Com tudo pacatamente à espera que as horas passem até que cheguem as últimas doze badaladas do ano, e com o Presidente a despachar a comenda do Jorge Jesus para fazer as malas de partida para o Corvo, não se passa nada. É uma chatice... Não fosse o "sempre em pé" Augusto Santos Silva ter dito umas coisas, que não deixam de ser verdade mesmo que as não devesse ter dito - logo ele, pouco senhor da verdade -, e não se passava mesmo nada.
É verdade que não se passa nada, na mesma. Mas fala-se. E fala muita gente. E levou troco: "as afirmações proferidas pelo ministro dos Negócios Estrangeiros só podem ser entendidas por terem sido ditas por alguém que, vivendo fechado em ambientes palacianos, há muito que não sai à rua para ver como o mundo lá fora gira e avança". O que também não deixa de ser verdade!
Quando se esperaria que os parceiros sociais se mostrassem perocupados com todas as crises que estarngulam o país, para o que nem precisavam sequer de grande imaginação, ficamos a saber que os representantes dos patrões estão afinal preocupados é com o quadro político.
Vasco de Melo, da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, receia que a nova maioria possa pôr em causa "os consensos adquiridos nestes últimos anos". Não são menores, bem antes pelo contrário, as preocupações de António Saraiva, o presidente da CIP, com atual quadro político. Podia ter-se ficado pela oposição declarada a qualquer reversibilidade na legisalção laboral que o anterior governo e a troika lhe entregaram. Percebia-se... Mas diabolizar publicamente o Bloco de Esquerda é que já é do diabo. Declarar-se atacado por um partido "que tem sobre a iniciativa privada e os empresários uma leitura de diabolização" é mesmo coisa do diabo. E de política baixa, que não pode ser para levar a sério... Deveria esperava-se mais qualquer coizinha. Assim é poucochinho...
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