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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

É tão fácil, não é?

Investigação. O que mostram os documentos nunca revelados da Spinumviva –  Observador

O Observador resolveu dar uma mão a Luís Montenegro, através do inevitável Luís Rosa. No tempo certo, e na medida do necessário. Montenegro, claro, ficou calado. Deixa isso para outros, evidentemente. Assim é que é a medida certa.

Poderia ter sido o líder parlamentar, Hugo Soares. Foi o ministro Leitão Amaro, que é a mesma coisa.

É tão fácil, não é?

"18 milhões de razões"

Solverde sobre a empresa de Montenegro: “O serviço continua a ser bem  prestado, faturado e pago” - Política - Jornal de Negócios

A Solverde, entendendo que os portugueses, para além do que então empobreceram, dos empregos que então perderam, e do que então tiveram de emigrar, teriam ainda que lhe pagar o impacto da crise económica de 2008 no seu negócio dos casinos, reclamou uma compensação ao Estado. Começou por reclamar 63 milhões de euros, valor que uma comissão arbitral viria a fixar em 15,5 milhões que, acrescido de juros, passou para 18 milhões de euros.

Em Setembro de 2024 o Estado recorreu desta decisão para o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) que, em Janeiro, decidiu pela sua anulação. Decisão de que - soube-se hoje -, em 3 de Março, a Solverde recorreu para o Tribunal Constitucional (TC).

Em pleno terramoto Spinumviva/Solverde, Montenegro agarrou-se a esta decisão do STJ para reclamar "18 milhões de razões" em sua defesa. Pela mesma ordem de razão, sem que Montenegro disso tivesse dado conta, com o recurso para o TC, as "18 milhões de razões" voaram de imediato para parte incerta. 

Pode ser que voltem a aparecer durante a campanha eleitoral. Pelo despudor a que se tem assistido é  bem possível que sim!

 

Esquizofrenia política

Marcelo e o "caso Spinumviva" : “Coisas desagradáveis”, mas sem crise  política - Expresso

O ministro Manuel Castro Almeida declarou "que se o PS vier declarar que reconhece ao Governo condições para executar o seu programa, se declarar que se considera satisfeito com os esclarecimentos dados e que retira a comissão parlamentar de inquérito, acho que há condições para a moção de confiança poder ser retirada". 

Logo no governo alguém percebeu o despudor do trade off. E como já tinham percebido o pânico que vai no PS (ele é Adão e Silva, ele é Medina, ele é até Seguro), veio o ministro Leitão Amaro dizer que não senhor, que a a moção de confiança é irreversível, e que única forma que o PS tem de evitar eleições é votá-la favoravelmente. 

Depois de ontem já ter inclusivamente adiantado a data das eleições antecipadas - 11 ou 18 de Maio - Marcelo diz hoje ao DN que tudo tem feito, e fará, para evitar eleições antecipadas.

Entretanto, nas primeiras páginas dos jornais de hoje, "Montenegro omite obras no duplex à Câmara Municipal de Lisboa" (CM); Governo acelera PPP em cinco hospitais (Público); "Governo de Montenegro viola lei do registo de interesses" (DN), "Montenegro infringiu regras de declaração de rendimentos" (Visão).

Isto não é uma crise política. Essa dura há anos. É uma crise esquizofrénica!

A democracia é muito mais que um Guião

Link na imagem

Soube-se desde o primeiro momento em que chegou ao poder que Montenegro, apesar de ter Passos Coelho por passado político, tinha em Cavaco o seu grande mentor. Fosse por escolha própria, fosse porque o próprio lho tenha sugerido, iria seguir-lhe todos os passos, independentemente da realidade.

Hoje, em plena crise política, não há dúvidas que o guião de Montenegro é o de Cavaco, de há mais de 30 anos.  

Teimou em não esclarecer os imbróglios pessoais em que se meteu, colocando-se acima do escrutínio. Mesmo tendo-se deixado embrulhar em maior exposição que aquela a que Cavaco sempre se permitiu, indiferente aos factos, monta o cavalo do "para serem mais honestos do que eu têm que nascer duas vezes", agora selado para "só respondo a quem for mais honesto que eu".

Fala da família, e quer parecer defendê-la, mas foi ele que a entregou de bandeja na praça pública. Foi ele que, em vez de a proteger, a utilizou para se proteger. Usou a mulher, e os filhos, para, na empresa, esconder (pelo menos) a violação do dever de exclusividade. E usou um dos filhos na aquisição de apartamentos, circunstância em que usou de expedientes para fugir à declaração à Entidade da Transparência.

Salta por cima destes factos, como Cavaco sempre fugiu dos do BPN. Das acções, não cotadas, com que se encheu de dinheiro para credibilizar um dos maiores escândalos financeiros do país, que não tem assim tão poucos. E do da casa da Coelha, nas suas trocas e baldrocas.

Aqui chegado, à boca da crise em que seguiu o guião, quer ainda mais ser Cavaco. E transformar a saída para a crise num plebiscito. 

O guião é claro: encharcar as televisões de ministros e deputados a vender a campanha de vitimização para, no fim, aparecer ele próprio na apoteose final. Devidamente intoxicado, ao povão resta sair a votar em massa num primeiro-ministro fazedor e empreendedor, que tem o país num brinquinho, que tudo, e a todos - menos a uma corja de malfeitores exclusivamente focada na sua destruição, a quem não há explicação que sirva - esclareceu.

Tudo esclarecido, sigamos em frente que nada disto merece que percamos mais tempo.

Sim, até porque "tenho mais que fazer do que estar a responder-lhes todos os dias, senhores deputados"!

A democracia não é isto. Mas tem destas coisas, e pode ser reduzida ao simples depósito de um boletim de voto numa urna por eleitores prévia e devidamente amestrados!

Mestres da táctica

Debate. Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro entre o "tabu" da maioria  relativa e os fantasmas do passado

Ao esclarecimento exigido por Francisco Assis ("ou o Governo é sério e apresenta uma moção de confiança ou, caso contrário, o PS deve apresentar uma moção de censura”), Pedro Nuno Santos respondeu: calma, tenho uma ideia melhor - uma Comissão de Inquérito!

Para apurar tudo, tirar tudo a limpo - leia-se fritar o primeiro-ministro todos os dias durante mais de seis meses - e, então sim, conhecido tudo o que falta saber - leia-se, daqui a sete ou oito meses, já depois das autárquicas, e com o Presidente da República atado de pés e mãos ao final de mandato - apresentar a moção de censura.

É que - já se sabia -  com ele, o tempo da táctica política acabou!

Como em tácticas ninguém bate Montenegro - a última que consta é a de abrir tantas contas bancárias quantas as necessárias, para que os seus saldos nunca passassem dos 41 mil euros, que escapavam à declaração à Entidade da Transparência - é bem provável que, entre a frigideira da Comissão de Inquérito, e a loiça toda partida na moção de confiança, venha a preferir a segunda.  

 

 

Crise política ou de regime?

Assim se vê a força do PC - Renascença

O primeiro-ministro, na forma como conduziu este processo da sua empresa familiar, abriu uma crise política de graves consequências no funcionamento do sistema político.

Criou uma autêntica bola de neve que vem dar gás ao discurso populista, e a quem só se sente bem na política se esta for uma pocilga repleta de choldra e lama. E desembocou numa situação política insustentável, que o deputado Rui Tavares, do Livre, descreve (bem) nestes termos:

O país está numa situação em que o Governo não teria uma moção de confiança aprovada - portanto, chumbaria uma moção de confiança -, mas qualquer moção de censura também chumba. E, portanto, estamos com um Governo que não está nem morto, nem vivo.

Isto é, a falta de lucidez, e a falta estatura política de Luís Montenegro acabaram a dinamitar o sistema político, ao mesmo tempo, por dentro e por fora. Por fora, activando o radicalismo anti-democrático da extrema-direita; por dentro, rebentando com as válvulas de segurança do sistema.

Não é a Luís Montenegro que cabem todas as responsabilidades. Ele tem a do pecado original - foi ele, e por ele, que a situação aqui chegou - mas há mais responsáveis.

Desde logo o PCP, a apressar-se a anunciar a moção de censura apenas para garantir mais uns meses de sobrevivência. A cavar mais fundo o seu descrédito: um partido que se rege por decisões colectivas, conseguiu em menos de um quarto de hora, num sábado à noite, produzir aquela decisão.

E, claro, acima de todos, Pedro Nuno Santos. Em apenas trinta segundos o líder socialista anunciou mandar o Governo abaixo (se este apresentar uma moção de confiança); e manter o Governo em funções (inviabilizando a moção de censura que o PCP). Se Luís Montenegro fosse ainda tomado por algum laivo de decência, e decidisse submeter-se a uma moção de confiança, Pedro Nuno Santos cortou com essa possibilidade de decência.

É o regime na sua mais crua degenerescência. 

 Valha-lhe Francisco Assis: Exige-se um esclarecimento: ou o Governo é sério e apresenta uma moção de confiança ou, caso contrário, o PS deve apresentar uma moção de censura.

A pergunta que abre a porta que ninguém quer abrir

Montenegro não se demite, confia empresa aos filhos e acena com moção de  confiança

Montenegro surgiu ontem ao país, que ele próprio deixara em suspenso quando, com mais de 24 horas de antecedência, anunciara uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros, seguida de uma comunicação ao país, pelas (con)sagradas oito da noite, a brindar com um copo cheio de truques. 

Não foi uma comunicação ao país, foi um comício!

Não era disso que o país precisava. Não era de propaganda, de truques, de "mais família", de mais vitimização. Era de clareza, em nome da decência, tudo o que o país precisava. 

Depois de se saber que a actividade da tal sua empresa familiar, independentemente das conhecidas ilegalidades ou outras desconformidades com as boas práticas, e até da nulidade de actos que conduziram à sua actual estrutura societária, se circunscrevia a avenças com um conjunto de empresas - entre elas a Solverde, com uma avença mensal de 4,5 mil euros, cuja actividade se centra numa concessão para a exploração de jogos de sorte e azar, em casinos e "on line", já negociada com o Estado por Luís Montenegro, no exercício da sua actividade de advogado, e que termina precisamente no final deste ano - o primeiro-ministro só tinha de, finalmente, ser claro. 

Por trás da retórica que, para a oposição, nunca haverá esclarecimentos suficientes, Montenegro tem a consciência que há mesmo coisas para esclarecer. Sabe-o tão bem que foge a perguntas, escondendo-se em "comícios" e debates parlamentares atrás de truques que domina com alguma mestria.

Há muita coisa para esclarecer porque, na verdade, nada foi esclarecido. Mas há uma pergunta que é fundamental: com Montenegro nas funções de primeiro-ministro, teoricamente sem tempo, e eticamente impedido de produzir os serviços que a empresa vende, sem quadros (não é certamente com um advogado e um jurista, avençados pelo "ordenado mínimo" que a empresa presta serviços de tanta especifidade técnica, e com tamanho valor acrescentado) para o substituir, como é que a empresa presta esses serviços a clientes da dimensão dos que acabou por revelar, e pelos preços que foram conhecidos?

É difícil, a Montenegro ou a quem quer que seja, dar a resposta.

O problema - e daí, acredito eu, que a pergunta seja evitada e que ainda não tenha sido feita - é que a dificuldade da resposta abre a porta que ninguém quer abrir. Essa dá, escancarada, para não haver serviço algum a ser prestado, e estar a ser paga uma outra coisa qualquer. E fácil de ver!

Percebo que toda a gente queira manter essa porta fechada. E que o truque de Montenegro, a anunciar a meias tintas uma moção de confiança que nunca seria para avançar, fosse isso mesmo.

Não percebo que, à beira do precipício, o PCP tenha dado o passo em frente. Ao chegar-de de imediato à frente com o anúncio de uma moção de censura o PCP lançou a bóia de salvação ao PSD, e tornou-se no mais (in)suspeito guardião do regime. Mas o PCP é isso mesmo, uma coisa que hoje ninguém percebe.

Desconfio bem que, no entanto, aquela porta se não mantenha fechada assim por tanto tempo.

 

A mácula do pecado original

Expresso | Marcelo fala ao país às 20h sobre dissolução e eleições  antecipadas

O Presidente Marcelo confirmou a dissolução da Assembleia da República, e marcou eleições. Como não podia deixar de ser. Como não tinha alternativa, reafirmou.

Não tinha. Sem qualquer dúvida, depois do que ele próprio protagonizara nesta crise. Não havia passo atrás possível.

Não disse apenas que não havia alternativa. Disse também que não tinha qualquer responsabilidade na situação, que se limitara a constatar o óbvio - que a base de apoio partidário do governo se havia dissolvido. E que, também por isso, não lhe poderia ser assacada qualquer responsabilidade sobre a eventualidade de, das eleições que hoje marcou, não resultar uma solução governativa estável. Exactamente como ele próprio admite, e por isso lhe dedicou também algum tempo da sua mensagem. E como praticamente toda a gente prevê.

Marcou as eleições para 30 de Janeiro do próximo ano. Previsivelmente, também. A generalidade dos partidos tinham apontado a data de 16 de Janeiro. E sabe-se porquê. Como se sabe quem, do PSD, não queria essa data. E como se sabe que, de dentro destes, saíram movimentos influenciadores, a reclamá-las para o fim de Fevereiro. E sabe-se para quê. Exactamente para que 30 de Janeiro resultasse de uma espécie de bissectriz que permitisse que a data fosse de fácil consenso.

Tudo perfeito, portanto, para uma decisão presidencial imaculada. Sem pecado!

Há o pecado original, mas esse, como se sabe, é o pecado por que ninguém é responsável. É o pecado com que nascemos todos, mas a que ninguém liga nenhuma. Os crentes, baptizam-se, e limpam-no. Os não crentes, nem sabem que ele existe.

Não percebi se o main stream é o padre do baptismo, ou se não é crente. Dá no mesmo - para o main stream não há pecado original do Presidente.

Mas há. E há até dois: um primeiro, quando em Outubro de 2019 - ele que sempre priorizou a estabilidade governativa - deu posse a um governo minoritário, que anunciava desde logo que não estabelecia acordos que garantissem o indispensável suporte parlamentar. O segundo é recente: quando o Presidente, porque, e apenas porque queria atirar a provável crise política gerada pelo Orçamento para o próximo ano, apostou tudo na ameaça com a "bomba atómica".

O segundo só existiu por, antes, ter existido o primeiro. Mas é mais um, e porventura pecado tão capital como o primeiro. E um erro político ainda mais indesculpável. Onde é que o Presidente tinha a cabeça quando achava que ameaçar o governo, e os partidos que poderiam viabilizar o orçamento, com eleições antecipadas, nestas condições políticas, poderia resultar noutra coisa que não na que deu?

Os factos são estes: (i) o Presidente ameaçou dissolver o Parlamento se o Orçamento não fosse aprovado; (ii) o Orçamento não foi aprovado.

Não é possivel demonstrar o contra-factual - nunca saberemos se, sem essa ameaça, o orçamento seria aprovado; mas também não é possível desmentir a relação causa/efeito! E a decisão hoje anunciada pelo Presidente só será imaculada por ignorância do pecado original. Ou por crença!

Factos e opiniões

Marcelo considera que Costa lhe criou um problema com as palavras na  Autoeuropa

Os factos são factos, não são opiniões. No entanto, ao serem susceptíveis de interpretação, ou mesmo ao carecerem dela, os factos acabam por surgir no espaço mediático colados à opinião, e muitas vezes indistinguíveis para o consumidor de informação.

Dificilmente há factos brutos, ou em bruto. Os factos chegam-nos interpretados, e só vêm rotulados de factuais para robustecer essa interpretação. Interpretações há muitas, como os chapéus. E como as opiniões ... o que torna fatalmente curta a distância que separa os factos das opiniões. Quanto mais curta for essa distância mais fácil é manipular os factos. E quanto mais manipulados forem menos factos restam, por mais que sejam dados por factuais.

O que se vai dizendo e se escrevendo sobre a actual crise política está a encher-se de factualidades que estão a afastar em anos luz dos factos. Quando chegarmos às eleições, seja lá quando for, no discurso main stream não subsistirá um único dos factos que lhe deram origem. Muito menos o primeiro e principal. Que esta crise só surgiu, assim e nesta altura porque, frenético a empurrá-la para a frente, o Presidente Marcelo a deixou cair na bandeja que serviu a António Costa.

Ou não será factual?

 

 

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