"Agora estão me levando"...
O primeiro-ministro húngaro, o fascistoide Viktor Orbán, tem feito tudo o que lhe dá na real gana sem provocar grandes incómodos na UE.
Orbán, e o Fidesz, o partido de extrema-direita que lidera e integra o Partido Popular Europeu, tem podido fazer dos fascismo uma bandeira. Aboliu a separação de poderes, e permitiu-se abater o Estado de Direito num país membro da UE, levantou muros num espaço livre de fronteiras, perseguiu imigrantes (mas também emigrantes) e declarou o racismo e a xenofobia pilares dos seus princípios políticos.
Nada que incomodasse ninguém na Comissão Europeia. Nada que fizesse esboçar o mais leve protesto a qualquer partido da direita europeia, incluindo naturalmente os nossos PSD e CDS, reunidos no Partido Popular Europeu (PPE).
De repente, tudo mudou. O PPE não se conforma, avisa Orbán que assim não pode continuar e ameaça mesmo expulsar o Fidesz. Paulo Rangel afinal há muito que em silêncio não tolerava o fascistoide, e até o CDS acha Orbán intolerável. Bastou que Orbán espalhasse por toda a Hungria uns cartazes a atacar pessoalmente Jean Claude Juncker, o Presidente da Comissão Europeia que é também o líder do Partido Popular Europeu!
Ainda se se lembrassem de Bertolt Brecht...
"Primeiro levaram os negros, mas não me importei com isso. Não era negro..."