Morreu o rosto da revolução. Um mito que inspirou sonhos e frustrações, alentos e desalentos, vitórias e fracassos. Paixões e ódios. Se procurarmos na História um rosto para a revolução talvez não econtremos outro mais icónico. Um símbolo de luta e de resistência que marcou gerações... E a História. Que dele fará o julgamento final.
Está a fazer-se História em Cuba, com a visita de Obama - diz-se. Poderá ser que sim, mas também poderá ser que não. Depende de muitos "ses", como sempre aconteceu com a História destes dois tão desiguais vizinhos. Se não tivesse sido o embargo americano... Se a estratégia não tivesse sido sempre a do golpe a seguir a cada golpe... Se não fosse a guerra fria... Se kennedy .... Se kissinger... E se tudo isto não tivesse afinal servido para reforçar e fechar ainda mais o regime cubano.
Esta é mais uma marca de Obama. Mas poderá não ser muito mais que exactamente isso: um símbolo, como muitos outros que deixou. Mas que se arriscam a nem como símbolos ficarem na História.
Também isto é obra de Mandela. O cumprimento entre os presidentes americano e cubano nunca teria existido sem Mandela…
Quando Obama se deslocava para a tribuna, para o seu discurso nas cerimónias fúnebres públicas de hoje em Joanesburgo, cruzou-se com Raul de Castro e … apertaram as mãos. Simbólico, não mais que isso. É mais um símbolo!
Não simbólico, apenas curioso que seja Dilma a testemunhar este cumprimento que poderia ser - mas que não será - histórico. Não creio que seja...
Também simbólica - e preocupante - foi a manifestação pública de hostilidade ao presidente sul africano Jacob Zuma!
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