Afinal havia um passo intercalar no processo de votação do blogue do ano que, certamente por erro meu, me escapou e, de ontem para hoje, a lista de doze passou a lista de cinco, que deixou o Quinta Emenda de fora.
Afinal, percebi apenas agora que o processo de votação de que resultou a nomeação do Quinta Emenda tinha terminado em 1 de Novembro. Ou seja a mobilização agora suscitada foi lançada fora de prazo. O que não percebi, mas também não irei tentar perceber - porque as coisas têm a importância que têm, e não mais do que isso -, é que ontem tenha sido apresentada a lista dos doze nomeados, por ordem aleatória os dos doze mais votados na votação inicial, e sem outra indicação que não fosse que, hoje, se iniciaria a votação. E que, hoje, a lista estivesse reduzida a cinco com a explicação que eram os cinco mais votados naquela mesma votação.
Porque alguma culpa terei obrigatoriamente que ter nesta confusão, as minhas desculpas. As minhas desculpas também pelas falsas expectativas que involuntariamente criei. E o meu muito obrigado pelas manifestações que recebi e pelo entusiasmo que me transmitiram, e que não cai em saco roto.
Nem sempre é tudo mau. Foi bom saber que um blogue individual como é este, sem qualquer iniciativa promocional e sem qualquer mobilização, é espontaneamente apontado pelos leitores como um dos doze melhores.
Desde já os agradecimentos à Magda Pais e ao David Marinho, pela iniciativa, e aos leitores, que trouxeram o Quinta Emenda até aqui. As votações começam amanhã e decorrem durante um mês.
E, claro - se não forem os leitores a votar no Quinta Emenda quem o fará? -, fico à espera do seu voto!
1. Quebrar um princípio e entrar numa cadeia. Não é o que parece: nunca entro em cadeias do que quer que seja, fujo de andar em rebanho (a expressão é outra, mas é mais simpático assim), mas desta vez não resisti à convocatória do (da?) Sarin e ao desafio da Sara. E aí estou... porque não é o que parece...
2. Aproveitar todos os dias de sol. Que neste Verão estão pela hora da morte. Começa a ser mais fácil encontrar uma agulha num palheiro. Ou encontrar uma casita em Lisboa que não tenha preço de palácio...
3. Chegar à praia e pôr-me a andar antes de estender a toalha. Se for depois, já é difícil...
4. Agarrar todas as sardinhadas que encontrar. Não perder uma. Agora, que as festas dos santos populares já lá vão, já posso assumir este compromisso.
5. Dormir umas belas sestas. Não podem ser muitas, troco a qualidade pela quantidade. Poucas mas boas...
6. Ler umas coisas que estão atrasadas, e que não se podem atrasar mais. Se não passam de validade...
7. Pôr em dia umas séries que estão guardadas nas gravações. Algumas já têm bolor, e muitas já só estão a ocupar espaço.
8. Não perder pitada do Cistermúsica. Imperdível, até 29 de Julho, mesmo que o cartaz deste ano possa estar um pouco distante dos melhores.
9. À Eusébio Cup. Se ainda se lembrarem do Eusébio. E se não for numa América qualquer...
10. Convidar a Sara e mais dois parceiro/as para umas cartadas. Umas "king(adas)"!
Não sei o que se anda a passar na bloga, mas coisa boa não é. Assim de repente começam a desaparecer blogues como se coisa má lhes estivesse a dar. Em poucos dias foi-se o Arrastão, o nosso2711 e, agora, o Declínio & Queda…
Sabe-se como os blogues são parecidos com o mar – são de levas, de ondas. De mar e mar, de ir e voltar…
Mesmo assim, mesmo que uns caiam aqui para se levantar ali, não é bem a mesma coisa. Acabamos sempre por sentir falta dos que se ficam… Que é como quem diz, dos que partem!
Continuamos na senda dos balanços e inventários de fim de ano, e ainda no mundo da blogosfera.
O portal Sapo dá conta que nos blogues aí alojados se escreveram 100 milhões de palavras. E elaborou uma lista das 100 cujo uso mais subiu em relação ao ano passado. Que ganharam em 2011 uma relevância que nunca tinham conhecido. No topo dessa lista, com um crescimento – imaginem – de 25038%, está a palavra troika. Nos dois lugares seguintes, mas a enormíssima distância, estão dois nomes: Mubarak e Kadhafi, respectivamente.
É natural. A troika não entrou apenas no nosso quotidiano, veio mexer com a nossa vida e acordar-nos no meio de um pesadelo. O problema é que o pesadelo não acabou com o esfregar dos olhos, acordamos e percebemos que estava a começar!
A troika associamos outra palavra, também pouco usada antes: memorando. E Merkel, a senhora que aprendemos a odiar. Pois bem, se a primeira surge no sétimo lugar da lista, o nome de Merkl surge na 23ª posição, pouco atrás de FMI, no vigésimo lugar.
O triângulo da troika aparece aqui com um só lado - o FMI. Mas entende-se, os restantes dois são, à nossa vista, apenas um: Merkel!
Não há Comissão Europeia, nem Banco Central Europeu: há Merkel. Ponto final.
Nesta altura do ano fazem-se balanços e retrospectivas. Inventariam-se acontecimentos e publicam-se estatísticas.
O portal Sapo fez algumas dessas coisas, tendo os blogues por referência. Por exemplo, divulgou o top 20 dos homens e mulheres nacionais mais referidos nos blogues que, como este, utilizam a sua plataforma. Eis essa lista, onde, a vermelho, estão identificados os nomes que nunca passaram aqui pelo Quinta Emenda. Estãoassinalados a vermelho mas, pelos vistos, deveriam estar a cor-de-rosa!
Homens
Mulheres
Posição
Nº de posts
Nº de posts
1
José Sócrates
21349
Manuela Ferreira Leite
591
2
Passos Coelho
7535
Júlia Pinheiro
523
3
Cavaco Silva
5696
Mariza
463
4
Jorge Jesus
3628
Daniela Ruah
451
5
Hulk
2908
Fanny
414
6
Paulo Portas
2184
Rita Pereira
401
7
Manuel Alegre
1939
Judite de Sousa
389
8
Mário Soares
1693
Isabel Alçada
378
9
Coentrão
1601
Luciana Abreu
358
10
André Villas-Boas
1553
Fátima Lopes
321
11
Fernando Nobre
1552
Ana Gomes
316
12
Cristiano Ronaldo
1519
Assunção Cristas
315
13
Angélico Vieira
1428
Teresa Guilherme
301
14
Alberto João Jardim
1391
Ana Moura
297
15
Durão Barroso
1338
Margarida Rebelo Pinto
294
16
Teixeira dos Santos
1243
Simone de Oliveira
250
17
Salvio
1151
Assunção Esteves
240
18
Nolito
1073
Rita Guerra
233
19
António Costa
1062
Ágata
227
20
Renato Seabra
945
Cláudia Vieira
223
Quer dizer: a maioria das mulheres dos blogues do Saponão é a praia do Quinta Emenda!Já para o lado dos homens poderá dizer-se que duas andorinhas não fazem a Primavera... E repare-se como José Sócrates é querido por esta gente: o triplo dos blogues de Passos Coelho e o quádruplo dos de Cavaco!
É sabido que a blogosfera e as redes sociais desempenham hoje uma importante função social. É claro que, como meios de massas que são, nem tudo o que por lá passa é elogiável e que nem todos fazem destes poderosos meios as melhores das utilizações. Nem sempre para os melhores fins! Mas isso é a vida, como diria o outro.
Sabe-se da influência que têm no mundo de hoje, onde até revoluções fazem.
E sabe-se como as empresas, particularmente as de maior exposição pública, pela sua dimensão ou pela repercussão social que perpassa pelos seus negócios, olham com especial atenção o que por lá se passa e que possa beliscar a sua imagem: corporativa ou pública. Ficou célebre, há uns tempos, uma ocorrência que atingiu a INTEL. Foi a força da blogosfera que resolveu um contencioso entre essa a empresa e uma consumidora que rapidamente saltou dessa esfera para se tornar num problema de cidadania e de liberdade de expressão.
Toda a gente tem más experiências com algumas das grandes empresas com posições dominantes no mercado, que lhe advêm da sua dimensão mas particularmente da natureza dos bens ou serviços que fornecem, hoje de primeira necessidade. Quem não tem histórias para contar de um operador de comunicações, da um fornecedor de energia ou de um banco? Quem não passou já pelas mais inenarráveis e absurdas situações desses malfadados call centers, impessoais e robotizados, que nunca têm resposta para coisa nenhuma e repetem até à exaustão a mesma fórmula acrítica e acéfala?
A blogosfera e as redes sociais desempenham hoje papéis mais importantes na mediação e resolução destes conflitos que qualquer associação de defesa do consumidor. É a forma de essas grandes empresas se aperceberem de problemas que, de outro modo, nunca chegariam ao seu conhecimento, perdidos que ficam na fina e opaca malha dos call centers.
Pois eu tenho uma história destas para contar. Já teve uma primeira parte – que não correu lá muito bem – e entrou hoje na segunda. Precisamente por isso, porque acabo de sair do intervalo de uma primeira parte que não correu bem, e ainda estou um bocado desconfiado, vou esperar pela segunda parte. No fim hei-de trazê-la aqui. Espero que com um final feliz!
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