Sem vergonha!
A provocação e o desplante do comendador Berardo, ontem na na Assembleia da República, mostra como este país fechou as fronteiras à vergonha, e nunca lhe permitiu que cá pusesse os pés.
Dá vergonha, este país sem vergonha!
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A provocação e o desplante do comendador Berardo, ontem na na Assembleia da República, mostra como este país fechou as fronteiras à vergonha, e nunca lhe permitiu que cá pusesse os pés.
Dá vergonha, este país sem vergonha!
É tal o sucesso deste governo que disparou por toda a Europa o interesse nesta solução governativa. De todo o lado chega gente para observar a geringonça, in loco, e já perguntam se não dá para exportar.
Mérito dos portugueses - sem dúvida - mas há muito que agradecer à Europa, em especial à Comissão Europeia e ... ao Sr Schauble. A publicidade do Sr Moscovici foi importante para este sucesso mas, decisiva... decisiva foi a boca calada do Sr Schauble. Que bem merece uma comissão de inquérito... Força, senhores!
Toda a gente sabe que o estado a que o banco público chegou é da responsablidade dos partidos do até aqui chamado arco do poder. PS, PSD e CDS, todos sem excepção, utilizaram sempre a Caixa para alimentar as respectivas clientelas.
Nenhuma dúvida a esse respeito. Não admira, por isso, que o PS se oponha a tudo o que seja mexer no assunto. Na mesma linha, poderia pensar-se que também que o PSD e o CDS não estivessem nada interessados nisso, ao contrário do Bloco e o PC, de mãos limpas.
Sobre estes já aqui vimos que, surpreendentemente ou talvez não, não queriam, também eles, que se mexesse no assunto. O Bloco já entretanto mudou de posição. No PC, como se sabe, essas coisas são sempre mais difíceis...
Quando o PSD e o CDS, contrariando as aparências, querem a todo o custo levar o assunto para o parlamento, com o PSD a impôr a constituição de uma Comissão de Inquérito potestativa (sem ter de ser votada), não estão no entanto a surpreender ninguém. Isso corresponde à cara de pau que têm para mostrar, e que há muito vêm mostrando, mas é também estratégia política. Na verdade não lhes interesa apurar o que quer que seja. Têm até tudo apurado, deixaram o governo há apenas seis meses. O que lhes interessa é explorar a clivagem que o assunto necessariamente provoca na geringonça.
A nós, aos contribuintes que vamos voltar a ser chamados a pagar os dislates desta gente, interessa-nos que o assunto seja debatido. No parlamento, em todo o lado. Mas o que nos interessa mesmo é exigir responsabilidades.
O que nos interessa é saber quem emprestou centenas de milhões de euros sem garantias. Quem andou a gozar com a nossa cara, financiando gente que compra acções dando por garantia essas mesmíssimas acções, com tudo a ganhar e sem nada a perder.
O que nos interesa é que, de uma vez por todas, haja responsabilidade e responsáveis. A sério, de verdade. O que nos interesa é que se deixe de fazer conta que ninguém está acima da lei.
O país não pode tolerar mais impunidade. E não pode tolerar que, ainda antes de conhecer a responsabilização, já saiba que não há bens para responder pelas responsabilidades. Como acaba de acontecer com Dias Loureiro...
Mas não é nada disto que interessa ao PSD e ao CDS. Na comissão de inquérito ou em qualquer outra sede. Ao PS não interessa nem isto nem outra coisa que não seja aceitar que ... tudo isto existe, tudo isto é triste... Tudo isto é fado!
As declarações prestadas ontem por Jorge Tomé - repito o que aqui já afirmei: um homem profundamente sério e um profissional altamente competente - na Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o Banif não podem cair em saco roto. Têm que ter consequências. Não sei quais, mas sei que não são simples declarações de oportunidade numa entrevista qualquer: são declarações numa Comissão Parlamentar de Inquérito, que tem de servir para muito mais que aquilo que outras têm servido: responsabilizar, desresponsabilizando.
A notícia da TVI, que deu a machadada final na liquidez do banco, (in)directamente ligada ao Santander, accionistas da também espanhola Prisa, dona da Media Capital, não pode ser deixada em paz. A alegada campanha do Santander na ilhas para que desviar depósitos do Banif, alegando o encerramento do banco, associada às conhecidas imposições da UE, serve para confirmar que, no Banif, há Santander a mais. Como, e ao contrário do que se quer fazer crer, há também governo (de Passos) a mais. Há governo a mais quando Jorge Tomé afirma que o Banco de Portugal tirou o tapete ao Banif logo a seguir às eleições de 4 de Outubro. Mas há muito governo a mais em tudo o que quis que parecesse governo a menos...
Por Eduardo Louro
Não sei se a notícia passou despercebida. Nem o que é que se possa chamar a isto…
Palhaçada não, porque aquela gente não tem categoria para a nobre arte do palhaço. Talvez fantochada, é isso. Fantoches, é o que eles são!
Os palhaços somos nós!
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