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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Por isso ... Cavaco

O(s) acordo(s) PS / PSD…

PS e PSD dividiram o poder ao longo dos últimos (quase) 50 anos, naquilo que se poderá chamar de alternância preguiçosa. Nunca precisaram de fazer grande coisa para recuperar o poder perdido. Ele vinha-lhes sempre cair no colo!

Cada um fazia os seus disparates, à vez. Quando o "pagode" se cansava dos abusos e disparates de um, partia para o outro, já esquecido e perdoado. Assim se foi fazendo a democracia portuguesa, assim foi estagnando o país, alimentado a fundos europeus, e assim se foi afunilando o regime, transformado numa panela de pressão sem válvulas de escape.

PS e PSD deveriam, há muito, ter percebido para onde estavam a levar o regime e o país. Mas não, não perceberam, e agiram sempre como sempre, distribuindo poder e "tachos" pela clientela que alimentam, para que dela se alimentem, engrossada a cada fornada de "jotinhas" famintos e sequiosos. Está-lhes na massa do sangue. Está-lhes na génese.

O PSD sentiu-o - com o surgimento da IL, do lado de dentro do regime, e do Chega, do lado de fora, como abcesso - mas não o percebeu, achando que o desaparecimento do CDS não era problema seu. O PS, pelo contrário, não só não sentiu nada disso, como até se iludiu com a vantagem que daí retirava.

Por isso, o PS apenas continuou a fazer o que lhe está na massa do sangue. E chegou a este ponto, acabando por estourar uma maioria absoluta em menos de um ano. E por isso o PSD acha que voltou a chegar-lhe a vez. Sem voltar a precisar de fazer nada. Sem sequer ter a casa arrumada, e menos ainda quem seja capaz de a arrumar.

Por isso ... Cavaco. Quem melhor que Cavaco para fingir que está tudo na mesma?

 

 

De Cavaco a Marcelo

Marcelo condecora Cavaco com Ordem da Liberdade - Portugal - SÁBADO

Aquilo que, primeiro, era um "melão" passou, depois, a "inoperacional". Depois do "melão", Marcelo desancou forte e feio no "pacote do governo para a habitação"

É até capaz de ter razão, que é uma lei "cartaz"- "aquelas leis que aparecem a proclamar determinados princípios programáticos, mas a ideia de base não é que passem à prática". Mas não deixa de ser curioso que a tenha morto apenas depois daquela "aparição" de Cavaco, numa daquelas provas de vida a que nos tem habituado, em que aparece sempre como se nada ele tenha a ver com nada.

E pronto… Já está!

                                      Capa PúblicoCapa Diário de Notícias

As janelas mais atingidas pelo pontapé de Marcelo naquela bola perdida foram mesmo as de Rui Rio. Provavelmente com mais de pontaria afinada, do que de acidental. A bola não terá ido bater nos vidros de Rio, terá sido chutada para lá com pontaria afinada. 

Já Cavaco, no tão propalado artigo no Expresso do passado sábado, tinha apontado para lá. Teve em mira mais algumas janelas, mas aquela também lá estava. Cavaco tem pouco jeito para muita coisa, mas na fisga é bom. De fisgas sabe ele, e com fisgas também se partem vidros. Não é só com boladas.

E lá está Rui Rio com os vidros todos partidos, e com a casa feita em cacos e a arder. Já não tem por onde se safar, e já não tem condições para dar luta a um inclemente (também já perdeu, e quem já perdeu, em política ao contrário de grande parte do resto, tende a ser mais inclemente), Paulo Rangel. Quando nem o Conselho Nacional tem na mão - a sua tentativa para adiar as directas, com que tentou evitar que a bola de Marcelo e a fisga de Cavaco lhe atingissem a janela, foi claramente derrotada com 70 votos contra e apenas 40 a favor - já não tem por onde resistir... 

Poderá ensaiar a velha táctica política do tabu. Mas não vale a pena, o tabu não resiste a mais que um par de semanas.

 

Social democrata. E moderno!

Cavaco diz que redução do horário de trabalho no Estado foi "um dos maiores  erros do poder político" | TVI24

 

Cavaco apresentou ontem um livro novo. É uma espécie de "memórias", de memórias do poder, mas chamou-lhe "Uma Experiência de Social-Democracia Moderna". Sabe-se como os títulos ajudam a vender...

Quando tive notícia do título da obra, que dizem ser a última do senhor - também ajuda a vender - achei mesmo que era um nome para isso, para ajudar a vender. Mas não. Pelo que nos foi dado ouvir na apresentação, a cargo de Marques Mendes, Cavaco não tem dúvidas (nunca teve, não seria agora que as teria) que só os seus governos conseguiram aplicar o modelo da Social Democracia.

É mesmo social-democrata. E moderno!

Não admira que toda a cerimónia de apresentação do livro tenha sido um hino à social democracia, entusiasticamente aplaudido por conhecidos e reconhecidos social-democratas, como Passos Coelho e Assunção Cristas.

 

Não precisar deles

Marcelo e Cavaco já não escondem tensão

 

A acusação a Ricardo Salgado - de de mais dezassete outras pessoas singulares e e sete pessoas colectivas - chegou seis anos depois do colapso do BES. Vai ser julgado por sessenta e cinco crimes, entre eles os de associação criminosa e corrupção activa, que terão causado perdas de 12 mil milhões de euros. 

No epicentro da acusação está uma offshore criada nas Ilhas Virgens Britânicas para titular uma conta bancária na Suíça, um gigantesco saco azul de onde saiam as largas centenas de milhões de euros com que Ricardo Salgado comprava o que havia a comprar.

Sabe-se o que comprou, até ficar dono disto tudo. 

Dei conta de duas, apenas duas, reacções políticas à acusação de Ricardo Salgado. Uma foi de Rui Rio, que não teve mais nada a dizer se não que demorou muito tempo. Nem se esperava que tivesse outra coisa para dizer... Mas não tem razão. Apurar em seis anos o que resulta da acusação, em matérias desta natureza, é um grande trabalho. E Rui Rio deveria saber isso.

Outra foi do Presidente Marcelo, dando a acusação como uma boa notícia. Marcelo, que era amigo pessoal de Ricardo Salgado e com quem até passava férias...

Uma das coisas que se soube é que esse milionário saco azul serviu também para Ricardo Salgado financiar as campanhas presidenciais de Cavaco Silva. Que, Presidente da República, incentivaria a compra de acções no aumento de capital do BES, a quinze dias da falência do Banco.

Cavaco não se pronuncia, não tem nada a dizer. E enquanto alguma comunicação social reduz a notícia a simples nota de rodapé, outra apressa-se a querer fazer-nos crer que Cavaco não tinha conhecimento de estar a ser financiado por Ricardo Salgado.

Não é preciso nascer duas vezes para ser mais sério do que quem quer que seja. Como bem explicava Marcelo na sua própria campanha para as presidenciais de 2015, basta não precisar deles.

Não precisar deles. Isso mesmo. De outra forma tudo se resume sempre a uma questão de preço...

 

 

O princípio do meio

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Passam hoje 25 anos sobre o bloqueio da ponte 25 de Abril, também conhecido pelo "businão", que muitos dão erradamente pelo princípio do fim do cavaquismo. Foi apenas o princípio de uma nova era na forma de fazer protesto, o princípio do meio e o fim de Cavaco à frente do governo da nação, mas apenas um intervalo no meio do cavaquismo. Que regressaria em pezinhos de lã dez anos depois, forçando uma data de validade há muito esgotada.

Depois de dez anos em S. Bento, e de outros dez de nojo imposto pelos portugueses (bem tentou que fosse apenas metade), seguir-se-iam-se mais dez anos em Belém, de onde Cavaco acabaria de sair de rastos. E de rastos continua, transformado no seu próprio coveiro, o político que, sem ser político, depois de Salazar, mais tempo esteve no poder em Portugal... 

Quinta-feira (d)e outros dias...

Passos promete dizer e juntar muitas coisas em complemento às memórias de Cavaco

 

Presente na sessão de apresentação do boletim de coscuvilhice e lavagem de roupa suja de Cavaco, Passos Coelho, que considerou tratar-se de uma “contribuição muitíssimo relevante para o entendimento dos tempos da ‘troika’, prometeu dizer e juntar-lhe muitas coisas no livro que, também ele, está a escrever

Chama-se a isto ter uma vaga ideia de técnicas de marketing. O suspense, determinante na arte da escrita de ficção, está criado. Nunca se sabe se o que tem para dizer acrescenta ao entendimento dos tempos da troika, se há coscuvilhice, ao voyeurismo e às adjectivações baratas de Cavaco. Ou - sabe-se lá? - se, num golpe de arrojo, o que tem para dizer não é uma resposta de manual à de falta de experiência que generosamente Cavaco lhe aponta...

  

O "artista"

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Aí está de novo Cavaco, em nova prova de vida, agora com o segundo volume, e último capítulo, das suas memórias - “Quinta-feira e Outros Dias”. Não vindo daí nada de bom, daí não viria também grande mal ao mundo. O diabo - ele existe, nem que esteja apenas nos pormenores - é que, com este segundo volume, dá por concluída, nas suas próprias palavras, a prestação de contas aos portugueses.

Sendo tudo tão estranho em Cavaco, já ninguém estranha esta sua estranha maneira de prestar contas. Para Cavaco, prestar contas é apontar o dedo aos outros. Cavaco não presta contas de nada do que deve, apresenta as contas do que acha ele que os outros devem. Das suas contas, nada... E daquelas que ele sabe que nós sabemos que ele sabe, menos ainda que nada... 

Um artista, este Cavaco... Ao pé dele, Costa, o verdadeiro artista na ponta do seu dedo, não passa de um simples aprendiz. Com melhor feitio, evidentemente...

 

O prefácio

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Foi ontem apresentado (por Marques Mendes) no (meu) ISEG um livro de Eduardo Catroga: "Gestão, Política e Economia - Vivências e Reflexões". É uma espécie de "Memórias" de um dos mais proeminentes exemplares da fauna giratória do centrão que tem dominado a vida política do país nas últimas décadas, que assumiu especial protagonismo no processo de instalação da troika, em 2011. Terá por isso os seus pontos de interesse, nem que seja por razões voyeuristas, se  outras não houver. Mas eu fico-me pelo prefácio.

E...o prefácio é de quem? 

Acertaram. De Cavaco Silva, quem mais poderia ser? 

E, tendo sido escrito por Cavaco, quem é a estrela do prefácio?

Acertaram de novo: o próprio Cavaco, como não poderia deixar de ser...

Obcecado com a irrelevância a que se conduziu, Cavaco não perde a mínima oportunidade para se pôr em bicos de pés. Na improvável hipótese de Dias Loureiro vir a publicar as suas "memórias", o provável prefácio de Cavaco seria apenas mais uma oportunidade que não desperdiçaria.

Desconfio que Cavaco desconfia dos historiadores, e quer ele próprio deixar escrita a sua História. Ou pelo menos o prefácio...

 

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