Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

EURO 2012 (V) - O DIA DE PORTUGAL É AMANHÃ

Por Eduardo Louro

                                                                      

O dia de Portugal é amanhã! Todos o sabíamos. E no entanto poderia ter sido hoje…

A selecção nacional deu uma cabazada de quase golos à favorita Alemanha. Na primeira parte, mais que um jogo típico das fases iniciais deste tipo de competições – em que as equipas jogam para não perder -, foi um jogo em que a selecção nacional pareceu sempre desconfiada. Falhando sucessivamente passes, os passes que lhe permitiriam construir jogo. Foi, assim, uma equipa com pouca bola. Sem bola e sem confiança!

Mesmo a terminar a primeira parte surgiu o primeiro quase golo, com o bom remate de Pepe à barra, donde a bola ressaltou para cima da linha de golo. Mas não a atravessou!

Chegou-se assim ao intervalo com Portugal a ganhar por um quase golo a zero. Poderia pensar-se que isto fosse suficiente para trazer à selecção nacional a indispensável confiança que lhe permitisse assentar as ideias e o jogo. E emergir os dois melhores alas do mundo.

Não foi isso que se viu logo no arranque da segunda parte, mas foi isso que se passou a ver à medida que o tempo ia passando.

Só que, aos 72 minutos, um alemão de nome espanhol marcou para a equipa da Srª Merkel. Já então o resultado em quase golos se ia desnivelando a favor da selecção nacional, mas foi a partir daí que passamos a mandar claramente no jogo e nos alemães. E como nos soube bem mandar nos alemães!

Sucederam-se os quase golos - ainda com um quase cruzamento de Nani a acabar em nova bola na barra e em novo quase golo – e, no fim, quase goleamos por cinco a um. Não estiveram lá os dois melhores alas do mundo, mas esteve lá uma boa equipa, organizada, concentrada e com jogadores que não tinham razão nenhuma para ter medo dos alemães.

Quase golear a Alemanha não nos vale de nada. Como de nada nos vale qualquer vitória moral. O que pode valer alguma coisa é perceber que, se a equipa conseguir jogar como fez na segunda parte, mas especialmente como fez nos últimos vinte minutos, o apuramento para os quartos de final é possível. Se não, se voltarmos a entrar desconfiados, a especular em vez de jogar, como tantas vezes gostamos de fazer, e a achar que estão todos de parabéns, podem começar a fazer as malas!

Individualmente nem há grandes exibições a assinalar nem réus a crucificar. Mas Fábio Coentrão tem de ser destacado. Também Pepe, que se não merecia aquela traição da barra, menos mereceu ainda que o golo de Mário Gomez fosse feito nas suas barbas. Os dois mais discutíveis do onze – Miguel Veloso e Hélder Postiga – com responsabilidades diferentes, tiveram desempenhos também diferentes. Enquanto Veloso esteve bem, sem deixar razões para aparecer por aí o fantasma do trinco, Hélder Postiga esteve igual a si próprio, como é costume dizer-se. Só não é um jogador a menos porque corre para um lado e para o outro por aquela frente de ataque, e vai dando, ora aqui ora ali, umas cacetadas; mas não estou certo que seja isso que se lhe deva pedir para o jogo. O argumento que é um jogador que joga bem de costas para a baliza e que segura bem a bola é cada vez mais difícil de entender. O miúdo Nelson Oliveira mostrou, em poucos minutos, a conhecida inutilidade de Postiga

Para seguir em frente é preciso fazer como em 2004. Ganhar os dois jogos que faltam. Vamos a isso! 

A vaca alemã que substitui o defunto polvo Paul não se enganou. Esqueceram-se de lhe explicar que o que conta são golos, não são quase golos!

Acompanhe-nos

Pesquisar

 

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2023
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2022
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2021
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2020
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2019
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2018
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2017
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2016
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2015
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2014
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2013
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2012
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2011
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2010
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D

Mais sobre mim

foto do autor

Google Analytics