Quando Lula vê abrirem-se as portas da prisão para entrar, Carles Puidgemont vê-as abrirem-se para sair. A absurda acusação de rebelião que o Estado espanhol utilizou foi considerada “inadmissível” pelo tribunal alemão por, como era evidente, se não cumprir o requisito de violência.
Acabou, mesmo assim, por aceitar a acusação de desvio de fundos, fixando-lhe por isso a fiança de 75 mil euros para o deixar sair em liberdade. Talvez para minimizar os danos no governo de Madrid...
Nunca se deve substimar a inabilidade e a incompetência política. Ao conseguir de uma figura como Carles Puidgemont fazer um herói, Rajoy é a prova provada deste ensinamento.
Não viria grande mal ao mundo se a sua incompetência se limitasse a fazer heróis improváveis. O problema é que não se fica por aí!
Pensava eu que não estaria a ser muito exigente quando ontem, a partir da fotografia publicada pelo Sr Puidgemont, aqui o imaginava aos empurrões a disputar o lugar para o seu rabo com o da Dª Soraya de Santamaria. Era o mínimo que se poderia esperar... Afinal o mínimo é de mais para esse senhor. Não está sequer ao nível dos mínimos e isso era exigir-lhe de mais!
Afinal o Sr Carles Puidgemont tinha apenas aproveitado para publicar uma fotografia que tinha lá no arquivo, e àquela hora já estava a caminho do exílio. Afinal, logo que o governo espanhol bateu o pé, Puidgemont meteu o rabinho entre as pernas e fugiu...
Nunca ninguém terá esperado muito deste fulano, mas também ninguém terá esperado tão pouco. A independência nunca é oferecida em bandeja. Como para participar nos Jogos Olímpicos, há uns mínimos para a independência... O primeiro é desde logo determinação de lutar por ela. Lutar nem sempre é vencer, mas é sempre digno. Perder sem lutar é cobardia.
Portugal foi sempre capaz de afirmar a sua independência porque sempre ousou lutar por ela. Provavelmente é por ter tantos Puidgemonts na sua História que os catalães estimam e admiram os portugueses...
PS: Para evitar conclusões mais apressadas, tão comuns nestas coisas, devo esclarecer que não quero dizer que a Catalunha deva ou não deva ser independente, acho que isso só aos catalães, e a mais ninguém, diz respeito. E muito menos que desejaria que estivessem de armas na mão a lutar por ela. Não é de nada disso que estou a falar. É de estatura, de dimensão humana, de causas, de elites, de liderança...
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