Aí está a 26ª
Bem sei que hoje é o Dia Mundial da diabetes. Mas isto é único, e só acontece uma vez por ano!
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Bem sei que hoje é o Dia Mundial da diabetes. Mas isto é único, e só acontece uma vez por ano!
Hoje deveria falar só de coisas doces, tão doces como as que por cá temos em exposição desde ontem e até domingo. Porque é de doces, e dos melhores, que se trata… Mas também porque é um dos mais bem conseguidos eventos de promoção da nossa terra, que verdadeiramente projecta Alcobaça no país… e no mundo. Porque hoje as coisas são assim, correm mundo com grande facilidade.
Pena é aquela porta de entrada por onde todos os anos recebemos os milhares de visitantes que o evento chama. Pena é aquele penoso corredor entre o parque de estacionamento e o acesso à nossa melhor sala de visitas, que temos de fingir que não vemos.
De tanto fingir que não vemos, parece-me até que já não vemos mesmo. Que aquelas montanhas de silvas entre escombros fazem já parte do nosso património, uma coisa assim como … o castelo. Mas mais pitoresca…
Não adianta continuar a fingir que aquelas ruínas não nos enchem de vergonha na mesma conta em que se enchem de silvas. Nem podemos ignorar que, com coisa tão amarga à entrada para a sala de visitas, dificilmente a “cidade dos doces conventuais” poderá “dar lugar ao amor”.
Esta é a vigésima edição deste prestigiado acontecimento, que sempre conviveu com aquela desgraça urbana. Vinte anos, é muito tempo, como dizia a canção. É uma geração… Há gente nasceu, cresceu e se fez homens e mulheres sem conhecer ali outra coisa.
Creio que a “Mostra internacional de doces & licores conventuais” não pode continuar a conviver com esta vergonha. Deixava por isso aqui um desafio à Câmara Municipal: uma proposta simples, mas séria. Propunha simplesmente que, no anúncio da próxima edição, na XXI Mostra internacional de doces & licores conventuais, em todos os cartazes e folhetos promocionais, a Câmara Municipal pedisse desculpa aos alcobacenses e aos visitantes, e garantisse que estava empenhada, e a desenvolver todos os esforços, para encontrar uma solução.
Basta isto. Bastando, evidentemente, que sobre vergonha para não repetir os cartazes por mais vinte anos.
* A minha crónica de hoje na Cister FM
Aí está!
Está mesmo a começar. E acaba já no domingo!
Depois não digam que não avisei...
Aí estão de novo, pela décima nona vez, os doces conventuais. No sítio do costume... Na capital do doce. Daqui não saem, daqui ninguém os tira.
Deixem-se lá de black friday. Tenham juízo e passem por aqui.
Por Eduardo Louro
Por Eduardo Louro
Por Eduardo Louro
Desde o princípio do mundo que o pecado é o mais saboroso dos desafios!
Em Alcobaça, pecar não é pecado.
Convidado: Luís Fialho de Almeida
Aproveitando a sugestão aqui abaixo deixada, visitei a XIII Mostra de Doces e Licores Conventuais no Mosteiro de Alcobaça, evento que mobiliza todos os sentidos, para deleite de um ambiente monástico que mistura o virtuosismo do celestial com a sensualidade do profano. Que nos convida ao pecado e ao devaneio pelas barrigas de freira, maminhas de noviça, papos de anjo, toucinho-do-céu, beijinhos de freira, pecados de anjo, pecados de freira, divina gula…. E tantas e tantas mais tentações!
Os conventos nunca estiveram isentos destes e outros pecados, sendo consentidos alguns prazeres que notificaram mestres da arte da gastronomia e da doçaria. Entreguemo-nos pois ao pecado da gula sem que o peso da culpa que nos leve, sem mais, aos infernos.
Terminamos a visita saindo dos claustros do mosteiro pela porta que dá acesso à sala dos reis, e desta à nave da igreja de Santa Maria, onde nos deixamos elevar com as linhas arquitectónicas do gótico e as ressonâncias dos cânticos litúrgicos. Assim, apaziguamos o sentido de culpa, redimimos os pecadilhos cometidos ali ao lado e saímos com a promessa de moderação… Até daqui a um ano, até à próxima mostra de doces conventuais, mantendo a esperança que as sanções da troika e a mediocridade da governação nos não retirem por inteiro o acesso ao prazer de viver.
Por Eduardo Louro
O doce gosto do pecado, bem à vista de Pedro e Inês...
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