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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

IRONIA DO DESTINO

Por Eduardo Louro

 
Naquilo que é o jogo de palavras que marca as antevisões dos jogos, onde jogadores e treinadores dizem umas coisas – uma vezes com sentido, outras antes pelo contrário – que os media, depois, amplificam para explorar, então já sempre sem qualquer sentido, Jorge Jesus disse, numa resposta a uma alusão à possibilidade de ficar líder isolado no fim desta jornada, que o Porto é normalmente feliz em Braga. Queria ele dizer, com a sua habitual inépcia, que não contava com uma derrota do Porto em Braga.

Tivesse ele mais alguma competência para lidar com as palavras, mas também com os mind games, e não teria certamente utilizado o termo feliz. Teria usado qualquer outra expressão!

No entanto o jogo de hoje viria até a dar-lhe razão. Mas vamos por partes.

Nos últimos anos o Porto tem ganho em Braga. Hoje voltou a ganhar, mas de forma diferente!

Nos últimos anos o Porto ganhou em Braga porque foi melhor. Hoje ganhou porque teve muita sorte. E, já agora, porque um senhor chamado Carlos Xistra, que vê penaltis – logo aos pares - como aqueles de Coimbra, que há dois meses atrás fizeram com que o Benfica lá deixasse dois pontos (dos outros dois que lhe faltam beneficiou este mesmo Braga, logo na primeira jornada), não viu a mão de um defesa portista a cortar a bola dentro da sua grande área. Pelos vistos essa capacidade única de jogar impunemente a bola com a mão dentro da área não se esgotava em Rolando...

Nos últimos anos o Porto foi sempre melhor que o Braga de Domingos e de Leonardo Jardim: esse Braga abdicava de discutir esses jogos, assumia uma atitude de quase subserviência. E era aí que Jorge Jesus queria chegar quando, sem saber utilizar a ironia, se referiu à felicidade do Porto na Pedreira.

Já que o treinador do Benfica não a soube utilizar, quis o destino ser irónico. E hoje, num grande jogo de futebol, bem jogado, bem disputado e equilibrado, o Porto não foi superior ao Braga de Peseiro: foi de facto feliz. E muito: um penalti perdoado, um golo ao minuto 90, através de um remate que atinge as redes por via de um ressalto traiçoeiro num defesa do Braga e, qual cereja no topo do bolo, logo outro de seguida, já no período de compensação, na sequência de um remate de outro defesa adversário!

 

VANTAGENS COMPARATIVAS

Por Eduardo Louro

 

Com a vitória de ontem em Brga o Porto é o mais que provável novo (velho) campeão nacional.

O Braga não estendeu exactamente a passadeira, como já fez no passado recente mas, comparar o seu (des)empenho com o dos jogos contra o Benfica, é comparar o golo da vitória portista na Luz, que irá decidir o título, com um golo a valer!

Não vale!

Veja-se Mossoró. Ou Hugo Viana, que decidiu sempre nos jogos com o Benfica. Ontem também decidiu, mas não foi exactamente no mesmo sentido …

O Porto apresenta-se sempre com vantagens comparativas assinaláveis. Por exemplo, parte sempre com, pelo menos, um bónus de seis pontos: os que estão em disputa nos jogos com o Braga!

Futebolês #67 CASA

Por Eduardo LouroVer imagem em tamanho real

 

O futebolês também tem casa. Talvez, como muitos portugueses – se a média, segundo o INE, é uma casa para 1,86 portugueses … – tenha até mais que uma. O Quinta Emenda não se importa nada de ser uma das suas casas!  

Tem a casa do disparate (que grande casa!), a casa da fruta – versão do futebolês, com sotaque nortenho, da casa de alterne – e tem a casa de Pinto da Costa, com acesso guiado pelas escutas que não contam para nada. E tem as casas: do Benfica e do Porto, espalhadas pelo país e até pelo mundo. O Sporting - sempre diferente - não lhes chama casas, chama-lhes núcleos sportinguistas! Mas, em futebolês, casa é mesmo para definir o lar da equipa, o seu ambiente aconchegado, o seu estádio. Onde joga, mas já não onde treina, agora que estão criadas as academias, os campus, os centros de estágio ou os centros de rendimento… Para todos os gostos!

A casa é assim, agora, como uma sala de visitas. Serve apenas para receber os seus pares, mesmo que na qualidade de adversários, e já não para viver o dia-a-dia. Onde, evidentemente, nos sentimos bem. Jogar em casa é e será sempre um privilégio! Por muito que o Sporting, que, como se sabe, tem aquela velha mania de que é diferente, pretenda contrariar isto!

Fica-se assim com a ideia que no futebol há uma enorme preocupação em receber bem: vive-se e trabalha-se noutro espaço para poupar a sala de visitas, para que esteja nas melhores condições e à altura das visitas. Para prestigiar a condição de anfitrião!

O Benfica recebe na Luz, na maior sala de visitas do país, na Catedral! E, para que esteja que nem um brinquinho quando recebe os seus adversários, passa-se para a outra banda, para o Campus do Seixal.

Será com a mesma ideia que o Sporting deixa Alvalade e a Alvaláxia e atravessa a ponte até à Academia de Alcochete? Não sei, não estou seguro que seja. Se fosse também não deixariam lá entrar aquela rapaziada da Juve Leo, que vira tudo do avesso. Penso mesmo que é por outra razão. O que o Sporting precisa de poupar é o relvado, para ver se aquilo se aguenta mais do que um mês. Quando lá instalarem um sintético – parece que é a única solução para terem um campo que aguente uma época – lá se vai a razão para poupar a sala de visitas… A não ser que o próximo presidente consiga pôr alguma ordem naquela rapaziada. Coisa que, fosse eu candidato, colocaria como primeira prioridade do meu manifesto eleitoral. Assim:

  • Primeira promessa – pôr a Juve Leo na ordem;
  • Segunda promessa – contratar Cruyff para director desportivo;
  • Terceira promessa – contratar o Pepe Guardiola para treinador;
  • Quarta promessa – contratar o Messi, o Iniesta, o Xavi, o Piqué, o Fabregas, o Nasri, o Fábio Coentrão, o Cristiano Ronaldo e o Ozil.

Bem sei que a primeira seria a mais difícil de cumprir, mas também seria a mais emblemática!

O Porto também deixa o seu Dragão e, como não pode ficar atrás, também atravessa o rio, para passar a semana no centro de estágio do Olival. Mas por outra razão: é que o Dragão, durante a semana, é necessário para sessões de formação de assistências a espectáculos de futebol. Em cânticos e no lançamento de bolas de golfe, isqueiros e outros objectos voadores para o relvado.

Uma actividade que começa já a dar os primeiros frutos. Depois da formação interna, e obtido o correspondente CAP de Formador, passaram a dar formação para fora.

A primeira fornada de formandos exibiu já as suas capacidades em Braga, no passado domingo. Onde está a nascer mais um expoente da arte de bem receber!

 

BATOTA

 

Por Eduardo Louro

 

O Benfica deslocou-se a Tripoli – perdão, a Braga – para disputar um jogo no Estádio do Dragão – perdão, na Pedreira, no chamado Estádio Axa – com uma equipa de antigos, actuais e futuros jogadores do Porto. E com um treinador do Porto. Uma equipa de um clube presidido por futuro presidente do Porto, que sabe condicionar os ambientes e os árbitros como o Porto.

Com o público do Dragão. Que canta as provocações do Dragão, com as bolas de golfe e os isqueiros do Dragão! E que pressiona os árbitros como no Dragão!

Também com um banco como o do Porto: muito interventivo, no jogo e nas decisões do árbitro.

Conhecíamos – não exactamente pelas melhores razões – uma sociedade de nome Bragaparques. Agora conhecemos outra: a Bragaporto!

Não teria nada contra esta sociedade – apesar de condenar as suas más práticas – se ela não interferisse no normal percurso da competição. Mas, como está bem fresco na memória o último Braga – Porto, parece claro que esta sociedade prejudica a competição. Quando certos jogadores de um sócio não estão disponíveis para jogar com o outro sócio, e quando os que jogam o fazem da forma que vimos nesse jogo, isso é BATOTA!

Não é a agressividade dos jogadores do Braga neste jogo de hoje que está mal. Essa, ao contrário das fitas batoteiras – mais umas más práticas vindas sabe-se lá de onde (o festival do Hélder Postiga no último Benfica – Sporting ajuda a descobrir) – é saudável. O que não é saudável é a sua evidente falta de agressividade no jogo com o Porto!

O resultado? Nestas circunstâncias é o que menos interessa, mas o Benfica perdeu, ao fim de perto de 20 jogos consecutivos a ganhar, por 2 a 1.

A arbitragem? Faz parte da batota!

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