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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Coisas de hoje

Por Eduardo Louro

 

 

Hoje, quando passam 75 anos sobre o início da segunda guerra mundial, no dia em que a Alemanha de Hitler invadiu a Polónia, é o primeiro dia da reforma da Justiça, porventura a mais necessária das reformas. Mas, afinal, apenas mais um rato parido pela montanha, um rato chamado mapa judiciário, que dá à Justiça um novo rosto: o dos contentores (na foto) que substitui agora o da mulher de olhos vendados…

O citius, a plataforma informática da Justiça, é que não compareceu. Vá lá saber-se se por ter decidido engrossar a onda de contestação ao novo mapa, se por achar que não serve para exportação e por isso se recusar a entrar para os contentores, se para libertar mão de obra para as mudanças, ou se simplesmente decidiu prolongar as férias...

Coisas de hoje

Por Eduardo Louro

 

Hoje celebra-se o Dia D. Li algures que uma jovem estudante universitária achava que o Dia D era um programa de televisão. Ainda bem que não lhe perguntaram pelo dia da libertação dos impostos…

O Dia D não poderia ser o da libertação dos impostos. Que é o dia em que deixamos de entregar ao Estado tudo o que ganhamos. O dia a partir do qual passamos a ser donos do que ganhamos… Parece-me que alguém se enganou: ou nas contas ou no calendário. Quem leva para casa menos de metade do que ganha não deve estar muito de acordo com este calendário, e vai procurar esse dia lá para o meio de Julho.

Mas mesmo que não houvesse nenhum erro, de calendário, de contas ou de ambos, e fosse hoje o dia dessa libertação, nada nos garantiria que lhe pudéssemos chamar dia D. Como os impostos crescem todos os anos, o Dia D deste ano não o seria nos próximos. Seria o Dia D+N, com N variável conforme os Passos Coelhos e as Marias Luís do nosso inferno… E o Dia D é a 6 de Junho, queira Passos ou não. Corte-lhe ou não o Tribunal Constitucional nos cortes, deixando-lhe os impostos à mercê...

Porque, como alguém deveria ter ensinado àquela jovem universitária, assinalará para sempre o desembarque das tropas aliadas nas praias da Normandia. O dia em que, em poucas horas, a humanidade teve de sacrificar milhares de vidas pela paz na Europa. O dia que inverteu o rumo da barbárie daquele esquizofrénico alemão de bigode ridículo.

Foi há 70 anos!

COISAS DE HOJE XI

Por Eduardo Louro

 

Não se percebe bem como, mas parece que é verdade: três anos depois, Portugal abandonou o clube da bancarrota.

A gente vê estas coisas e fica a achar que cada vez percebe menos disto...

O Presidente confirma a convocatória do Conselho de Estado oportunamente feita por  Marques Mendes, e anuncia que é para discutir o pós troika: agora já nem há que discutir. Foram sete horas de reunião - apenas duas para o Dr Soares que, naquela idade, tem de ir cedo para a cama - que, pela ausência de conclusões, deverão ter sido passadas a perceber como o Benfica perdeu o campeonato. Ou a arbitragem do jogo do Porto com o Paços ... 

A dívida não pára de subir, e a Alemanha empurra-nos com toda a força para os mercados - quer é ver-se livre de nós - onde iremos de bater de frente com taxas de juro insuportáveis, para que para eles sejam negativas. O défice é cada vez maior, o que significa mais dívida para cima da dívida. A recessão e o desemprego seguem em via verde, fazendo que mesmo a mesma dívida seja ainda mais dívida. Mas já é uma dívida sem risco. Está bem: quase não há risco... Estamos ali ombro a ombro com o Iraque, um rival de peso, como se percebe...

 

COISAS DE HOJE XI

Por Eduardo Louro

 

Vá lá a gente perceber isto: a Bolsa teve hoje a melhor sessão dos últimos três anos, com o PSI 20 a subir mais de 4%.

A cotação dos três maiores bancos privados disparou acima dos 10%. É certo que no ponto a que chegaram já só podiam subir mas, nos dias que correm, subir mais de 10% é obra…

Só pode ser culpa do Tribunal Constitucional. Ou - vá lá - porque já se anuncia sol…

Para todo o país excepto para os lados de Alvalade – o que até é capaz de ser inconstitucional – onde se anunciam nuvens cada vez mais negras. Nada que não se esperasse!

COISAS DE HOJE VIII

Por Eduardo Louro

 

Apesar de tudo o que dele se tem dito, não está a começar nada mal este 2013.

Do governo chegam boas notícias: alguém finalmente fez alguma coisa de jeito!

E até somos campeões mundiais de matraquilhos. Em juniores!

Nunca antes tivemos uma ministra grávida. Já era uma súper ministra. Ao quarto filho, é agora também uma súper mãe!

Nem nunca tínhamos sido campeões de matraquilhos. E logo em juniores… O futuro está garantido!

Temos a mais elevada carga tributária da Europa? Que se lixe...  

COISAS DE HOJE V

Por Eduardo Louro

 
Começaram por ser 131. Depois, vistas as coisas com um pouco mais de atenção, o número duplicou e eram já 233 os assessores e adjuntos – boys, em linguagem comum – que, ao contrário de todo o funcionalismo público, receberam o subsídio de férias. Afinal soube-se hoje que o número é dez vezes superior: quase 1500 boys, com tudo a que têm direito!

COISAS DE HOJE III

Por Eduardo Louro

 


(foto daqui)


Na discussão do Orçamento de Estado na Assembleia da República discutiu-se tudo menos o dito. A politquice do costume, com mais ou menos encenação e com a amnésia do costume. PS e PSD muito esquecidos: um de que foi governo e do que aí foi feito, e outro, tanto como das promessas feitas, da garantia que nunca se desculparia com a pesada herança. O governo e a maioria na realidade já não têm outro argumento que não a governação anterior, esquecendo duas coisas: que garantiram não recorrer a esse expediente e que estão a governar há quase ano e meio.

Mas a verdade é que na discussão do orçamento não se discute o orçamento, a provar aquilo que aqui tem repetidamente sido dito: que este orçamento apenas existe porque é preciso haver um. Se não vale de nada, se não serve para nada, se nem o governo que o apresenta nem a maioria que o defende e aprova acreditam nele, o que é que há a discutir?

Quando se deveriam estar a discutir os enormes aumentos de impostos” do Orçamento, o primeiro-ministro apresenta medidas contingentes – mais impostos - para a falha da execução orçamental. Está a apresentar o Orçamento e o seu primeiro rectificativo, ele que, neste ano, bateu o recorde de orçamentos rectificativos, ultrapassando os governos provisórios do PREC!

Quando se deveriam estar a discutir os cortes de despesa do Orçamento, o primeiro-ministro, refundador, alarga a refundação ao Estado, depois do pontapé de saída dado na semana passada pelo ministro das finanças com aquela depensar nas funções do estado e no preço que se está disposto a pagar por elas”.

O governo que prometeu reformar o Estado, que foi eleito também com essa promessa, em ano e meio não mexeu uma palha. Mas quando apresenta um orçamento que não consegue executar, repara que a única saída que tem é cortar funções ao Estado. É, quando mais tira aos portugueses para dar ao Estado, que mais vai tirar no que o Estado tem para dar aos portugueses.

E é quando desperdiçou toda credibilidade que chegou a ter, depois de perder todas as muitas oportunidades que teve, e depois de ter esgotado toda a boa vontade, compreensão e disponibilidade de colaboração da parte do PS, que vem apelar – de forma pública e alvoraçada, sem o mínimo tacto político – à ajuda de Seguro para consensos na reforma do Estado. Faz algum sentido?

Nunca tanta incompetência junta foi vista neste país…

Valha-nos que um banqueiro nosso amigo – e muito competente - acha que tudo vai bem. E que é com mais austeridade - que o país aguenta, garante – que nos salvamos do destino da Grécia. “Ai aguenta, aguenta” – diz ele! Até poderá aguentar, Sr Ulrich, mas esse é mesmo o caminho da Grécia. Com o mesmo destino, como já toda a gente viu!

Excepto os banqueiros, claro…

 

 

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