A guerra de guerrilha instalada no PSD à volta de Rui Rio está a evoluir para uma verdadeira guerra civil, de consequências imprevisíveis. Como todos fazíamos ideia, mais password menos password, mais login menos login, as presenças fantasma dos deputados, ou o seu particular dom da ubiquidade, numa linguagem mais maneirinha, não são um exclusivo do deputado José Silvano e, aberta a caixa, de lá haveria muitos nomes para saltar.
Não deixa de ser curioso que os dois primeiros a surgir sejam precisamente o do Duarte Marques, apenas o deputado em funções mais apertadamente ligado à anterior liderança, e o de José Matos Rosa, nem mais nem menos que "o José Silvano" de Passos.
Esse grande pensador, e incontornável mestre da teoria política do PSD que se dá pelo nome de Duarte Marques, garante que “o maior desafio da democracia portuguesa é resgatar o PS do sequestro da extrema-esquerda”.
Escapa-lhe sempre qualquer coisa. À tese falta sempre o fio que a liga à realidade: a bota não joga com a perdigota. Desta feita escapou-lhe o síndrome de Estocolmo!
Esse grande vulto da vida nacional, e escriba emérito que responde pelo nome de Duarte Marques, citou-o num dos seus escritos que o Expresso publica. Alguém capaz de merecer a admiração dessa eminência do PSD só podia ser gente de pensamento profundo, injustamente votada ao anonimato, donde teria de ser imediatamente resgatada. O país não podia continuar a desconhecer o pensamento produzido e armazenado em tão brilhante mente!
Foi provavelmente isso que terá animado Francisco Louçã a partir à pesquisa dos seus feitos e a trazer Pedro Cosme Vieira, professor na Faculdade de Economia do Porto – seu colega, portanto – para o grande público. Não foi em vão, o tempo perdido por Louçã.
O país descobriu alguém que tem uma solução para a SIDA: o abate sanitário de todos os infectados. Sem qualquer problema na demografia: em apenas 15 anos, já sem ninguém infectado, seriam recuperados os 35 milhões de pessoas abatidas. E também solução para o drama dos que atravessam o Mediterrâneo para fugir da morte que lá têm por certa: atropelá-los em alto mar e “meter um tiro em cada um “ que consiga sair a nadar. Nos primeiros dias morrerão uns milhares, mas em pouco tempo deixará de haver do lado de lá “pretalhada” a querer entrar naqueles barcos.
É isto um professor universitário. É isto um modelo de referência da entourage Passista, de que Duarte Mendes é apenas um specimen.
Ah… Parece que, captada a fama, pôs agora a correr que tudo isto não passa de uma estratégia de comunicação. De uma forma de fazer ouvir o seu blogue na selva da blogosfera. Imagino a decepção do Duarte Marques…
Haverá ainda tempo para o resgate moral do país?
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