Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Do "regular funcionamento das instituições" à "salvaguarda do interesse público"

TAP: Medina diz que conclusões que vai retirar da IGF são para "assegurar a  legalidade" - Expresso

Poderia ser mais uma trapalhada, mas é bem mais que isso. É mais um carimbo de descrédito num governo de aldrabões.

Apertados nas trapalhadas, logos os trapalhões criaram a aldrabice do parecer jurídico que garantia robustez à prova de bala à decisão de demitir, com justa causa, a CEO da TAP. Instigados a apresentá-lo na Comissão Parlamentar de Inquérito, fingiram que não percebiam.

Pressionado, e ameaçado de crime de desobediência, em Nota Oficial da ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, o governo alega "a salvaguarda do interesse público" e acrescenta que "o parecer em causa não cabe no âmbito da comissão parlamentar de inquérito" e que "a sua divulgação envolve riscos na defesa jurídica da posição do Estado".

Se não fosse insistir na aldrabice, seria insistir na trapalhada. Admitir haver riscos na sua divulgação, era negar a sua própria robustez. Se só poderia piorar, piorou, com Fernando Medina a confirmar a mentira, com a maior desfaçatez: "Não há nenhum parecer"!

Como já se adivinhava que não havia, mesmo sem se imaginar que os aldrabões pudessem chegar a tanto. A  partir deste episódio já se pode deixar de carregar na tecla do "regular funcionamento das instituições" e passar para a da "salvaguarda do interesse público". 

Depois de despedir a francesa, o governo está a despedir-se à francesa. De fininho, deixando a conta para trás...

 

Perplexidade!

Comissão de inquérito à TAP: Christine Ourmières-Widener ouvida no  Parlamento - SIC Notícias

A esta hora continua reunida a CPI à TAP, com a pouco ex-CEO - tão pouco que continua em funções, mas no meio de tanta confusão esta é apenas mais uma - Christine Ourmières-Widener, ainda a responder ás questões dos deputados. O que já se ouviu que disse só nos pode deixar perplexos, mesmo que não exactamente surpreendidos. Surpresa é um dos sinónimos da perplexidade, mas não é o único. 

Não surpreende pela simples razão que este governo está cheio de gente que já não nos consegue surpreender. De muitos destes governantes já nada nos surpreende. Mesmo quando tomamos conhecimento de coisas inacreditáveis, de comportamentos verdadeiramente surreais.

Ficamos a saber que toda a gente tem mentido. Mas também já desconfiávamos disso. Ficamos a saber que, antes da sua primeira audição no Parlamento, a ex-ainda-CEO foi "briefada" por membros do governo e deputados do PS, para alinharem posições. É chocante, mas também já sabíamos que eram capazes de coisas dessas. 

Até aqui, não há, pois grandes surpresas.

Não seria ainda motivo de grande surpresa ficarmos a saber que o Secretário de Estado - Hugo Mendes - a pressionou a mudar um voo de Moçambique, atrasando-o por um dia, por dar jeito ao Presidente da República, de regresso da sua viagem àquele país. Um membro do governo pedir a alteração de um voo, "nas tintas" para os prejuízos decorrentes para a Companhia, e para os restantes passageiros, infelizmente também já não surpreende. 

A perplexidade surge, por mais alertados que estivéssemos para o amadorismo, e para a informalidade "whatsapista" da tal gente que enche este governo, quando ficamos a saber que um Secretário de Estado do governo deste país se dirige à chefe de uma empresa, por escrito - de o dizer já seria insólito, de o escrever é a incompetência elevada ao expoente máximo -,  a justificar "o incómodo" pelo imperativo de não criar atritos com  o Presidente da República, que "é o nosso maior aliado mas pode tornar-se no nosso maior pesadelo"!

Acompanhe-nos

Pesquisar

 

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2025
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2024
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2023
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2022
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2021
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2020
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2019
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2018
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2017
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2016
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2015
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2014
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2013
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2012
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2011
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
  196. 2010
  197. J
  198. F
  199. M
  200. A
  201. M
  202. J
  203. J
  204. A
  205. S
  206. O
  207. N
  208. D

Mais sobre mim

foto do autor

Google Analytics