Ignorância à solta na campanha
Por Eduardo Louro
O mote do despesismo socialista que, em modo de pouca imaginação e de muita demagogia e parcialidade, Paulo Rangel elegeu para motor da campanha eleitoral da coligação que suporta o governo, revelou-se fatal para o seu homem que a direita europeia apoia para substituir Durão Barroso – Jean-Claude Juncker.
“Eles lembram-me um dos vossos compatriotas mais prestigiados: Cristóvão Colombo. Quando partia nunca sabia para onde ia, quando chegava nunca sabia onde estava, e era o contribuinte que pagava a viagem. É desta forma que procedem os socialistas dos nossos dias”, disse Juncker.
Na ânsia de dar gás ao motor de Rangel, e de o articular com os (de)feitos históricos portugueses, o conservador e ex-primeiro ministro luxemburguês revelou, para além de enorme deselegância e ainda maior ignorância, muito pouco respeito pela História dos povos que deram novos mundos ao mundo!
Que não saiba que Colombo é genovês e não português, que foi a Espanha, e não a Portugal, que prestou os seus serviços, e ignorar que as viagens de Colombo foram o investimento mais rentável da História dos país europeus, é muita ignorância. Mas pegar num dos maiores feitos da Humanidade protagonizado pelos dois povos ibéricos, que hoje tanto desprezam, para alinhar na chicane política é uma deselegância inqualificável!