De vez em quando a Igreja Católica sai-se com cada uma... Bom, com o actual Cardeal Patriarca não é bem de vez em quando. O Cardeal Mauel Clemente, em particular desde que veio do Porto para Lisboa para tomar conta do mais alto lugar da Igreja em Portugal, é ao contrário: de vez em quando não diz disparates. A regra tem sido, como se diz na gíria, mesmo que totalmente fora de moda, e hoje politicamente incorrecto, "cada tiro cada melro". Ou, "cada cavadela cada minhoca", que as minhocas ainda não estão ao nível dos pássaros.
Eu sei que não se deve dar conselhos a tão eminentes figuras, mas aconselhava-lhe algum recato. E um bocadinho de bom senso. Para livrar a sua Igreja de coisas do diabo!
O Cardeal Patriarca de Lisboa recomendou oração, para que chova. O povo diz que "vozes de burro não chegam ao céu"... O IPMA diz que voz de cardeal demora a chegar lá. Tanto que, quando lá chega, já não dá para nada... Diz que vai chover, mas pouco. Que não vai dar para nada!
Há que rezar mais. Há que rezar muito mais!
Portugal continua cheio de coisas extraordinárias...
E depois acrescenta que "o povo é livre de se expressar dentro ou fora da igreja". Que "o povo entendeu manifestar-se e manifestou-se"!
Não é a tolerância da Igreja que surpreende. O que surpreende são os seus fracos conhecimentos de Estatística...
Não sei quem manda nos currículos académicos nos seminários, mas tenho a certeza que o Doutror Crato, que antes de ministro é um eminente matemático, não vai deixar passar isto em claro. Na sociologia as coisas também não estarão lá muito bem, mas isso já não interessa nada ao Doutor Crato!
A partir de agora é vida nova. Passos, Portas ou Cavaco vão passar a ir à missa todos os dias. Mais: todas as iniciativas públicas terão apenas lugar em terreno religioso. E ficam todos a saber que apenas aceitam convites para capelas, igrejas, catedrais ou mosteiros…
Fora já por isso que há duas semanas Passos escolhera Alcobaça. O Gaspar, a Maria Luís e o Portas é que saíram para fora da graça de Deus e não deixaram que se notasse como Santa Maria de Belém sucedia a Santa Maria de Alcobaça… É que, para além de aplausos, ainda há o abraço da paz... Ali é que é, não faltam abraços e beijinhos...
E - quem sabe? - a saída para este governo. Ou para o que dele sobrar!
Sempre há cada uma...
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