro, que então tinham feito os seus adversários nacionais, e companheiros de desventura nesta Champions, quando perderam por 5-1. 

Ninguém se fica a rir. Essa é que é essa. Como é este o nosso futebol no espaço competitivo europeu. O resto é conversa!

 

A champions em Lisboa III

Imagem

 

Terminou hoje na Luz  a "Champions" desta longa - a mais longa de sempre, quando já se disputam jogos de apuramento para a próxima - e anormal época de 2019/20, num formato de emergência ditado pela emergência da pandemia. A condensação das quatro últimas fases da competição numa espécie de fase final a eliminar, em Lisboa, trouxe uma sensação de uma outra dimensão da competição, a que a falta de público tirou ambiente e espectacularidade, mas não interesse.

Foi uma final inédita, como seria sempre. Mas também inédita pelas equipas em confronto, não pelo Bayern, que já anteriormente disputara dez finais da maior prova de clubes do futebol mundial, mas pelo PSG, que a atingia pela primeira vez nos seus 50 anos de História. Foi a final que a UEFA desejava, mas também foi a final ajustada ao desempenho das oito equipas que chegaram a  Lisboa há duas semanas para disputar o mais importante título do futebol da Europa e do Mundo.

E se não foi a mais espectacular de sempre - e não foi mesmo, se nos lembrarmos de Istambul, em 2005, mas também de mais uma ou outra - teve talvez a melhor primeira parte de sempre. Mesmo sem golos. Com o Bayern a confirmar que é neste momento a equipa mais forte do futebol mundial, porventura apenas ao alcance do Liverpool, e o PSG a confirmar que já é uma equipa, e até uma equipa espectacular.

Não se pode dizer que a equipa de Paris tenha sido superior. Mas criou mais, e mais espectaculares, oportunidades de golo. Só que na baliza dos alemães estava Neuer... Que fez a diferença. Que faz sempre a diferença quando a sua equipa não consegue controlar tudo, e chega a sua vez de dizer presente. 

A segunda parte foi substancialmente diferente. Primeiro porque o Bayern marcou ainda cedo, à beira dos 15 minutos, por Coman, e acentuou a sua capacidade de controlar o jogo. E depois porque a condição física dos jogadores já não permitia nem o mesmo ritmo, nem a mesma disponibilidade mental. E a qualidade do jogo teve que se ressentir. 

Mesmo assim, voltou a ser Neuer a fazer diferença. Não que, do outro lado, Keylor Navas tenha tido culpas no golo sofrido. Simplesmente porque, imperialmente, defendeu tudo, mesmo o que não tinha defesa.

E decidiu esta "Champions", que se confirma como competição aristocrática, continuando a virar as costas ao novo riquismo do futebol mundial. Os novos ricos, movidos a dinheiro de magnatas das arábias, terão de continuar à aguardar à porta deste clube aristocrata dos velhos emblemas europeus. Salvo uma ou outra distracção, a "Champions" continua com reserva do direito de admissão!

 

 

Catástrofe em Munique

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Rui Vitória não é apenas boa pessoa e bom chefe de família. É também solidário como ninguém.

O treinador do Bayern estava de malas aviadas. O aviso tinha sido claro, se não ganhasse hoje ao Benfica, tinha o dedo de Hoeness a apontar-lhe a porta de saída. Ora, Rui Vitória não é homem para ver um colega em perigo sem lhe dar a mão. É mais dado a "abono dos pobres" ... e até dos ricos. Porque ele quer é fazer o bem, sem olhar a quem.

Rui Vitória tem é de ser bombeiro, é aí que realiza toda a sua dimensão humanista, é aí que projecta todas as suas nobres qualidades. Treinador de futebol é que não. Não nasceu para esta vida.

Hoje, em Munique, aconteceu simplesmente mais uma noite de terror. Mais uma jornada de destruição do nome, do prestígio e do património do Benfica. Uma catástrofe...

 

Foi muito bonito

Benfica-Bayern Munique

(Foto daqui)

Foi muito bonito o ambiente da Luz esta noite. Foi muito bonito o jogo, foram muito bonitos aqueles onze minutos de chama imensa, intensamente acesa a iluminar a esperança de chegar às meias finais da Champions. E com o dois a zero ali tão perto...

Foi bonita a forma como o Benfica discutiu com o Bayern o acesso ao acesso à final de Milão. Mas só isso, dirão alguns... Não me parece, foi mais que isso. Foi a confirmação que o Benfica tem uma muito boa equipa, um excelente grupo de jogadores, que lhe permite encarar de frente um jogo destes sem três dos seus principais jogadores - e não me refiro evidentemente a Luisão e Júlio César, refiro-me a Gaitan, Jonas e Mitroglou -, toda a frente de ataque, e um grande treinador. Muito competente, muito capaz, sem precisar de se pôr em bicos de pés.

Porque - sejamos francos - não era provável eliminar o Bayern, uma equipa que dispõe de recursos técnicos e tácticos como nenhuma outra. Que conhece todos os segredos do jogo, que tem soluções - que varia e doseia como ninguém - para todos os problemas. Que ocupa o campo todo, não deixando um metro quadrado por utilizar. E que, como se tudo isto não fosse muito, nos momentos chave, quando um ou outro incidente do jogo o poderá marcar decisivamente, tem pelo seu lado quem pode decidir. Foi assim em Munique, num penalti que ficou por assinalar. E voltou hoje a ser assim, quando o árbitro holandês poupou o espanhol Javi Martinez à expulsão, evitando a superioridade numérica do Benfica no último quarto de hora, com a equipa galvanizada pelo golo (excelente, do Talisca) do empate.

Pena mesmo - mais ainda que aquela oportunidade perdida pelo Jimenez que daria o 2-0 logo a seguir ao primeiro golo - foi aquele miúdo de 18 anos, em noite de estreia na Champions e depois de uma recepção espantosa em plena grande área adversária, no último lance do desafio ter permitido a defesa a Newer. Teria sido o fim ainda muito mais bonito...

 

Tributo ao Benfica

Liga dos Campeões em direto: Bayern Munique vs Benfica

 

Não há vitórias morais, em futebol. Sair de Munique da forma que o Benfica hoje saiu não é vitória nenhuma. Mas não há benfiquista que não sinta orgulho no jogo que hoje a equipa realizou frente ao Bayern. 

O resultado não deixa espaço para grande optimismo para a segunda mão, de amanhã a uma semana, na Luz. Outra coisa seria se o Benfica tivesse marcado nas duas grandes oportunidades de golo que criou. Ou se o árbitro tivesse assinalado o penalti no lance em que o Lham joga a bola com a mão, impedindo o Gaitan de seguir para o golo. Mas nem por isso os benfiquistas deixam de estar optimistas, e esse é o maior tributo que podem prestar a estes extraordinários jogadores, a esta fabulosa equipa.

O jogo até começou da pior maneira que podia começar: com um golo logo no primeiro minuto. Mas foi como se nada se tivesse passado, e a equipa soube, primeiro, manter-se equilibrada, e depois equilibrar o próprio jogo. 

O árbitro é que não pareceu muito interessado nesse equlíbrio. Não foi só no penalti que não quis assinalar. Foi em tudo, e ainda mais em tudo quanto mais o jogo se aproximava do fim. Nos últimos minutos a dualidade de critérios foi gritante.

A UEFA está muito interessada em ter o Bayern na final. E o Barcelona, pelo que deu para perceber no outro jogo...

Que banho!

Por Eduardo Louro

 

Começou com um enorme banho táctico o baile de gala que o Real Madrid montou esta noite em Munique.

O Bayern de Pepe Guardiola foi goleado, em casa, por 4-0, pelo Real de Ancelotti. Com dois golos de Cristiano Ronaldo, que atirou para bem longe o fantasma da lesão – que o brasileiro Dante, em lance de expulsão, bem fez por fazer regressar – e estabeleceu um novo recorde, agora em 16 golos, numa edição da Champions.

A pouco mais de meio da primeira parte já o Real ganhava por três, e perdera mais duas grandes oportunidades. A segunda parte foi passada à espera do quarto, esperando-se que, não havendo duas sem três, surgisse do aproveitamento da posição do guarda-redes Neuer, obrigado a jogar quase sempre fora da área. Mas não. O quarto acabaria por surgir perto do fim, por obra e graça do génio do melhor do mundo e melhor português em campo.

Não que os outros oito tivessem estado mal, se bem que Pedro Proença tenha sido igual a ele próprio: vaidoso, pretendendo ser o mais importante em campo. Só assim se percebe que tenha sido tão expedito a mostrar o amarelo que tirou o Xabi Alonso da final de Lisboa, quando deixou passar impunemente inúmeras entradas bem mais graves de diversos jogadores da equipa alemã. Já para não falar das quezílias que, quase sempre de cabeça perdida, provocavam.

PS: Não pretendi entrar em pormenores do jogo à procura de razões para a superioridade da equipa madrilista. E ainda bem que não o fiz, que me limitei a referir o banho táctico de Ancelotti a Guardiola - claramente pressionado, pelo que se percebeu - porque acabei de ouvir um dos comentadores residentes da TVI dizer que tudo se deve a Mourinho. Explicava ele que o Bayern joga como o Barcelona, que Mourinho sabia como contrariar. E que hoje os seus antigos jogadores se limitaram a pôr em prática os seus ensinamentos... E esta, hem!

Comparações

Por Eduardo Louro

 

Jogou-se um grande jogo de futebol esta noite, em Madrid, entre as únicas equipas que disputam as meias-finais que se mostraram dignas de entrar no Estádio da Luz, daqui a um mês.

Um jogo de fazer corar de vergonha José Mourinho, se isso fosse coisa que lhe assistisse… Porque compara com o de ontem, e a única coisa que compara foi ter sido também disputado em Madrid. Porque temos bem fresquinho o autocarro que Mourinho estacionou no Vicente Calderon … Porque nos lembramos como o Real Madrid foi enxovalhado pelo Dortmund e pelo Bayern nas duas últimas meias-finais… Porque nos lembramos como o Chelsea, de Di Mateo, ganhou a Champions, há dois anos… Porque nos lembramos como o Chelsea, de Benitez, ganhou a Liga Europa, no ano passado… E porque este Chelsea de Mourinho foi igualzinho, em Madrid!

Hoje, o Real Madrid foi superior ao Bayern, que não deixa de ser a melhor equipa de futebol da actualidade. E ganhou bem! Criou mais oportunidades de golo – em boa verdade o colosso alemão apenas criou duas oportunidades, já nos últimos dez minutos – e foram as suas individualidades que brilharam no Santiago Barnabéu. Hoje as estrelas foram Modric – que encheu o campo –, Di Maria e Coentrão. Não foram Robben, Ribéry,  Goetze, Muller, Lahm, Alaba ou Schweinsteiger‎…

UMA GRANDE FINAL

Por Eduardo Louro

 Bayern conquista o quinto título europeu

Um grande jogo, uma grande final!

Foi a primeira final alemã, a revelar o futebol alemão em todo o seu esplendor, a confirmar o início de uma nova era no futebol europeu, e talvez mundial. As meias-finais da Champions já tinham marcado esta passagem do testemunho, quando os dois primeiros classificados do campeonato alemão eliminaram os dois primeiros do campeonato espanhol. Esta final confirmou que a Alemanha domina o futebol na Europa como domina tudo o resto. Só que futebol é futebol, o domínio exerce-se de outra maneira: gera admiração e não revolta!

Foi uma daqueles jogos em que raramente um jogador perde a bola, é sempre o adversário que a ganha. Sempre disputado em alta intensidade, com níveis de exigência física e técnica absolutamente insuperáveis, entre duas equipas de excepção. Que, com plantéis de qualidade superlativa, fizeram (cada uma) a primeira substituição, em simultâneo, aos 90 minutos!

E o Bayern, com toda a justiça, ganhou. Quebrando o enguiço e ganhando o triplete - campeonato e taça da Alemanha e Champions – que, com o Benfica, com os resultados conhecidos, perseguia.

Benfica que não esgotava nessa hipótese de triplete os pontos de contacto com este Bayern, liderado por uma dos treinadores de mais má memória no Benfica. É que, para além de serem duas equipas que apresentam o futebol que mais se assemelha, são os que mais finais europeias perderam. Mas, acima de tudo e agora o mais importante, a vitória de hoje da equipa bávara garantiria, como garantiu, o Benfica no pote 1 do próximo sorteio da Champions!

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