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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Euro 2020 - Inglaterra, pois claro. Provavelmente justo, mas falso!

Penálti polémico decidiu Inglaterra-Dinamarca: veja o lance na grande área

 

Foi um dia sem surpresas. Sem surpresa a notícia (do dia) da detenção de Luís Filipe Vieira, e sem surpresa o apuramento da selecção inglesa para a final do Europeu, no próximo domingo, com a Itália.

Sem surpresa porque era favorita perante a sensacional selecção dinamarquesa. Uma grande equipa, e uma grande selecção. Quando se fala em cair de pé, é o que se tem de dizer destes dinamarqueses.

Foi um grande jogo, mais um numa competição de grandes espectáculos de futebol. Com mais um grande golo, o da Dinamarca e primeiro do jogo, o único de livre directo até agora, que já só falta a final. As equipas foram alternando no comando do jogo, sempre altamente competitivo e disputado em alta intensidade.E por isso muito equilibrado.

A Dinamarca marcou aos 30 minutos, no tal livre directo soberbamente cobrado pelo espectacular Damsgaard, um miúdo de 21 anos que este Europeu mostrou ser grande. E não se podia dizer que os dinamarqueses não mereciam esse golo, e a vantagem. Que não durou muito, menos de 10 minutos. A Inglaterra empatou com mais um auto-golo, o 11º da prova. Este daqueles inevitáveis, Kjaer apenas tentou evitar e inevitável. Que como se sabe ... é impossível. Também não se poderia dizer que os ingleses não merecessem esse golo, até porque, pouco antes Schmeichel - verdadeiramente sensacional durante todo o jogo, a acrescentar lenda ao apelido, já dela bem recheado - o tinha evitado.

Na segunda parte o jogo não se alterou muito. A Inglaterra tinha alguma supremacia, mas a Dinamarca soube sempre responder à altura, mesmo sem que alguns dos jogadores que mais se têm destacado tenham tido oportunidade para de sobressair. Foi sempre mais a equipa, que os jogadores, mas passou a ser menos boa quando o seleccionador dinamarquês começou a tirar os melhores. Desde logo Damsgaard. Até porque Joakin Maehle nunca esteve ao nível que tem mostrado, facto a que não é alheia a atenção especial que Southgate pediu aos seus jogadores para aquele flanco esquerdo dinamarquês, que foi notória.

O seleccionador inglês dispõe do melhor lote de jogadores deste europeu, e por isso mais pena deu ver que, para garantir mais alguma criatividade à equipa - apenas Sterling não chega - tem de recuar Kane, quando no banco estão Folden, Grealish e Redford, talento de primeira água. Desperdiçar talento é das coisas mais feias em futebol, mas mais vale tê-lo no banco, como acontece na selecção inglesa, do que desperdiçá-lo em campo, como sucede na portuguesa.

É curioso que o esquema táctico da equipa inglesa seja invariavelmente apresentado em 4x2x3x1. O 1 da frente é Kane. Que mentira! Para a equipa jogar, o Kane nunca pode lá estar à frente. E não está!

Com a Dinamarca a perder qualidade com as substituições, Southgate ao fazê-las só podia ganhar. Começou por fazer entrar Grealish, e notou-se logo. Mas não deu para evitar o prolongamento. E aí entrou Foden, e a partir de então sim, a Inglaterra tomou decisivamente conta do jogo. Mas...

Mas Schmeichel ia chegando para as encomendas, e os ingleses passaram mais a jogar para o penalti - não para os penaltis - do que para o golo. E com Grealish, mas especialmente com Sterling, até é fácil. E foi o que aconteceu, mesmo que a mim me pareça que nunca houve penalti. Mas o árbitro - o tal que não viu a bola de Cristiano Ronaldo meio metro dentro da baliza na Sérvia - viu. E o VAR também, tanto que até viu outro, que não o mesmo. O que deu no mesmo!

No último minuto da primeira parte do prolongamento. Kane marcou, e Schemeichel, que defendeu tudo, defendeu-o. Mas com azar - a bola sobrou direitinha de novo para o pé do inglês fazer finalmente o golo do apuramento inglês. Merecido, mas provavelmente, como na tal marca de cerveja dinamarquesa, falso!

Na segunda parte do prolongamento já não houve jogo. O seleccionador inglês tinha talento mais - para o seu gosto - em campo, e não teve pudor em tirar Grealish para entrar mais um defesa, Trippier. E montou um muro à frente da área, de todo intransponível para uma equipa dinamarquesa já de rastos.

Euro 2020 - Back to Wembley

Euro2020: Inglaterra abdica de bilhetes e pede a adeptos para não irem a Roma

 

Os quartos de final também já lá vão. Hoje foi dia de conhecer os dois restantes semi-finalistas. 
 
Em Baku, a Dinamarca confirmou a sua boa carreira neste Europeu, depois de estabilizar as emoções fortes do seu primeiro jogo, há precisamente três semanas. Tem o futebol mais estruturado das selecções nórdicas, aliando o tradicional poderio físico do futebol desta região europeia ao perfume do futebol latino, com executantes de muito bom nível técnico.
 
Entrou bem no jogo, e marcou muito cedo, logo aos cinco minutos, por Delaney, na sequência de um canto, com os defesas checos (ou chéquios?) a preocuparem-se com as torres da defesa dinamarquesa, e a deixarem aquele médio solto. 
 
Este golo obrigou a equipa da Chéquia (!) a subir à procura do empate, deixando espaços para os dinamarqueses aproveitarem em contra-ataque. Assim fizeram, e assim foram criando as melhores oportunidades do jogo, até marcarem o segundo, já perto do intervalo, por Dolberg, depois de mais uma assistência do seu lateral esquerdo, o excelente Joakin Mahele, que não me tenho cansado de aqui elogiar. 
 
O 2-0 ao intervalo parecia ter arrumado com a questão. Mas não. Ao intervalo o seleccionador checo mexeu na equipa, e a entrada na segunda parte foi simplesmente arrasadora. Nos primeiros três minutos criaram três grandes oportunidades para marcar, sempre negadas pelo também excelente Schemeichel, e marcaram mesmo. Por Schick, novamente com classe, que assim igualou Cristiano Ronaldo no topo da lista dos marcadores da prova. E sem penaltis.
 
O jogo estava aberto, e o resultado longe de parecer fechado. Mas estava. O seleccionador dinamarquês não estava a dormir, e reagiu rapidamente. Mexeu no meio campo e em pouco tempo abafou aquela entrada diabólica dos checos, fazendo o jogo regressar aos dados da primeira parte. Ou seja, voltando a sair com frequência, e com perigo, para o contra-ataque. E voltaram a pertencer-lhe as melhores oportunidades para golo.
 
Nos últimos minutos os checos apostaram no futebol directo, à procura desesperadamente do empate. E a verdade é que poderiam lá ter chegado, mesmo sem a qualidade do futebol dos dinamarqueses. Que não terão agora tarefa fácil em Wembley. Mas não se pode exigir mais aos dinamarqueses do que aquilo que já fizeram.
 
Em Roma, a Inglaterra fez hoje o seu único jogo fora do conforto do lar. Mas não sentiu qualquer desconforto, nem deu tempo para isso. Marcou logo aos 4 minutos (grande jogada, com assistência soberba de Starling - provavelmente o melhor jogador deste Europeu, e conclusão de Kane, como só ele sabe), e matou à nascença a estratégia de Sevchenko, que os três primeiros minutos tinham deixado clara: entregar toda a iniciativa de jogo aos ingleses, e defender em bloco baixo. Esperar por eles lá atrás.
 
Aquele golo deitou essa estratégia por terra, tiveram de ser os ucranianos a fazer pela vida, e conforto maior não podiam os ingleses sentir. E gozaram desse conforto durante toda a primeira parte, jogando a seu bel-prazer. 
 
A entrada para a segunda parte foi uma catástrofe para a selecção da Ucrânia. Na bola  de saída um jogador ucraniano faz falta sobre Cane (pisadela), e o livre acabou em golo, de Maguire. Estavam passados 11 segundos. E menos de 5 minutos depois já Kane bisava (abriu o ketchup, e já é, mesmo que apenas com três golos, o principal candidato a destronar Ronaldo … e Schik), noutro belo golo, agora de cabeça. E dez minutos depois, na primeira vez que tocou na bola - mais uma bola parada, agora num canto - Henderson marcou o seu primeiro golo pela selecção inglesa, e deu ao resultado a expressão mais desnivelada deste Europeu, igualando o feito da Dinamarca, nos oitavos de final, com Gales.
 
Foi pesado para a Ucrânia? Claro que foi, e não merecia tão pesado castigo. Mas quando tudo corre mal, e sai ao contrário do que está no guião, em futebol é assim que acontece. Agora a Inglaterra regressa ao conforto de Wembley, e ninguém poderá deixar de a considerar a principal candidata a suceder à selecção portuguesa, e a conquistar o seu primeiro título europeu. Como aconteceu há 55 anos com o seu único título mundial.

Euro 2020 - Aí estão os oitavos

Euro2020: Itália elimina Áustria e pode encontrar Portugal nos 'quartos'

Em Amesterdão o País de Gales até entrou bem no jogo, e foi melhor nos primeiros 15 a 20 minutos do jogo, com Bale a assumir o protagonismo. Pertenceram-lhe então uma série de remates, mesmo que só um deles com alguma probabilidade de sucesso, bem executado, com a bola a sair ligeiramente ao lado, com Schemeichel batido. Foi á beira do quarto de hora de jogo, e ficou como a única oportunidade galesa em todo o encontro.
 
Depois a Dinamarca mostrou como estabilizou com a goleada sobre a Rússia, que lhe garantiu o apuramento, e começou a espalhar pelo relvado o seu futebol, que tinha começado a mostrar no primeiro jogo, há precisamente duas semanas, o do grave acidente cardíaco de Eriksen, que retomou, ainda que sob alguma instabilidade emocional, com a Bélgica, e que estabilizou finalmente no jogo com a Rússia. 
 
Marcou aos 27 minutos, por Dolberg, que substituía Poulsen, o avançado de serviço, lesionado, e a partir desse golo não mais permitiu qualquer veleidade aos galeses, engolidos pelo futebol dos vikings. Logo no arranque da segunda parte o mesmo Dolberg voltou a marcar, e percebeu-se que a questão já apenas seria por quantos a Dinamarca iria ganhar. 
 
Maehle, o lateral esquerdo que acabou de chegar da selecção sub-21e que, como já aqui referi, é um dos melhores, se não mesmo o melhor deste Europeu, e  Braithwaite deram a resposta, já nos minutos finais ~ 4-0!
 
Em Wembley Itália e Áustria proporcionaram um grande jogo de futebol, emotivo e muito disputado. 
 
Ao intervalo parecia que seria uma cópia decalcada do outro. Surpreendentemente os austríacos entraram a todo o vapor, primeiro a pegar e pois a mandar no jogo. Aos 10 minutos de jogo tinham 73% de posse de bola. Impensável!
 
Quando se esgotava o primeiro quarto de hora já os italianos tinham as peças da sua máquina de futebol afinadas, e no fim da primeira parte já dominava em todas as variáveis do jogo, e acumulava oportunidades de golo que faziam do 0-0 um resultado lisonjeiro para os austríacos. Só que a segunda parte não confirmou o ascendente italiano, pelo contrário. A Áustria voltou a entrar por cima do jogo, que não mais evoluiria como na primeira parte. 
 
Os austríacos foram até melhores. Valeu então o VAR aos italianos, a quem a arbitragem dentro campo também ia favorecendo. Em pequenas coisas, é certo, mas daquelas que se sabe que pesam no jogo. Dois foras de jogo de VAR anularam um golo e evitaram um penalti aos austríacos, numa segunda parte em que os italianos não lograram uma única oportunidade clara para marcar. 
 
E a surpresa aí estava. Bastou à Áustria levar o jogo para prolongamento para consumar a primeira grande surpresa dos oitavos de final.
 
Se os recursos que a Itália dispunha em campo já eram muito superiores aos da Áustria, a diferença no banco era ainda maior. E então sim, no prolongamento essa diferença notou-se. Não terá sido simples coincidência que os golos italianos, Chiesa (grande execução) no primeiro, e Pessina, no segundo, tenham vindo do banco. Mas a selecção austríaca não queria sair da competição sem mostrar a fibra de que é feita. E nem com dois golos sofridos no prolongamento perdeu a alma. E quando se começava a pensar que a questão já não era quem conseguiria ganhar à Itália, mas quem lhe conseguiria marcar um golo, a Áustria deu a resposta Donaruma adiou o golo, com uma defesa espantosa. Mas não conseguiu impedi-lo, a seis minutos do fim do prolongamento, e levando o sofrimentos italiano até ao último segundo.
 
Parabéns ao Sr Foda, e aos seus jogadores - grande lição deixou a Áustria ao regressar a casa. A Itália não deixou de ser a equipa do melhor futebol que se tem visto, apenas permitiu que mais uma vez se confirmasse que o futebol não é ciência. E espera agora por nós. Esperamos nós, que não gostamos de deixar que a esperança morra!
 
 
 
 

Euro 2020 - Dia de Dinamarca

Foi dia de fechar os grupos B e C, e o que se pode desde já dizer é que foi um bom dia para a selecção portuguesa. Melhor seria difícil e Fernando Santos deve estar a festejar - agora pode jogar com a França como gosta, para perder por poucos. Para já, o que fica do dia, é que pode até perder por dois golos de diferença. Pode até repetir a tristeza de Munique, que mesmo assim não vem já para casa. 

No grupo B, a Holanda, outra das selecções que disputou todos os jogos em casa, em Amsterdão ganhou por 3-0 à Macedónia, com um golo de Depay, e dois de Wiynaldum. Num jogo sem grande história, para além da réplica digna dos macedónios, que até marcaram primeiro (golo incrivelmente anulado por um desses foras de jogo), e remataram ao poste, tudo ainda com o marcador por abrir. E da despedida de Panev, o melhor jogador da sua História, aos 37 anos. 

Perderam os três jogos, mas marcaram dois golos. Mais não se poderia pedir a uma selecção que teve o mérito do seu surpreendente apuramento para esta fase final. E que até já ganhou à Alemanha, há poucos meses, num jogo de apurammento para o Mundial do próximo ano.  

A Holanda fez o pleno de vitórias, como a Itália já tinha feito. Mas sem o mesmo brilho, nem perto disso.

No outro jogo, em Bucareste, a Ucrânia perdeu com a Áustria, e confirmou-se como a grande decepção deste grupo. Os austríacos foram sempre melhores, estiveram melhor em todos os capítulos do jogo, e mereceram o apuramento, com 6 pontos. Multiplicaram por quatro os remates do adversário. Remataram 4 vezes mais, e acertaram 4 vezes mais remates à baliza. O que nem foi muito difícil porque os ucranianos apenas por uma vez acertaram na direcção da baliza. Têm melhores jogadores, mas não conseguiram ser melhor equipa. E em querer e competitividade a diferença foi ainda maior do que o 1-0 do marcador.

A Ucrânia, que nos empurrou no apuramento para este grupo da morte, ironia do destino, com 3 pontos e um golo de diferença negativa, deu-nos agora um bom empurrão para dele nos ajudar a sair vivos. 

Do grupo C veio a outra ajuda. E veio de onde menos se esperava, da Dinamarca. Outra das selecções com o benefício de jogar em casa, com a Rússia a ficar com a fava, e a ter de abandonar S. Petersburgo para jogar em Copenhague, no Parken Arena.

A Dinamarca, no que tinha podido mostrar, já tinha mostrado que era uma boa equipa. Partia para este último jogo no último lugar, só com derrotas. A primeira, nas condições que se conhecem; e a segunda ... com a Bélgica. Com a Bélgica, mas também com alguns "mas"... Não merecia ter perdido!

Foi emocionante e espectacular, o jogo da Dinamarca. Começou com um grande golo - mais um neste torneio - de Daamsgard, um fantástico miúdo de 20 anos, já o jogo levava 38 minutos de supremacia e muito maior competência dinamarquesa. O jogo estava em aberto, e como a Finlândia ia segurando o empate com a Bélgica, em S. Petersburgo, a melhor perspectiva para os dinamarqueses era o terceiro lugar. 

Mais um golo vinha a calhar, mas não estava fácil até a Rússia resolver cometer suicídio, quando se atingia o primeiro quarto de hora da segunda parte. A habitual desconcentração russa, e um atraso para o guarda-redes a colocar a bola nos pés de Poulsen, para fazer o segundo golo do jogo, e o seu segundo na prova.

A partir daí a Dinamarca tinha um cadáver por adversário. Ainda caiu do céu um penalti para os russos, que aproveitaram para reduzir. Podia parecer exagerada a notícia da morte da equipa, e que afinal em vez da morgue tinha ido parar aos cuidados intensivos. Terá sido isso que o seleccionador russo pensou, ao mexer na equipa. Mas o que fez foi devolver a equipa à morgue. E definitivamente os dinamarqueses passaram a bater em mortos.

Christensen fez o terceiro, e Joakin Mahele, provavelmente - recuperando o slogan de um anúncio da mais famosa cerveja dinamarquesa - o mais entusiasmante lateral esquerdo deste Euro até agora (e bem sei que o que Gosens nos fez, e o que tem feito Spinazzola) - coroou a sua excelente exibição com o quarto. Quatro golos, e todos espectaculares!

E a Dinamarca, com toda a justiça, saltava para o segundo lugar da classificação, e garantia o apuramento, sem mais esperas, numa enorme prenda ao infeliz, mas hoje certamente feliz, Eriksen.

Porque, em S. Petersburgo, a Finlândia cedia final, e naturalmente, perante a Bélgica, que dominava por completo o jogo, mas não marcava. Porque mais um daqueles foras de jogo anulou o golo de Lukaku, e porque Hradecky defendia tudo. Até ver uma bola rematada ao ferros da sua baliza bater-lhe e entrar, num lance em que o remate merecia golo, e o guarda-redes finlandês não merecia sofrê-lo assim. 

Nem a perder a Finlândia conseguiu alterar a sua postura em campo, e Lukaku viria a marcar o seu terceiro golo na competição, fechando um resultado muito curto para espelhar a superioridade belga.

A Bélgica fez também o pleno e, como aqui tinha previsto,  todos os adversários ficaram com os mesmo 3 pontos. A Rússia, com uma diferença negativa de 5 golos, em último, e a Finlândia, com a diferença negativa de 2 golos, em terceiro. E com a Ucrânia, nesta altura, os dois piores terceiros.

Mas pode ainda não ficar assim. E pode até acontecer que se safem ambas. Esperemos é que não seja à custa da nossa selecção. Isso seria incrível!

 

 

 

 

Trumpalhadas

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Trump poderá não considerar absurda a proposta de comprar a Gronelândia à Dinamarca. Afinal já outros antes o tinham feito. E também não seria a primeira vez que os Estados Unidos comprariam território no estrangeiro ...

Não pode é considerar absurda a recusa dinamarquesa em lha vender. Já a retaliação, com o cancelamento da visita programada para dentro de duas semanas, nao deverá deixar grande mágoa nos dinamarqueses...

Quando se fala também numa visita de Trump a Portugal, é pena que não lhe passe pela cabeça comprar ... sei lá ... as Berlengas ... Não sei é se não lhas venderiam, e ele vinha mesmo ... Para assinar a escritura!

EURO 2012 (IX) - FESTA NÃO RIMA COM VERGONHA

Por Eduardo Louro

                                                                      Ganhámos, agora vamos todos tratar do coração

Ao minuto 87 do jogo de Portugal e da Dinamarca tinha decidido não escrever uma linha sobre o jogo. Não me apetecia!

Decidi, depois do golo de Varela, nesse minuto, mesmo sem grande vontade e nenhum entusiasmo, escrever algumas linhas sobre um jogo que acabou em festa. Uma festa falsa, porque o tempo é mais de vergonha que de festa.

Provavelmente haverá muita gente que não concordará comigo. Mas não se percebe a mentalidade instalada na selecção nacional. Num jogo que tinha de ganhar – “só temos de ganhar”, dizia ontem Paulo Bento (eu sei que ele não joga, mas parece!) – contra um adversário que, tem que se dizer, joga pouco mais que nada, em que se apanha a ganhar por dois a zero sem muito ter feito para isso – duas oportunidades dois golos, coisa rara, tão rara e invulgar como o golo de Postiga que não o redime de coisa nenhuma – a equipa não conseguiu comandar o jogo. Nem sequer controlá-lo!

No fim da primeira parte – 41 minutos – sofreu o 2 a 1 pelo inevitável Bendtner - cuja especialidade é marcar à selecção nacional - no primeiro remate à baliza que a equipa da Dinamarca efectuou. Um golo consentidíssimo, com toda a defesa parada e com o Rui Patrício – se o Sporting estava à espera que se valorizasse para fazer dinheiro, até aí tem azar – aos papéis. Não desfez o cruzamento inicial, como lhe competia e, desposicionado, ficou sem qualquer hipótese de interceptar o segundo. Fatal. E sabe-se o que é passar um resultado de 0-2 para 1-2. Em qualquer altura, mas especialmente à saída para o intervalo.

Quando, na segunda parte, era necessário ter a iniciativa do jogo e ter a bola – é inacreditável como esta equipa dinamarquesa consegue ter 58% de posse bola – o que se viu foi que a selecção nacional entregou o jogo ao adversário. Chuto para a frente, de qualquer maneira, uns atrás dos outros, minuto após minuto. A Dinamarca, quase sem querer, era obrigada a estar por cima do jogo. Quando aos 80 minutos Bendtner voltou a marcar – novamente com Rui Patríco (fez apenas duas defesas) mal batido, defendendo para o poste – ninguém ficou surpreendido. Era a única coisa que se esperava do jogo!

Até porque, mesmo sem jogar nada e a provar a fragilidade dinamarquesa, a equipa nacional tinha desperdiçado três ou quatro oportunidades de golo, duas delas verdadeiramente escandalosas, por Cristiano Ronaldo. Que é uma pena ver jogar na selecção!

Triste, vergonhoso mesmo como, com um conjunto de jogadores que actuam nalgumas das melhores equipas mundiais, não se consegue construir uma equipa capaz de aproveitar e dignificar o dito melhor jogador do mundo!

Depois de vergonhosamente se ter deixado empatar, como já fizera com a Alemanha depois de sofrer o golo, a equipa passou então a assumir o jogo. Faltavam 10 minutos e à Dinamarca apenas se exigia que fizesse o pouco que sabe fazer num jogo de futebol: defender!

Se não nos tínhamos superiorizado nas vertentes do jogo que para eles é pouco mais que chinês, como o conseguiríamos naquilo que é a sua especialidade?

Veio então a sorte, a sorte que a equipa não fez por merecer. Três minutos depois de entrar e sete depois do golo sofrido, Varela faz o golo da vitória. Com um remate de pé esquerdo, desferido depois de falhar a tentativa com o direito.

Foi a festa. Que não apaga a vergonha!

EURO 2012 (IV) - HOLANDA

Por Eduardo Louro

                                                                     

No dia em que se ficou a saber que a Espanha, depois de dias a fio a negá-lo mas também a prepará-lo, não resistiu a pedir o resgate arrancou o grupo B (de Portugal) deste outro euro onde a Espanha ditará leis, em vez de ter de lhe obedecer.

Mas este euro é do futebol e não da crise!

Crise poderá haver para a Holanda, que surpreendentemente perdeu o jogo inicial com a Dinamarca. Não porque a Dinamarca tenha surpreendido, mas porque a equipa holandesa, cheia de desequilabradores, não conseguiu criar … desequilíbrios! Por falta de velocidade, mas também por falta de inspiração dos muitos desequilibradores da equipa.

Foram poucas as vezes que a equipa holandesa logrou enganar ou desequilibrar a estrutura dinamarquesa. Esteve muito perto do golo – num remate ao poste – mas porque o guarda-redes dinamarquês repôs mal a bola em jogo. Os dinamarqueses também não criaram grandes oportunidades, mas foram sempre mais objectivos no ataque. Os poucos remates que fizeram na primeira parte – apenas três – foram todos direitinhos à baliza. E um deles deu mesmo o golo da vitória.

E assim se passou a primeira parte, que, confesso, não vi com muita atenção. Vi-a na companhia da minha neta – a Madalena, de sete meses – que sendo a melhor das companhias que poderia ter, não é exactamente a que mais disponibilidade me garante para apreciar o jogo. Na segunda parte já ela dormia e foi diferente.

A Holanda entrou forte. Nos primeiros sete minutos fez sete remates, mais que em toda a primeira, fruto de mais velocidade e especialmente de mais Schneider, hoje de longe o melhor jogador da Holanda. A Dinamarca demorou oito minutos a reagir, que não – deve dizer-se - a adaptar-se. Isto porque, depois de reagir voltou, pouco a pouco, a colocar o jogo no quadro da primeira parte, aquele que afinal mais lhe convinha. Apesar de Schneider, sempre em grande plano!

Com este resultado o grupo B fica mais aberto. Vejamos o que Portugal e Alemanha fazem, já a seguir. Uma coisa está desde já garantida: o próximo jogo com a Alemanha é decisivo para os holandeses!

 

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