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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Desconfinamento?

SIC Notícias | Covid-19: Reunião no Infarmed volta a juntar políticos e  especialistas

 

É indesmentível que o confinamento está a dar resultados. Já esses, os resultados, poderão não ser tão indesmentíveis. Ou, pelo menos, mais discutíveis. Por uma razão simples - é que a testagem está a diminuir assustadoramente.

Em meados de Janeiro faziam-se cerca de 70 mil testes por dia. No início deste mês, 50 mil. E na última semana apenas 30 mil, bem menos de metade de há um mês. 

O confinamento está a resultar, mas significativa e expressiva descida da incidência de covid-19 nos últimos 14 dias que hoje sustentou a reunião com o Infamed, não deveria ignorar esta realidade da testagem. E, com um tão lento ritmo de vacinação, não serão muito avisados os apelos ao desconfinamento. Por muito compreensíveis que possam ser. Mais que as duas vozes que no governo se percebem sobre a matéria.

Gente que não é gente

Covid-19: filas de ambulâncias à espera no Hospital de Torres Vedras e em  Santa Maria

Percebeu-se desde que foi anunciado que o actual confinamento era a brincar. Talvez pelas mesmas razões que a abertura dada para o Natal, que todos os partidos, e não só o governo, promoveram, mesmo que dias depois reclamassem contra a decisão. Mas não seria de esperar que os portugueses brincassem tanto com ele.

O que aconteceu no fim de semana, com os paredões das praias apinhados de gente, e as esplanadas cheias que nem um ovo com serviço ao postigo, como se não tivessem visto filas de ambulâncias à entrada dos hospitais, como se o país com mais infecções diárias da Europa, e o segundo do mundo, não fosse o nosso e fosse outro qualquer num outro recanto do planeta, é, no entanto e infelizmente, mais que de gente a brincar com o fogo.  É mais que de gente ignorante e irresponsável, é de gente feita apenas de umbigo, indiferente a tudo o que se passa à volta e a qualquer noção de comunidade. É gente desprezível que despreza toda a gente!

E quando assim é, quando assim somos, bem podemos culpar governos e instituições... Podemos até culpá-los por sermos assim... 

Teoria do insuportável

Confinamento não fecha escolas mas obriga ao recolhimento domiciliário e  tele-trabalho - Actualidade - Figueira na Hora

 

O primeiro-ministro, António Costa, veio sempre dizendo e repetindo que um novo confinamento seria insuportável. Entendeu-se sempre insuportável para as pessoas mas, acima de tudo, economicamente insuportável.

Entretanto, e já com a vacina descoberta, certificada e em início de aplicação, quando se julgava que o pior já tinha passado, vimos que o pior afinal estava aí. E que o pior vai ainda ser pior. Nos últimos dias os números de  infectados e mortes tornaram-se insuportáveis. Insuportável para o Serviço Nacional de Saúde, sem capacidade para receber e tratar mais doentes, e até de armazenar mais mortos. Insuportável por esgotamento de recursos, mas também politicamente insuportável.

E aí está uma verdadeira teoria do insuportável que torna insuportável resolver o insuportável.Talvez por isso o confinamento se tenha ficado por uma espécie de meias tintas. Confina-se, mas miúdos e graúdos, alunos, professores e restante corpo auxiliar, vão às escolas, e só aí está 25% da mobilidade total do país...

Também podem ir à missa. Que seja para pedir a Deus que nos ajude, porque os homens já não sã capazes.

Confinar, ou não confinar, já não é a questão

Covid-19: Confinamento evitou 3,1 milhões de mortes em 11 países europeus,  estudo

 

 

A Europa é neste momento a área mais afectada do mundo pela pandemia, com mais de 15 milhões de infectados, bem acima da América Latina e Caribe (12,1 milhões de casos) e da Ásia (11,5 milhões de casos).

Portugal ainda não entra nesta lista dos dez primeiros, mas é já o décimo país da Europa com mais novos casos. Relativamente, bem entendido.  E no caso por 100 mil habitantes.

Dos dez primeiros, oito já estão em confinamento, total ou parcial. Escapam Croácia e Polónia.

Quando a fadiga e o desgaste tornam as medidas de confinamento cada vez mais difíceis de aceitar e cumprir, a ponto de questionar o seu efeito, olhamos para os números dos países que nesta segunda vaga mais rapidamente decidiram confinar, mesmo que parcialmente, e percebemos que, neste momento, para controlar os danos não há alternativa. 

Procurem-se todos os equilíbrios, tente-se por todos os meios minimizar os seus efeitos na economia. Mas para controlar a galopante transmissão do vírus em Portugal, e minimamente permitir respostas de um sistema de Saúde já feito em cacos, não é possível evitar o confinamento. 

Até porque as vacinas estão aí. Cada vez mais vacinas testadas. E cada vez mais prontas para chegar ao mercado. Mas nem assim chegarão à grande maioria da população, à percentagem de cobertura que assegura a imunidade, antes de 2022.

Confinar, ou não confinar, já nem é uma questão shakespeariana

 

 

Pulhice

João Almeida planeia moção de estratégia a congresso do CDS e não ...

O deputado do CDS João Almeida não se limitou, ontem no Parlamento, à mais ignóbil demagogia, à mais miserável manipulação e, em suma, ao mais reles que a política pode ter. Quando proclamou que o Parlamento "não pode proibir a celebração da Páscoa, mantendo a celebração do 25 de abril" o deputado do CDS reduziu a sua estatura política à simples dimensão do ressabiamento.

Ressentido pela derrota que o Partido lhe infringiu, amarrado à frustração, e desesperadamente à procura de espaço, João Almeida pode ser contra o 25 de Abril e contra todas as formas de o celebrar. Tem esse direito e a liberdade de o manifestar, que o 25 de Abril lhe garantiu ainda antes de nascer. Não pode é, sem passar a fronteira da pulhice, comparar a celebração do 25 de Abril na Assembleia da República, nos termos em que foi votada, com a proibição de celebrar a Páscoa, que simplesmente não existiu para lá das condições gerais de recolhimento estabelecidas para o país.



Regresso a quê?

Calendário escolar 2019-2020: Conheça todas as datas

 

O regresso às aulas enche hoje as capas dos jornais, com o arranque de um terceiro período como nunca se viu, marcado pela desigualdade que as aulas à distância e a internet, que ainda não é para todos, provocam.

A igualdade da oportunidade de aprender em sala de aula não se tele-transporta para casa de cada aluno. Aí, as desigualdades que o professor e a sala de aula escondem, vêm todas ao de cima. E a educação transforma-se num elevador avariado, sempre com a porta fechada.

Quando se fala de abertura, de regresso à normalidade, à normalidade possível, não é apenas de economia que se fala... 

Não faz muito sentido falar hoje de regresso às aulas. Nem de regresso de férias. Não há por enquanto regresso a coisa nenhuma. Nem regresso de coisa nenhuma. Não há aulas, como não houve férias.

Há apenas a mesma anormalidade que começa a tornar-se insuportável. Perigosamente insuportável!

 

 

 

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