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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

DÚVIDAS (III)

Por Eduardo Louro

 

Lembro-me do debate da legalização do casamento entre homossexuais. Lembro-me que os que se lhe opunham acabavam por mitigar essa sua posição, relativizando a importância desse acto para enfatizar um outro, que estaria afinal por trás da legalização do casamento. Diziam que a seguir viria a adopção, e que esse sim, seria o problema…

Isto passou-se há pouco mais de três anos. Hoje, quando na Assembleia da República se votam dois projectos sobre a matéria, pelo que se vê, a co-adopção não levanta grandes fracturas na sociedade portuguesa. Nem entre os que há três anos atrás encontravam aí o grande problema do casamento que então se legalizava…

Quererá isto dizer que a sociedade portuguesa progrediu em três anos mais que anteriormente em décadas? Que atingiu a maturidade política e cívica das sociedades mais desenvolvidas, civilizadas e educadas?

Ou será que a crise também tem alguma coisa a ver com isto? 

REAL CASAMENTO

 

 

Por Eduardo Louro

 

 

 

Fotografia

                 

 

Não importa se até o beijo tem hora marcada. É o casamento do século – mesmo que este seja ainda é uma criança – e o resto é conversa!

 

E às portas do Palácio de Buckingham o povo pediu “só mais um”. Quebrou-se a tradição e lá de cima, da varanda, soltou-se o segundo beijo. Nem num muito british casamento real a tradição já é o que era!

 

Casamento de conveniência

Por Eduardo Louro

 

Os dois maiores partidos portugueses, que invariavelmente nos têm governado desde que há eleições livres em Portugal, vivem uma relação inimaginável há bem pouco tempo. Não se pode falar em casamento (até porque seria entre entidades do mesmo género, o que levantaria sérios problemas ao Presidente da República) porque não há papéis assinados, mas poderá falar-se de união de facto. De conveniência, bem entendido.

Ainda bem que não há casamento porque seria mais um com divórcio anunciado. Apesar de tudo sempre somos mais tolerantes com a união de facto! E a própria separação é um pouco menos traumática…

A verdade é que é uma relação estável. Até ao próximo Verão este idílio será mantido. Apaixonante e fortemente alicerçado no maior dos amores: a conveniência. O melhor de todos os cimentos, que lhe garante uma esperança de vida nunca inferior a um ano. Pelo menos durante os próximos 12 meses nada haverá que os separe. Para os tempos que correm…

Veja-se só a forma como, ainda agora, estão envolvidos à volta das SCUT´s…

Mas o mais significativo dos sinais exteriores harmonia conjugal, de fazer inveja a qualquer casal que já dobrou as bodas de prata, vem da Comissão de Inquérito Parlamentar ao chamado negócio PT/TVI. Que não servia para nada (como não serviu), como eu referia aqui pouco depois do seu nascimento.

O PSD de Manuela Ferreira Leite, que arrancou com a comissão, pretendia que dela resultasse uma espécie de impeachment ao primeiro-ministro: a conclusão de que mentira ao parlamento, que sustentaria uma moção de censura. O PSD de Pedro Passos Coelho, que nem queria ouvir falar em mentir, tratou de usar Mota Amaral para deixar Pacheco Pereira a falar sozinho em mentiras e verdades inconvenientes.

Apenas Pacheco Pereira concluiu que o primeiro-ministro mentiu ao parlamento. O relatório oficial conclui que o primeiro-ministro sabia do negócio quando disse no parlamento que o desconhecia. Mas não conclui que mentiu, o que é extraordinário.

Mais extraordinário, em nome do sucesso desta união de conveniência, foi ver Passos Coelho, que ignorou Pacheco Pereira, empurrar para Mota Amaral as culpas por não lhes ter permitido chegar às conclusões … de Pacheco Pereira!

E não menos extraordinário é o primeiro-ministro, sustentado pelas teses dos deputados socialistas de “absoluto fracasso” e de inexistência de “uma única prova”, mas esquecendo que daqui a três ou quatro meses toda a gente conhecerá o conteúdo das escutas, vir exigir que lhe seja apresentado um pedido de desculpas.

Assim nem precisam de aconselhamento matrimonial…

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