Não sei se, como Obama garante, os Estados Unidos terão por tão certo que o Irão em circunstância alguma venha a usar a bomba atómica. Mas sei, sem qualquer dúvida que, nos tempos que correm nas economias ocidentais, um mercado de 80 milhões de consumidores, ainda por cima alimentado a petróleo, não se pode desprezar. Por muito que sauditas e israelitas se irritem com isso...
Mas, por mera hipocrisia da política externa, por pragamatismo da economia política ou por absoluta convicção, esta é sempre uma boa notícia. A abertura de regimes como o do Irão nunca se fará sem espaço no concerto internacional. E quanto mais fechados sobre si próprios mais perigosos se tornam. E, com armas nucleares, mais ainda...
A terra tremeu esta madrugada, ali por voltas do paralelo 38: um terramoto de magnitude de 5,1, com epicentro a norte de Kilyou, onde se localizam as principais instalações nucleares da Coreia do Norte.
Nem sequer foi preciso entrar pelas portas da especulação. Duas horas depois, o regime norte coreano confirmava aquilo que já tinha anunciado há menos de um mês, e em que então ninguém quis acreditar: a Coreia do Norte desenvolveu, e já testou, a bomba de hidrogénio.
A bomba H tem um potencial destruidor superior em 4 mil vezes ao da bomba de Hiroshima. A Coreia do Norte dispõe de um míssil balístico capaz de a colocar a a 6700 quilómetros de distância e parece que já só falta - um pequeno, muito pequeno pormenor - a ogiva que a acomode ao míssil.
Tudo isto como se fossem as velas para o pequeno e ridículo Kim Jong-Un soprar no seu aniversário, dentro de dois dias. O mundo é cada vez mais um sítio muito perigoso para se viver!