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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Não há pressa - a goleada pode esperar!

O Benfica entrou com pressa, hoje na Luz. Se é para sofrer golos - a equipa sofre sempre golos, seja a jogar com o último, com o penúltimo, seja com quem for - vamos lá tratar disso. Não há tempo a perder!

Foi assim que começou o jogo com a B SAD, directo ao assunto, sem perdas de tempo. E como é matéria que está bem treinada, é fácil, rápido e eficaz. Taarabt perde a bola, o resto é com a defesa. E, logo aos  minutos, assim foi. O Afonso, a terceira geração dos Sousa, ganhou a bola ao marroquino e correu com ela pelo meio campo do Benfica. Entregou-a ao Rafael Camacho, na esquerda, para este dar um nó cego ao mesmo Taarabt - que correra atrás do prejuízo para o sítio onde não estava André Almeida - e continuou a correr, sem ninguém o incomodar, até receber de volta, sozinho, dentro da área, e bem na frente de Vlachodimos, a bola devolvida pela antiga promessa sportinguista e a meter na baliza.

Assunto arrumado. Com a consciência do dever cumprido, a equipa podia agora entregar-se de corpo e alma à espinhosa missão de ganhar ao último classificado. Com seis alterações em relação ao último jogo, e com mexidas em todos os sectores (na defesa apenas repetiu Otamendi, no meio campo apenas Taarabt, e na frente só Darwin e Everton sobraram), começou por não ser fácil: muita bola, mas também muita tremideira. Empurrava o adversário lá para trás, chegava a asfixiá-lo, mas nada de golpe fatal. Deixava-lhe sempre fôlego para ameaçar. Os remates, quando surgiam, eram pouco menos que desastrados.

Mas as coisas lá se foram compondo, e a meio da primeira parte Taarabt redimiu-se: recuperou uma bola e, depois de primeiro ter tentado o remate, à segunda correspondeu com um belíssimo passe à belíssima desmarcação de Darwin, que concluiu com os também belíssimos recepção e remate. E, mesmo sem jogar um futebol de sonho, os remates e as oportunidades começaram a surgir.

No arranque da segunda parte o ritmo dos remates (26 no total do jogo, um novo recorde na liga) e das oportunidades de golo cresceu ainda mais. Antes dos 10 minutos, com nova assisstência de Taarabt, Darwuin marcou o segundo e, quatro minutos depois, a passe de João Mário, o terceiro - o hat-trick. O guarda-redes do Belenenses, o poste, alguma falta de sorte e bastante aselhice iam evitando a goleada. Que, com meia hora para jogar, parecia inevitável.

Mas não foi. Entrou-se no período de substituições, e com as saídas de Taarabt, primeiro, e Darwin depois, para entrar Yaremchuck, nem admirou que ainda não fosse desta que o Benfica regressaria às goleadas. E, com as intermitências habituais da equipa, tudo até se poderia ter complicado em mais duas perdas de bola comprometedoras (não, não é só Taarabt) que, naqueles dias em que tudo corre mesmo mal, poderiam ter dado novos golos ao mesmo Afonso.

As intermitências e a falta de eficácia do costume, e a incapacidade para manter o adversário dominado e controlar efectivamente o jogo, são a nota negativa de uma exibição que, não sendo brilhante, acabou por ser aceitável e justificar muito mais golos. E se lhe dermos o desconto de André Almeida já não poder discutir o lugar com Gilberto, de Diogo Gonçalves não ser Rafa, de Valentino Lázaro não ter nada a ver com Grimaldo, e de Meité não ter nada a ver com nada, ainda mais terá de ser valorizada.

PS: Os meus afazeres são por regra submetidos à lei suprema "do hoje joga Benfica". Hoje violei a lei. Não fui à Luz, nem vi o jogo em directo na televisão. À hora do jogo estava em viagem, e fi-la ouvindo o relato na Antena 1. Quando cheguei a casa fui ver o jogo, e nem fiquei espantado por não ver nada do que ouvira relatar, porque já sabia que os relatos de futebol na rádio são hoje um produto, um "conteúdo" que e serve para tudo menos para transmitir o jogo. O meu espanto foi não ter visto nada do que o comentador do jogo viu. Disse esse comentador - não fixei o nome, mas é certamente um "especialista" - por exemplo, que o Benfica não foi Darwin mais dez. Foi Darwin mais zero!

Vergonha e hipocrisia

B SAD e Benfica termina aos 48 minutos por falta de jogadores 'azuis'

Deu à costa no Jamor mais uma vergonha do futebol português, que será certamente notícia pelo mundo fora. O B SAD, atingido por uma severa vaga de Covid, entrou em campo com nove jogadores, e o Benfica com os 11 regulamentares. Na bola de saída aconteceu o primeiro golo do Benfica, aos 30 segundos. Marcado na própria baliza, por um defesa azul. Seguiram-se mais seis - três de Darwin, dois de Seferovic e um de Weigl -  até ao 7-0 e ao intervalo, No reatamento, e depois de longa espera, a B SAD surgiu com apenas 7 jogadores. Ao apito do árbitro para o reinício um deles sentou-se no relvado e cumpriu-se a condição regulamentar para terminar ali o jogo 

A vergonha deu à costa no Jamor, dessa forma. Mas não foi no relvado do Estádio Nacional que nasceu. Aí aconteceu a única coisa digna no meio desta vergonha, e foi protagonizada pelos jogadores do Benfica e do B SAD. Estes, porque enquanto estiveram em campo fizeram o que puderam, sempre com grande dignidade. Os do Benfica não foram menos dignos. Foram sérios, não foram sobranceiros, não brincaram com as fragilidades do adversário, e limitaram-se a jogar aquele jogo nas suas circunstâncias. Outra coisa não poderiam ter feito.

Os responsáveis pela vergonha são os senhores da FPF e da Liga e ... Rui Pedro Soares, o presidente da SAD que é em si mesma uma vergonha. Os dirigentes do futebol nacional porque permitem que estas coisas aconteçam, ao terem na época passada aberto os precedentes para o que hoje aconteceu. No período mais crítico da pandemia, há pouco menos de um ano, quando o Benfica teve 26 jogadores e técnicos infectados, Fernando Gomes e Pedro Proença entenderam que tinham interesses mais altos a defender, e que nada havia a fazer a não ser jogar os jogos que tinha que disputar. Antes, na época anterior, num jogo do Sporting em Setúbal, com o Vitória em idêntica situação, se bem que não em circunstâncias de Covid, que ainda não tinha surgido, permitira ao Sporting recusar o adiamento solicitado pelos setubalenses.

Rui Pedro Soares porque, depois de ter passado os últimos dias e horas a dizer que não pedira, nem pediria, o adiamento do jogo, apareceu depois do jogo a disparar para todos os lados por o jogo não ter sido adiado, como se ele próprio não tivesse nada a ver com o assunto. Ainda esta manhã dizia:

"Não pedimos o adiamento do jogo a ninguém. Nem ao Benfica nem à Liga, nem às autoridades de saúde. Até este momento isso não aconteceu nem vai acontecer. O Belenenses não vai pedir o adiamento do jogo. As únicas conversas que teriam validade para adiar o jogo seriam entre mim e Rui Costa. Estivemos em diálogo ontem e nunca a hipótese de adiar o jogo foi colocada por mim ao presidente do Benfica. Olhamos para o calendário e percebemos o constrangimento de um possível adiamento."

Para a história não fica apenas esta vergonha. Ficam os falsos moralistas e os oportunistas. E o mar de hipocrisia em que navega o futebol português. 

 

 

O espaço procura-se onde ele está

 

O Benfica entrou no lastimável relvado do Jamor - a quem interessa esta prolongada degradação do Estádio Nacional? Presumo que interesse a quem interessa retirar de lá definitivamente, sem apelo nem agravo, a final da Taça - debaixo de fortes expectativas de recuperação. As últimas exibições, mesmo que a espaços, alimentavam alguma esperança na recuperação, pelo menos, de um nível exibicional minimamente compatível com os pergaminhos e a História do Benfica.

Rapidamente percebemos que as expectativas seriam goradas, e que a esperança teria de esperar por melhores dias. A equipa entrou a repetir tudo o que de mau tem vindo a fazer ao longo da época. A passo, passes para trás e para o lado, e mesmo assim falhados, boa parte das vezes. Sem ideias, sem querer e sem crer. E sem rematar. 

O primeiro remate surgiu já a primeira parte ia a meio. E com ele a primeira oportunidade, das duas que o Benfica criou nos primeiros 45 minutos. Tantas quantas as da equipa do B SAD, que se sentiu sempre confortável com as suas duas linhas defensivas muito juntas, e com o adversário exclusivamente apostado em explorar o espaço entre elas que, assim, obviamente não existia. Como por ali ninguém passava, bastava aos de azul esperar pelos passes errados ou que a bola acabasse por sobrar no meio daquelas barreiras defensivas para lançar as suas saídas para o ataque.

Tudo muito fácil para os rapazes de Petit e, ao invés, muito difícil para os de Jesus. E para a recuperação em que ainda queremos acreditar.

Na segunda parte tudo foi diferente. Nem sempre muito bom, mas diferente. O Benfica regressou dos balneários a perceber que não havia espaço entre as linhas adversárias, mas que ele estava atrás delas. E que, se era lá que estava, era lá que o tinha de procurar. Chamam-lhe os entendidos o ataque à profundidade. Mas é mais fácil do que aquilo que os entendidos querem fazer crer: é uma simples questão de visão, de ver o espaço onde ele está, em vez de insistir em procurá-lo onde ele não está. E depois um bocadinho de velocidade a procurá-lo.

De repente o futebol do Benfica transformou-se, e o jogo passou a ser outro, sem nada a ver com o que fora a primeira parte. Em 10 minutos chegou ao primeiro golo, por Seferovic, com assistência de Grimaldo. O segundo, com o suíço a bisar, desta vez servido por Diogo Gonçalves, tardou apenas mais três. E o terceiro, o primeiro de Lucas Veríssimo, com nova assistência do espanhol, mais seis minutos. E ainda com tempo para, de permeio, poder fazer mais dois golos. Três golos em 9 minutos, com três assistências dos laterais, e mais três ocasiões para fazer outros tantos, antes de passar à fase de gerir o jogo e o resultado, o mais gordo de há uns largos meses para cá.

E de novo a esperança que o imprescindível segundo lugar ainda possa ser possível, e que a Taça possa ser ganha, para ganhar qualquer coisinha nesta época. Que era de arrasar!

 

 

Altos e baixos

A BOLA - Benfica soma quinta vitória consecutiva diante do Belenenses SAD  (Liga)

 

Mais um jogo de altos e baixos. Com muitos baixos, este jogo da Luz com a equipa da SAD do Belenenses, ainda sem público. De Luz apagada. Talvez esteja aí, na falta do público, uma razão para estas intermitências exibicionais.

O Benfica voltou a entrar bem, com 10 minutos de alta voltagem. Chegou ao golo bem cedo, logo aos 6 minutos, em mais uma bela jogada concluída com um remate de cabeça de Seferovic, hoje titular, em vez de Waldschemidt, numa equipa com algumas alterações, entre elas com o regresso de Weigl à equipa inicial.

Nesse período o Benfica fez o golo e criou mais três ocasiões de o repetir, com um futebol com muita dinâmica, vivo e pressionante. Depois começou a levantar o pé do acelerador, e quando deu por ela já não tinha pela frente um adversário submetido. E submisso.

Pelo contrário, era já um Belenenses que disputava o jogo no campo todo, que marcava bem os adversários e disputava cada bola, estivesse ela onde estivesse. É certo que só rematou pela primeira vez já bem dentro do último quarto de hora da primeira parte, mas a partir daí tomou-lhe o gosto. O veterano Varela pegava na bola, rematava e chegou até a introduzir a bola na baliza de Vlachodimos. Mas em claro fora de jogo. E o que se pode dizer é que o Belenenses acabou a primeira parte, se não com algum ascendente no jogo, pelo menos com ele equilibrado. E controlado.

O início da segunda parte nem foi até muito diferente, e o risco do golo do empate chegou a passar pelo jogo. Para complicar mais as coisas Grimaldo lesionou-se, à primeira vista de forma grave. Durou até ao fim do primeiro quarto de hora.

A partir daí, e com as entradas de Waldschemidt e Pizzi, o jogo mudou e o Benfica voltou a comandá-lo claramente. Nunca num nível exibicional por aí além, apenas aqui ou além com um ou outro pormenor de classe, ou uma ou outra jogada de bom nível. Construiu então mais duas ou três boas oportunidades de golo, fez mais um golo de Darwin anulado por 11 centímetros de fora de jogo, e chegou finalmente ao segundo, aos 75 minutos, em mais uma preciosidade do jovem uruguaio, a ver por fim validado o seu primeiro golo no campeonato.

No fim fica mais uma vitória justificada, a quinta nas primeiras cinco jornadas do campeonato, coisa que não acontecia há 38 anos, desde Eriksson, em 1982. Não sei é se é mais obra do calendário, se do momento de forma da equipa. Que continua com oscilações a mais. Nenhuma equipa consegue jogar todo o tempo a alto ritmo, e a deslumbrar. Mas passar do oitenta para o oito com tanta frequência durante um jogo, e mesmo que este não tenha sido o mais flagrante, não é das coisas mais entusiasmantes.

Sem (se) entender (com) o jogo

Análise: Lage apostou em Taarabt, o marroquino brilhou, mas o Benfica ainda se assustou

Foi um jogo estranho e muito complicado, este que Benfica e Belenenses SAD disputaram na Luz nesta sexta-feira. A equipa de Petit surpreendeu com uma atitude descomplexada e cheia de atrevimento.

Esteve por cima em muitas fases do jogo. Foi claramente assim na primeria metade da primeira parte, e muito assim em quase toda a segunda parte. Pelo meio houve a noite de Taarabt e três excelentes golos, todos os do Benfica, em três jogadas verdadeiramente espectaculares. Nos dois primeiros, inteirinhas do marroquino que Bruno Lage ressuscitou. No último, mais colectiva: com um passe notável do Rúben Dias, seguida de um toque de calcanhar fabuloso de Vinícius, e concluída com desmarcação e finalização irrepreensível do recém entrado Chiquinho.

Ficou a ideia que o Benfica nunca entendeu o jogo nem nunca se entendeu com o jogo. Foi um jogo com muitos espaços, nunca o Benfica teve um jogo com tanto espaço. E quando há espaço, as equipas com os melhores jogadores encontram o seu paraíso num jogo de futebol. À excepção das jogadas dos golos, o Benfica nunca soube aproveitar os espaços que o jogo lhe concedia. Parecia que desconfiava disso. Talvez por a equipa não estar habituada a isso, fazia lembrar aquele jargão popular: quando a esmola é grande, o pobre desconfia!

E não entendeu claramente aquele jogo.

Mas também não se entendeu com ele. Depois de chegar com alguma facilidade ao 2-0 (muito mais facilidade que no jogo do ano passado, cujo fantasma pairou tanto tempo na Luz) o Benfica veio para a segunda parte como se nada do que acontecera na primeira metade do período inicial tivesse realmente acontecido. E permitiu que a equipa de Petit se mantivesse viva no jogo, a engordar o fantasma da última época, que levou os únicos dois pontos que Bruno Lage deixou fugir.

E nem vale a pena invocar a mentira do penalti que deu o segundo golo ao adversário. Que o árbitro Hugo  Almeida se tenha equivocado, poderá ter que se aceitar. Mesmo que sejam equívocos a mais, pois também já se tinha equivocado num livre perigoso contra o Benfica, com amarelo e tudo para o Pizzi, que nem na sombra no velho e sabido Varela tocara. Rui Oliveira, o VAR, é que não tem desculpa: o único contacto de Rafa com o mesmo Varela, num esboço de tentativa de o agarrar, acontece bem fora da área. Dentro da área apenas acontece que o velho e sabido Varela se manda para o chão!

 

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