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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Teoria do insuportável

Confinamento não fecha escolas mas obriga ao recolhimento domiciliário e  tele-trabalho - Actualidade - Figueira na Hora

 

O primeiro-ministro, António Costa, veio sempre dizendo e repetindo que um novo confinamento seria insuportável. Entendeu-se sempre insuportável para as pessoas mas, acima de tudo, economicamente insuportável.

Entretanto, e já com a vacina descoberta, certificada e em início de aplicação, quando se julgava que o pior já tinha passado, vimos que o pior afinal estava aí. E que o pior vai ainda ser pior. Nos últimos dias os números de  infectados e mortes tornaram-se insuportáveis. Insuportável para o Serviço Nacional de Saúde, sem capacidade para receber e tratar mais doentes, e até de armazenar mais mortos. Insuportável por esgotamento de recursos, mas também politicamente insuportável.

E aí está uma verdadeira teoria do insuportável que torna insuportável resolver o insuportável.Talvez por isso o confinamento se tenha ficado por uma espécie de meias tintas. Confina-se, mas miúdos e graúdos, alunos, professores e restante corpo auxiliar, vão às escolas, e só aí está 25% da mobilidade total do país...

Também podem ir à missa. Que seja para pedir a Deus que nos ajude, porque os homens já não sã capazes.

Uma prenda de Natal*

Sinais positivos na procura de vacina contra a Covid-19 | Internacional –  Alemanha, Europa, África | DW | 16.07.2020

A pandemia está, em Portugal, na Europa e no mundo, a atingir os seus números mais impressionantes, em níveis incomparavelmente superiores aos da primeira vaga. Esta dinâmica, e as circunstâncias do Natal e do fim de ano que aí estão, fazem prever números ainda mais devastadores para o início do ano.

É assim por toda a Europa, onde cada vez mais países se fecham em confinamento total, e por todo o mundo. É assim também por cá, onde acaba de ser renovado estado de emergência. Pela sétima vez, e agora para o período de 24 de Dezembro a 7 de Janeiro.

 Sabemos que a carta-branca dada para o Natal se mantém no baralho. Que o governo só puxou do travão de mão para a passagem de ano.

Sabemos que Macron, o presidente francês, está infectado. E que estaria já infectado quando manteve encontros com outros líderes europeus, incluindo o nosso primeiro-ministro. 

É este o cenário com que nos confrontamos. Só não percebe a gravidade quem não consegue perceber nada. Só não vê, quem não quer ver.

Entretanto a vacina está aí. A vacinação já se iniciou no Reino Unido, na semana passada. E, nesta que hoje acaba, nos Estados Unidos. A Agência Europeia do Medicamento prepara-se para autorizar, já na semana que se vai iniciar, a aplicação de uma das vacinas, a da Pfizer. Também em Portugal, e na Europa, a vacinação vai arrancar ainda neste ano, mais cedo do que as melhores previsões de há poucos dias.

Um estudo de opinião publicado esta semana nos jornais indicava que apenas 61% dos portugueses estão dispostos a tomar a vacina, uma percentagem que não abre as melhores expectativas para a criação da imunidade. Outras partes do mundo haverá onde a resistência à vacinação será bem superior, especialmente entre os mais vulneráveis à desinformação e às teorias negacionistas.

Quer isto dizer que, depois da extraordinária rapidez com que a Ciência nos garantiu a vacina, e depois do heroísmo dos milhares de homens e mulheres que se disponibilizaram a testá-la, há na humanidade gente que, recusando vacinar-se, põe em causa todo esse esforço.

Claro que nenhum Estado deve ter o poder de obrigar os seus cidadãos a vacinarem-se. Num Estado de Direito Democrático isso não tem cabimento. Mas compete a cada Estado, é sua obrigação, promover o sentido cívico da vacinação, e desenvolver nas populações a consciência que a vacinação é uma responsabilidade de cidadania.

A duas semanas do início da vacinação, e com 40% da população sem interesse em vacinar-se, era importante que estivesse em preparação uma sólida, e para isso bem segmentada, campanha de mobilização para esta responsabilidade cívica que nos obriga a todos nós. Talvez fosse a melhor prenda para este Natal…  

* Da minha crónica de hoje na Cister FM

Comunicar

Comunicar e humanizar: quase sinônimos | by Leonardo Fouchard | NEW ORDER |  Medium

 

Voltaram ontem as famosas reuniões do Infarmed, concluídas com o desfile  de todos os representantes dos partidos políticos e dos parceiros sociais na passadeira das televisões, com tradução gestual e tudo.

No fim de tudo isso passar, ficamos a saber que, em contradição com as medidas que o governo tem tomado e continua a prolongar,  os restaurantes e centros comerciais não são uma fonte grave de contágio. Que essas, no dizer do estudo apresentado por Henrique de Barros, presidente do Conselho Nacional de Saúde, estão nos ginásios e nos locais de trabalho. Nos locais de trabalho que não sejam em restaurantes e centros comerciais, teremos nós de concluir...

Quando se fala em problemas de comunicação não se está apenas a referir ao governo e à Directora Geral da Saúde. Nem ao primeiro-ministro que, talvez por comer as palavras e pelo abuso da moleta do "vamos lá a ver", assumiu a culpa toda para si.

Como fica à vista...

 

 

Confinar, ou não confinar, já não é a questão

Covid-19: Confinamento evitou 3,1 milhões de mortes em 11 países europeus,  estudo

 

 

A Europa é neste momento a área mais afectada do mundo pela pandemia, com mais de 15 milhões de infectados, bem acima da América Latina e Caribe (12,1 milhões de casos) e da Ásia (11,5 milhões de casos).

Portugal ainda não entra nesta lista dos dez primeiros, mas é já o décimo país da Europa com mais novos casos. Relativamente, bem entendido.  E no caso por 100 mil habitantes.

Dos dez primeiros, oito já estão em confinamento, total ou parcial. Escapam Croácia e Polónia.

Quando a fadiga e o desgaste tornam as medidas de confinamento cada vez mais difíceis de aceitar e cumprir, a ponto de questionar o seu efeito, olhamos para os números dos países que nesta segunda vaga mais rapidamente decidiram confinar, mesmo que parcialmente, e percebemos que, neste momento, para controlar os danos não há alternativa. 

Procurem-se todos os equilíbrios, tente-se por todos os meios minimizar os seus efeitos na economia. Mas para controlar a galopante transmissão do vírus em Portugal, e minimamente permitir respostas de um sistema de Saúde já feito em cacos, não é possível evitar o confinamento. 

Até porque as vacinas estão aí. Cada vez mais vacinas testadas. E cada vez mais prontas para chegar ao mercado. Mas nem assim chegarão à grande maioria da população, à percentagem de cobertura que assegura a imunidade, antes de 2022.

Confinar, ou não confinar, já nem é uma questão shakespeariana

 

 

A segunda vaga. E a terceira...*

Covid-19: «Uma segunda onda e, possivelmente, uma terceira e uma quarta são  inevitáveis», alertam especialistas – Executive Digest

Estamos em plena segunda vaga da pandemia, a tal que só surgiria na passagem do Outono para o Inverno, mas que se antecipou, e chegou na passagem do Verão para o Outono.

Está a revelar-se mais agressiva que a inicial, ao contrário do que durante algum tempo foi afirmado. Por todo o lado, e também por cá, os números de infectados e de óbitos crescem a ritmo acelerado. Impressionam os 100 mil novos caos diários nos Estado Unidos, os vinte mil de Espanha, ou os 30 mil de Itália, de França ou do Reino Unido, e no entanto os nossos cinco a seis mil casos diários são, proporcionalmente à população, bem mais graves. Muitas vezes mesmo o dobro.

Já se fala numa terceira vaga para a Primavera. E sabe-se que a vacina, mesmo que se confirmem as notícias desta semana que anunciam a validação de uma das cerca de trinta vacinas em desenvolvimento, capaz de entrar já em produção, não será solução efectiva para a pandemia antes do final do próximo ano. Há, primeiro, insuficiências da produção, de crescimento gradual, depois, de distribuição e, finalmente, de criação de imunidade.

Estamos pois ainda longe de ter a solução para a pandemia e para todos os males que arrasta. Mas não estamos já naquele contexto de incerteza, em que nada sabíamos sobre nada do que nos estaria para acontecer. Estaremos pela primeira vez desde o início da pandemia perante um cenário de alguma previsibilidade.

E isso faz toda a diferença. E tem de ser aproveitado para as respostas que, individual e colectivamente, temos que encontrar. Seja nos sacrifícios para resistir, seja na preparação da retoma.

 

* A minha crónica de hoje na CIster FM

Aí está a vacina

Dinamarca alerta mutação de coronavírus que coloca todas vacinas em risco |  Exame

 

Já há vacina. A Pfizer e a BioNTech anunciaram uma vacina, testada em 43.500 pessoas de diferentes países, que aponta para 90% de protecção conta a covid-19, que pretendem disponibilizar já no final deste mês, através de um processo de aprovação de emergência.

Não vamos, evidentemente, assistir ao início da vacinação antes da próxima Primavera. Nem provavelmente haverá capacidade de produção para responder a todas as necessidade antes do final do próximo ano. Mas as bolsas dispararam. E, mais importante, a comunidade científica exulta. 

Trump é que não. Continua em birra e amuado,  e diz que a  Pfizer e a BioNTech fizeram isto agora só para o lixar.

 

Tributo à confusão em curso

Bandeira a meia haste e minuto de silêncio em Belém pelas vítimas da  COVID-19 - Atualidade - SAPO Lifestyle

 

Os números de que se faz a história da pandemia não param de crescer. A barreira psicológica das duas mil infecções diárias ficou rapidamente para trás. Chegaram aos três mil. E aos quatro. E os seis mil estão já aí.

Já ninguém sabe muito bem o que fazer. Sabe-se que "confinamento nunca mais". Que não pode ser, que não é comportável. Ninguém sabe muito mais, anda tudo às apalpadelas. À procura do meio termo entre uma coisa qualquer e outra coisa. Qualquer que seja. 

E venham regras e mais regras, com excepções e mais excepções. Não resolvem nada, mas aumentar a confusão já não é mau. E lá vem o Presidente Marcelo - está em todas, não perde uma - com a bandeira a meia haste para homenagear os mortos. Hoje, que ontem, que era o dia, não se podia. Ou podia. Ou talvez não. Bandeira a meia haste, num tributo às vítimas mortais da pandemia. Não. Içar a "bandeira nacional em dia de luto" e de "homenagem a todos os falecidos, em especial aos que pereceram devido à pandemia". 

Do meio da confusão alguma coisa há-de sair. Depois de reunir com o primeiro-ministro, de içar a bandeira, e de homenagear todos os mortos, mas em especial alguns, lá para a hora dos telejornais, do Presidente alguma coisa há-de sair. De novo o estado de emergência. Ou mais confusão ainda.

Uma calamidade em estado de emergência, é o que é.

 

 

Há sempre qualquer coisa a não bater certo

Marcelo Rebelo De Sousa - Leva vacina da gripe sem camisa e vira meme |  VIP.pt

Com as infecções pelo coronavirus a terem já atingido 1% da população, e a baterem recordes desde o início da pandemia,  e com a ameaça do regresso ao confinamento cada vez mais real, o tempo é agora de vacinação contra a gripe.

Foi montada uma vasta campanha de sensibilização para a campanha de vacinação, por fases, de acordo com os segmentos alvo. Primeiro os profissionais de saúde e, depois, os idosos. Arrancou ontem a fase de vacinação dos mais mais velhos, e o presidente da República, como não podia deixar de ser com o Professor Marcelo, correu a vacinar-se em público. Para reforçar a campanha, evidentemente. As imagens não terão sido as mais felizes, e deram mesmo para a inevitável sucessão de memes nas redes sociais, mas o objectivo era o mesmo - mobilizar a população, e particularmente a mais vulnerável, para a vacinação contra a gripe.

Mobilizadas por todas estas campanhas as pessoas começaram a procurar a vacina. Começaram a ligar para os Centros de Saúde, ou para as Unidades Familiares de Saúde, mas do outro lado ninguém atende o telefone. Deslocaram-se pessoalmente, mas só encontraram filas a dobrar o quarteirão. Foram procurar a vacina às farmácias, e ... nada. Tinham recebido uma ínfima percentagem das que haviam encomendado, insuficientes até para o próprio pessoal da farmácia.

É assim. Há sempre coisas que não batem certo. Até numa simples vacina para a gripe. Que, de resto, se não houvesse sempre qualquer coisa a não bater certo, deveria este ano ter menos procura. Se o vírus da gripe se propaga de forma idêntica à do coronavirus, e se temos em vigor uma série de medidas de protecção contra este último, entre as quais o uso da máscara, o natural seria que as pessoas estivessem mais defendidas da gripe que nos anos anteriores. 

 

Indicadores e opções

Eleições gerais na Nova Zelândia adiadas por quatro semanas - Plataforma  Media

 

Este foi um fim-de-semana de eleições em vários países do mundo. Entre eles na Nova Zelândia, onde a primeira-ministra Jacinda Ardern foi reeleita com 50% dos votos, que lhe garantiram a maioria absoluta.

A economia neozelandesa é das mais afectadas pela pandemia. A quebra na actividade económica foi a mais expressiva entre todos os países da OCDE, do primeiro para o segundo trimestre do ano o PIB caiu mais de 12%. As exportações afundaram, e o turismo, a principal actividade económica do país, ficou paralisado com o fecho das fronteiras. E o desemprego cresceu como nunca.

É da teoria política que, em condições económicas desta natureza, não há governo que possa ganhar eleições. E no entanto Jacinda Ardern não só ganhou as eleições como reforçou substancialmente a sua votação. Porque é jovem? Porque rompeu com as velhas e bafientas regras de fazer política? Porque quebrou barreiras entre governantes e governados? Porque protagoniza uma liderança estimulante?

Por tudo isso. Porque foi com com tudo isso que conseguiu os melhores indicadores do planeta nos resultados da pandemia: 1900 casos positivos, e 5 mortos. Num país de 5 milhões de habitantes!

Quando tanto se fala no equilíbrio, e que as medidas de protecção à saúde não podem colocar a economia em causa, Jacinda Ardern não teve dúvidas que a sua prioridade era a saúde. Que se afundasse a economia, se esse era o preço a pagar para combater o vírus.

E os eleitores também não tiveram dúvidas em trocar os maus indicadores económicos pelos excelentes indicadores na pandemia.

Porquê? Porque podem. E esse é o melhor de todos os indicadores!

Abanões*

Uso obrigatório da app StayAway Covid divide constitucionalistas - TSF

 

Já ultrapassamos a barreira dos 2 mil infectados por dia, e é a própria ministra da saúde a dizer-nos que estamos a poucos dias de chegar aos 3 mil.

Terá sido isso a fazer sentir ao primeiro-ministro “que era preciso haver um abanão”, palavras com que, numa entrevista ao Público, terá tentado justificar, mais que a declaração do estado de calamidade, algumas medidas altamente controversas com que fez acompanhar essa declaração.

Provavelmente muita gente estará de acordo que é preciso um abanão. E às vezes, momentaneamente, os abanões funcionam. Mas não resolvem nada que passe desse momento, no essencial deixam tudo na mesma. E podem até resultar num empurrão para o desconhecido. Incontrolável.

A ideia de tornar obrigatório o uso de máscara sempre que no espaço público não estejam garantidas as condições de distanciamento entre as pessoas é tolerável. Trata-se de impor o uso de um meio de protecção através da lei, e não é nada de novo. Pelo contrário, para trás há toda uma história de instrumentos de protecção que hoje damos por inquestionáveis, mas que apenas entraram nas nossas rotinas porque tiveram força de lei.

Já a ideia de obrigar a instalar um determinado software no telemóvel de cada um não lembraria a ninguém. A não ser nos regimes totalitários da China ou da Coreia do Norte. Uma coisa é fazer uma campanha, como o primeiro-ministro de resto já tinha feito, para convencer as pessoas a usarem uma aplicação – uma app, como se diz – de livre vontade. Outra é fazer uma lei a obrigar ao seu uso!

Isto não é um abanão. É um empurrão para o escuro. E é, do ponto de vista da democracia e da liberdade, o absurdo. É absurdo no plano dos princípios, porque ofende direitos e liberdades individuais, e é absurdo à luz da realidade porque, no limite, obriga todas as pessoas a possuir equipamentos capazes de receber a aplicação. É uma impraticabilidade, e a impraticabilidade é desde logo absurda. Se seria absurdo obrigar todas as pessoas a usar telemóvel, fosse a que pretexto fosse, mais absurdo será obrigar todas as pessoas a disporem os telefones inteligentes – smart phones, como se diz – que muitas nem sabem usar.

Polícias a vigiar o uso dessa aplicação, e polícias a poder entrar em casa dos cidadãos sem mandato judicial, são apenas dois dos pesadelos deste inaceitável empurrão para o escuro.

Esperemos agora que, no Parlamento, a oposição dê um valente abanão ao governo, e enterre de vez esta ideia absurda e perigosa.

* A minha crónica de hoje na Cister FM

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