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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

O sopro americano na borboleta chinesa

O que incomodou Pequim na visita de Pelosi a Taiwan? | Vídeo | PÚBLICO

Depois da invasão da Rússia à Ucrânia, e especialmente dos movimentos tectónicos na geopolítica mundial que se lhe seguiram, ficou escrita nas estrelas que a tomada de Taiwan pela China seria uma questão de tempo. 

Não é preciso saber ler bem as cartas, ou as estrelas, para perceber o que lá ficou escrito. Se a invasão de um país soberano e como tal reconhecido internacionalmente e sem qualquer reserva por todo o planeta dera no que deu, bem mais fácil ficava para a China o passo para a consumação da sua missão histórica de "um só pais e um só Estado", até porque Taiwan não é reconhecido como Estado soberano por mais que 13 países, onde nem sequer se incluem os Estados Unidos, para quem os interesses da globalização falaram sempre mais alto.

Por isso a recente e polémica visita de Nancy Pelosi, a speaker da câmara dos representantes, não podia ser menos oportuna. Nem menos perigosa!

Trata-se verdadeiramente de brincar com o fogo, e expõe mais uma vez o baixo pudor da política externa americana. Custa a perceber a racionalidade desta visita, neste que é o momento de maior tensão mundial das últimas décadas, e também o de maior convergência entre a China e a Rússia. E choca que tenha simplesmente sido um instrumento para ajudar no teste doméstico das intercalares do próximo Outono.

A eliminação de Ayman al-Zawahiri poderia ser trunfo suficiente para as midterms, mas chegou tarde de mais. Tudo estava já em marcha, e nem Biden foi já a tempo de evitar a provocação a que Pelosi emprestou a cara, deixando a nu que a administração democrata se está nas tintas para as asas da borboleta chinesa. E, acima de tudo, para os 24 milhões de chineses que vivem naquela impressionante ilha montanhosa que dizem querer proteger, mas que simplesmente estão a entregar a Xi Jinping.

 

COI - Chinese Olympic Interest

ONU pede explicações sobre desaparecimento de tenista chinesa - SIC Notícias

 

A tenista chinesa Peng Shuai deixou de ser vista em público depois de ter detalhadamente publicado, no início do mês, na rede social Weibo, que tinha sido vítima de violação por parte do antigo vice-primeiro ministro, Zhang Gaoli. A publicação foi rapidadamente apagada, e desde então não mais se lhe conheceu o paradeiro.

Logo que começaram a surgir notícias do seu desaparecimento passaram a ser publicadas fotografias da tenista em convívio privado, e até um "mail" em que supostamente a própria desmentia a publicação que tinha feito. Nada a que não estejamos habituados nestas circunstâncias. Nem é fácil encontrar melhor prova para as suspeitas que recaíam sobre o envolvimento do regime chinês no seu desaparecimento. Uma denúncia destas, com uma atleta de enorme popularidade interna, pelo seu desempenho desportivo mas também pela sua própria história de superação, violentada na sua mais profunda dignidade por um predador do topo do aparelho de poder, não poderia ser tolerada por um regime da natureza do chinês.

Por isso o mundo não teve dúvidas que Peng Shuai, se estivesse viva, não estaria na posse da sua liberdade. Daí que que fossem diariamente crescendo os apelos das mais diversas organizações internacionais - da Amnistia Internacional  à WTA - para que o regime chinês revelasse o seu paradeiro. Sem sucesso, como é habitual. A China é demasiado poderosa para se vergar a apelos desta natureza.

E há sempre quem se venda por um prato de lentilhas. Em todas as áreas, mais ainda nas mais altas instâncias do desporto mundial, onde os valores das lentilhas se medem em largas centenas de milhões de dólares. É por isso que daqui a um ano há Mundial de futebol no Qatar.

É aqui que entra o Comité Olímpico Internacional (COI) ao divulgar, ontem, uma vídeo-chamada, de cerca de meia hora, com a tenista chinesa. Ninguém ficou a saber onde está Peng Shuai, mas ficou a saber-se que ela disse estar bem. E que pediu para que a sua privacidade fosse respeitada.

Do COI, para o mundo, Peng Shuai disse qualquer coisa como: "estou bem e deixem-me em paz". Tudo, nem mais nem menos, o que serve os olímpicos interesses do regime chinês!

E já agora fiquemos com a ficha técnica da realização:

Thomas Bach, o presidente do Comité Olímpico Internacional;

Emma Terho, a presidente da comissão de atletas olímpicos;

Li Lingwei, membro do Comité Olímpico Chinês. Naturalmente!.

 

Chinesices

As 5 teorias da conspiração mais bizarras sobre o novo coronavírus ...

 

As teorias conspirativas sobre a origem da pandemia que virou o mundo do avesso, insinuadas por Trump e logo agarradas pelos Camilos Lourenços desta vida, parecem-me uma patetice. Não tanto pela impossibilidade de demonstração, com a discussão sempre capturada pela especulação, isso seria o menos. Mas porque desvia o foco daquilo que importaria discutir.

Se a China criou ou não o vírus, em primeira análise, e se a sua disseminação foi acidental ou propositada, é um enredo que só interessa à China, e aos interesses chineses, que nunca são apenas chineses. Ao mundo democrático e civilizado basta a inegável ocultação, durante semanas, do que estava a acontecer em Whan. Basta considerá-la acto hostil e exigir da China a sua reparação, que é como quem diz o financiamento de um programa de recuperação das economias dos outros cantos do mundo afectadas pela pandemia. Não aceitar outra coisa que não exactamente isso, e recolher a mão que tem tido estendida para receber as migalhas da campanha que a diplomacia expansionista chinesa pôs em marcha.

Tão simples quanto isto. 

Abrir-se-iam então duas vias: ou a China assumiria essa obrigação, e era definitivamente colocada perante as suas responsabilidades no mundo, acabando com as ambiguidades dos seus compromissos internacionais; ou, o que seria mais provável, rejeitaria essa responsabilidade, e o mundo votá-la-ia ao isolamento com que agora nos vimos confrontados, com um total embargo comercial e político.

Só que isso acabaria com os baixos custos de produção das grandes multinacionais lá instaladas, e com a maior fatia do mercado das suas marcas de luxo. E, claro, é de custos e vendas que se fazem os lucros.

É por isso muito mais interessante alimentar teorias da conspiração. Que não passem de chinesices para que tudo fique na mesma. Ou o mais próximo possível!

Exageros*

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Esta semana fomos surpreendidos com a notícia que a China já plantava algodão na Lua.

Assim. Sem mais nem menos. Depois de na semana passada termos tido a notícia que a China tinha chegado ao outro lado da lua, ao seu lado escuro, cuja existência dávamos por adquirida há quase 50 anos, desde que os Pink Floyd nos mostraram pela primeira vez, em Março de 1973, esse soberbo “dark side of the moon”. Que provavelmente descobriram logo a seguir à épica viagem inaugural de Amstrong e Aldrin, em 20 de Julho de 1969.

Não sei se isto tem a ver com alguma atracção chinesa pelo escuro – não é por acaso que não há sombras mais famosas que as chinesas – mas seria bom que não. É que são eles os donos da nossa luz, só por isso…

Mas é provável que tenha. Eles nunca iriam fazer aquilo à vista de toda a gente… Gostam de ver, mas não gostam de mostrar…

Mas vamos lá à notícia. Ou às notícias, já que estamos com a mão na massa, mas também porque andam de mãos dadas. Logo ao terceiro dia do ano uma nave espacial chinesa pousou na Lua, no tal lado oculto, soube-se a semana passada. Soube-se agora que levava sementes de algodão, colza, batata, ovos de mosca da fruta e algumas leveduras, tudo estranhamente muito bem acondicionado, num cilindro de alumínio com 18 centímetros de altura e 16 de diâmetro, que custou 1,3 milhões de euros. Estranhamente, porque com temperaturas de 100 graus Celsius durante o dia, e dos mesmos 100, mas negativos, à noite, tudo passa o dia a ferver e a noite congelado, sem hipótese de se estragar…

Não há notícias dos outros habitantes do pequeno cilindro, mas – e esta é a segunda notícia, a desta semana - uma semente de algodão já está a brotar. E com ela brotou a notícia que a China se preparava para plantar algodão na Lua.

Já me deu vontade de contactar o cientista chinês responsável pelo projecto, para lhe perguntar por que é que não mandaram, também, uns exageros de fabricantes de notícias, para se saber como é que se davam por lá. Mas logo percebi que essas sementes não caberiam num cilindro de 18 centímetros de altura por 16 de diâmetro, e que o chefe do projecto o deu por encerrado, pela simples, mas escondida razão, que a mais famosa semente de algodão rapidamente deixou de brotar…

Nem sei por que é que isto me faz lembrar o Pantufa (1). Se calhar não faz… Se calhar é só porque também ele deixou de brotar… e partiu para o “dark side” que se mantém desconhecido. Que descanse em paz!   

 

(1) O Luís Cândido, o Pantufa, como era conhecido, desapareceu ontem e era, sem "exageros", uma figura incontornável de Alcobaça dos últimos 40 ou 50 anos, e porventura o mais emblemático boémio alcobacense da minha geração.  

 

* A minha crónica de hoje na Cister FM

Negócios da China

 

Depois de, nos tempos da troika e de Passos Coelho, ter entrado com tudo na economia portuguesa, a China,  com visita oficial do presidente Xi Jinping que hoje se inicia, arranca para o aprofundamento da sua relação de domínio sobre este jardim à beira mar plantado.

Portugal é, a seguir à Finlândia, o país europeu onde a China mais investiu, na circunstância um eufemismo de comprou. No entanto, tendo comprado mais na Finlândia, é em Portugal que o Estado Chinês maior domínio exerce sobre a economia, ao nível do que faz na Grécia e na Hungria, onde nem comprou tanto.

Em Portugal o Estado Chinês tem já na mão sectores fundamentais da economia, dominando na produção e distribuição de electricidade, na banca, nos seguros e até na saúde.  Isto é, a China, que não é nem nunca foi um aliado estratégico mas, antes, a grande potência global  das próximas décadas, detém já uma grande fatia da soberania nacional. 

Com a visita de hoje fala-se, mesmo que baixinho, da velha Rota da Sede. Ou das rotas, da terrestre e da marítima. Ou da ligação de ambas. Ou seja, fala-se de Sines. E da sua ligação ferroviária à Europa. Não temos mais nada que interesse para lhe vender, mas o Sr Xi Jinping também não vai mal servido com portos e transportes ferroviários... Mais um negócio da China à vista!

 

É só boas notícias

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As notícias de hoje não são apenas sobre Bruno de Carvalho e o Sporting. Passam-se  mais coisas e há mais notícias. 

Sabe-se que Miguel Relvas foi contratado por uma empresa americana, de Silicon Valley. 

A empresa - Dorae, assim se chama - start up que trabalha com inteligência artificial e outras tecnologias de ponta na exploração de minas e matérias primas, e quer e precisa de entrar em África e no Brasil. E para isso, lembrou-se de quem? 

De Relvas, evidentemente. E não fez a coisa por menos: recrutou-o e nomeou-o responsável máximo para as áreas de política pública e sustentabilidade.

Há um ou dois dias atrás os jornais divulgaram amplamente uma nota do governo dando conta da recusa do braço direito de António Costa, o ministro Pedro Siza Vieira, em intervir em decisões que dissessem respeito à OPA dos chineses à EDP, que aqui trouxemos recentemente. Porque - como bem sabemos, ética é ética - a sociedade de advogados que ele integrava antes de chegar ao governo, e para onde regressará quando de lá sair, é exactamente a representante daqueles accionistas.

Noticia hoje o Público que a OPA dos chineses foi facilitada pela legislação criada em Junho passado, há menos de um ano, no âmbito do Programa Capitalizar, impulsionado pelo ministro ... Siza Vieira!

É só boas notícias...

 

 

 

Hoje, o mundo acordou mais perigoso!

 

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Não sei se hoje é o dia em que a política externa de Trump, se é que existia, mudou. Sei que o ataque americano desta madrugada na Síria é, mais que um enfrentamento, um afrontamento a Putin. Tido por aliado de Trump. Que, por sua vez, só apontava para a China quando lhe falavam de inimigos geo-estratégicos. E que acontece poucas horas antes de receber o líder chinês, com os olhos postos em Pyongyang...

Mas sei que o mundo hoje acordou mais perigoso!

Sexto sentido: o de oportunidade!

Por Eduardo Louro

 

É só para lembrar que, por causa disto, hoje ninguém fala daquilo. É bom lembrar que o sentido de oportunidade é o sexto, e se calhar o mais importante: a chinesice de António Costa tem uma semana, é precisamente de 19 de Fevereiro, o do dia de ano novo chinês. O do carneiro!

É esta a contextualização. Não vale a pena dar muitas mais voltas!

 

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