Má consciência vs casos e casinhos
Não há volta a dar - nem os casos e casinhos largam este governo, nem o governo os quer largar. Desta vez é o próprio primeiro-ministro, o mais improvável do mais provável, a prová-lo.
O que é que terá levado António Costa, em trânsito para Chisinau, capital da Moldova, para uma Cimeira da Comunidade Política Europeia, num Falcon, da Força Aérea Portuguesa, a fazer escala em Budapeste para assistir a um jogo de futebol, ao lado Orban?
Funções de Estado, não foram, isso está fora do campo de hipóteses. Não é credível que tenha sido a sua paixão pelo futebol, e o abraço a Mourinho, que o Presidente Marcelo (desta vez tão compreensivo e benevolente ) dá como justificação, nunca o poderia ser.
Já hoje, como sempre depois do assunto ter migrado para mais um caso, António Costa veio dizer que simplesmente respondeu a um convite do Presidente da UEFA. Que, ou não fez a nenhum dos primeiros-ministros dos países das equipas envolvidas (Roma e Sevilha); ou, se o fez, ambos declinaram. Entre as duas, venha o diabo e escolha a menos abonatória.
E o que é que o terá levado a pensar que o poderia esconder, sem que ninguém o viesse a saber?
Aqui, a resposta é fácil: má consciência. Com razões de sobra!
Na verdade, António Costa vai acumulando ainda mais actos e omissões de má consciência do que mesmo casos e casinhos!