Aí está mais um Cistermúsica. É um mês - certinho - inteiro a encher Alcobaça de música, e a assinalar os 25 anos do mosteiro enquanto património da humanidade. Acabou de abrir, em grande estilo, com 180 músicos em palco ás voltas com Carmina Burano, a obra prima de Carl Orff. A obra prima do século XX, levada a palco praticamente com a prata da casa. Bem cuidada, e em grande forma!
Acabo de chegar de Cós, do Convento de Santa Maria de Cós – a que regressei pela primeira vez depois do casamento da minha filha Filipa, aí realizado – onde tive oportunidade de assistir a mais um fabuloso espectáculo musical da programação do cistermúsica – XIX Festival de Música de Alcobaça, este ano “em Torno de Inês”.
Desta vez assisti a uma extraordinária actuação de uma fabulosa orquestra de … duas violas! Os gémeos Katona – Peter e Zoltan -, cidadãos alemães nascidos na Hungria e residentes em Liverpool, não se limitam a convocar-nos para um extraordinário recital, onde o difícil é saber o que mais nos emociona: se o virtuosismo da sua extraordinária capacidade de execução, se o inimaginável desafio que o seu repertório coloca à viola ou se a fantástica resposta daquelas duas violas a esse desafio. Eles revolucionam todos os conceitos de instrumentos musicais: para mim, a partir de hoje, a viola está entre os mais nobres dos instrumentos com que se produz música!
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