Está marcado para hoje um meet ali para a Gomes Teixeira. É o clássico dos meets, o mais emblemático e junta muito mais gente, de muito mais má fama, que o de ontem, no Colombo. Mas também muito menos jornalistas e polícias!
O Conselho de Ministros esteve reunido durante 13 horas. Para aprontar o Orçamento, disse-se! Desconfio que tenha sido para bater o recorde do Conselho de Estado. A não ser que tenha sido o tempo necessário para Passos Coelho convencer Paulo Portas que não era dele que se ria com Miguel Relvas, quando o deputado Honório Novo mostrava no Parlamento a carta que ele escrevera aos militantes do seu partido. A dizer-lhes que não aceitaria mais impostos…
O Presidente da República, que no 5 de Outubro da bandeira de pernas para o ar falou aos portugueses sem dizer nada, resolveu, apenas dois dias depois, dizer para um jornal espanhol que a austeridade conduz à recessão e que o governo deve ouvir a voz do povo. Não lhe teria ficado mal que o tivesse dito cá, aos poucos portugueses que ainda o ouvem . Mas, como anda sempre atrasado, é possível que só agora lá tenha chegado…
António José Seguro, sempre sem saber o que dizer mas a saber que tem que dizer alguma coisa para não ficar calado, resolveu cavalgar a onda do populismo e avançar com a ideia da redução do número de deputados. Pode agradar ao povão, mas é uma ideia de inestimável alcance anti-democrático. Nesta altura de agonia do regime é esta a contribuição que Seguro tem para dar… Está tudo dito, bem pode ficar calado por muito tempo!
Também houve notícias da sociedade Relvas & Passos. Limitada… Com ambos os sócios acima de qualquer suspeita lá virão o fumo e o fogo…