Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Coisas ridículas

Resultado de imagem para élites durão barroso

 

O ridículo, de que se faz grande parte da vida política do país, teve ontem mais um grande dia.

Durão Barroso, a elite da elite do país, deputado, secretário de Estado, ministro, primeiro-ministro, primeiro ministro desertor, e até presidente da Comissão Europeia por muitos e maus anos, professor convidado de grandes universidades internacionais, objecto das mais altas condecorações do Estado e, depois dos serviços relevantes prestados à sua causa pessoal, como apadrinhar a invasão do Iraque pelos Estados Unidos, em 2003, com as consequências conhecidas e que o mundo ainda hoje paga, ou enterrar a União Europeia quando dela era suposto tomar conta, chairman na cabeça da víbora do império do mal, mais conhecida por Goldman Sachs, vem agora dizer que as "elites portuguesas não têm estado à altura da capacidade  de resiliência do povo".  

Francamente...

Depois de uma coisa destas até apetece não achar ridículo que se façam obras para abrir um novo acesso e uma nova porta no hemiciclo da Assembleia da República só por causa de um único deputado. Não, não é por especiais condições de mobilidade. É apenas porque é incómodo para dois ou três deputados, terem que o incomodar para chegarem aos seus lugares... Quer dizer, os dois ou três (dos cinco) deputados do CDS que ocuparão a segunda fila, estão muito incomodados por ter de incomodar o deputado do Chega. Que não deu notícia do incómodo, e que até nas escadas se poderia sentar...

 

 

Notícias (d)e tempo

Resultado de imagem para o tempo que passa não passa depressa. o que passa depressa é o tempo que passou

 

"Durão Barroso goza férias milionárias".

"Porshe comprou a SIVA por 1 euro".

São duas notícias. A primeira data de 2003. A segunda, de hoje mesmo. Há 16 anos a separá-las...

16 anos é muito tempo... Às vezes, nem isso. É apenas muito dinheiro!

Há 16 anos Durão Barroso e a família iam passar férias com um amigo, que se deslocava num Falcon, que tinha uma ilha no Brasil, e que na Argentina tinha uma fazenda com a àrea do Alentejo. Hoje, o negócio que lhe alimentava a fortuna, que se limitava a importar, e distribuir através de uma rede de concessionários, por todo o país, apetecíveis automóveis das marcas Volkswagen, Audi, e Skoda, foi entregue aos alemães da Porshe, também donos das fábricas que produzem os automóveis que o negócio importa. E que para o negócio importam. Por 1 euro, mas porque os bancos perdoaram, para já e para as primeira impressões, 116 milhões de euros. Mas perdoarão mais, se for necessário...Trocos, pouco mais que isso, se comparado à banhada de Berardo. Nove vezes mais dinheiro. Mas muito menos tempo!

Da ilha no Brasil, e da fazenda do tamanho do Alentejo, na Argentina, não há notícias... E o Falcon já deve ter encontrado destino há algum tempo...

Habilidade e destreza

Imagem relacionada

 

Durão Barroso referiu-se pela primeira vez, por viva voz e em francês, à reacção da Comissão Europeia à sua contratação pelo Goldman Sachs. E disse, em bom francês que eu bem ouvi, que não tinha feito nada de irregular, e que não compreendia tanto barulho à volta do seu nome, quando Mario Draghi, que foi vice-presidente executivo do mesmo Goldman Sachs, preside ao Banco Central Europeu sem qualquer problema.

Sempre habilidoso, este Durão Barroso... Veja-se bem a destreza com que maneja a ventoínha ...

 

 

 

Humilhação na forma agravada

Imagem relacionada

 

“Ao assumir o emprego, o Sr. Barroso será recebido na Comissão não como um antigo presidente mas como um representante (dos interesses do banco) e será submetido às mesmas regras de outros representantes”.

Foram estas as palavras que o presidente da Comissão Europeia, Jean Claude Juncker, escolheu para responder às reservas levantadas pela Provedora de Justiça da UE, Emily O'Reilly, sobre o emprego de Durão Barros no Goldman Sachs. Podem ser ineficazes, e não valer de nada. Por falta de valor intríseco ou até porque Juncker não seja a pessoas mais indicada para lhe acrescentar valor facial. Mas são a humilhação pública de Durão Barroso!

Maior ainda que o número de assinaturas já recolhidas na petição pública, lançada por trabalhadores da União Europeia, que exige a devolução da generosa pensão de reforma, acusando-o de comportamento "irresponsável" e "moralmente repreensível".

 

 

No topo da indecência *

 Imagem relacionada

 

O título de campeão europeu que Portugal conquistou em França, dando aos franceses mais uma oportunidade para mostrarem o seu chauvinismo desbragado que destila mau perder, deixou o país em festa, a rebentar de emoção.

Nada que comovesse os senhores de Bruxelas, mesmo com Mário Centeno a chegar de cachecol ao pescoço, porventura esquecido que esse não é o adereço que por lá mais apreciem num ministro das finanças. Já fizeram a vida negra a um, e ainda se desconfia que tenha sido pelo cachecol…

Nada que comovesse os senhores de Bruxelas – dizia eu – que continuam a ameaçar-nos com as sanções, sem atar nem desatar, nem sim nem sopas. Mas a fazer mal, a fritar em lume brando.

A maior sanção é a ameaça permanente de sanções. É a chantagem, o medo… Há gente que acha que é chantageando e impondo o medo que se conduz a União Europeia, vejam bem ao que isto chegou. Gente sem interesse, mas cheia de interesses …Como Durão Barroso, que nem sequer hesitou um segundo no momento de dar um autêntico golpe de misericórdia na Comissão Europeia.

Quando, enquanto expressão máxima das instituições europeias, mais precisava de ser prestigiada, reforçada, e credibilizada, Durão Barroso abre a porta directa que dá para a alta finança mundial e deixa-a escancarada para toda a gente ver como os senhores do mundo põem e dispõem do poder na Europa, para a partir daí porem e disporem dos povos.

Não o fez, evidentemente, para nos mostrar mais nada que a sua ambição pessoal desmedida e a forma nada escrupulosa como sempre tratou da vidinha. E que de nada valeu aos seus antepassados na Comissão Europeia terem estabelecido uma generosa pensão – e sabe-se bem como são largas as mãos da União Europeia nestas coisas – para evitar tentações aos seus mais altos representantes na reserva.

Barroso, que nunca teve vida profissional que se lhe conhecesse para além da política, não atingiu o topo da carreira empresarial, como, provavelmente por ironia, afirmou o presidente Marcelo. Limitou-se a atingir o topo da indecência!

 

PS: Procurei uma foto para ilustrar este texto, como faço habitualmente. Pesquisei por "indecência" e, entre muitas fotografias de muitas indecências, lá estava esta. Por isso a aproveitei.

* Da minha crónica de hoje na Cister FM

Esconder as palavras

Imagem relacionada

 

Ninguém poderia esperar que os representantes máximos do Estado condenassem a escandalosa contratação de Durão Barroso pelo Goldman Sachs. Tinham razões para o fazer, mas sabíamos que não o fariam.

Podiam ter dito que não ajuda nada a União Europeia - nunca ajudaria mas, nas actuais circunstâncias, pior ainda - esta porta directa para a alta finança mundial que põe e dispõe deste planeta. Que é o expoente máximo da promiscuidade entre poder financeiro e o poder político. Ou, numa dimensão mais doméstica, lembrarem que há um contencioso de muitos milhões entre Portugal (através do Banco de Portugal, no quadro da resolução do BES) e o Goldman Sachs, que tinha já motivado a contratação de José Luís Arnaut, por sinal o mais indefectível dos barrosistas.

Podiam ter dito isto e muito mais. Mas não disseram!

É certo que o lacónico o voto de felicidades de António Costa não escondeu o que a sua expressão facial dizia, mas nem sempre o gesto é tudo. Faltaram as palavras. Faltaram palavras que certamente o primeiro-ministro teria encontrado, se as tivesse procurado.

Palavras que o Presidente Marcelo encontrou, o que não surpreende - esse nem precisa de as procurar, parece que são elas que o procuram a si. Que também não esconderam, elas próprias, o evidente incómodo do Presidente da República.

Ambos têm consciência da gravidade do acto de Durão Barroso. Ambos, na realidade, o condenam. Mas ambos fugiram à responsabilidade de o dizer. António Costa atrás da expressão facial, e Marcelo Rebelo de Sousa atrás das palavras que encontrou: "Isso já não compete ao Presidente da República avaliar."

Compete. Compete, sim. Mais do que de "gostar de ver portugueses reconhecidos em lugar cimeiros" - todos gostamos, não somos invejosos. O que não gostamos é de ver  este português reconhecido naquele lugar cimeiro. E não gostamos que o Presidente da República compare este topo com os da ciência, da cultura e das artes. Porque este é um topo envenenado!

 

Os tropeções do Barroso

 

 

O José Manuel é mesmo assim. Não faz por mal. Tropeça na vaidade e, enquanto fica ali à procura de equlíbrio, deixa cair algumas palavras. As mais pequenas, só as mais pequenas... Escapalham-lhe das mãos...

- "O único país que tem valorizado a Europa é a Alemanha". Deixou cair um pequenino "se", um pronome reflexivo que nem se dá por ele. E o "n" daquela contração da preposição "em" com o artigo definido "a" também se lhe escapou entre os dedos enquanto se tentava amparar. 

Não fosse mais um desses tropeções na importância desmesurada em que se tem em conta e a frase teria saído escorreita, sem deturpar a conclusão a que, brilhantemente como sempre, chegou: o único país que se tem valorizado na Europa é a Alemanha!

Já tem sido pior. Muito pior!

Caras de pau

 

 

O PSD assinalou hoje o seu 42º aniversário juntando, no Porto, mas à volta do Marão, duas das suas maiores caras de pau: Durão Barroso e, evidentemente, Pedro Passos Coelho. 

Durão Barroso virou-se para o Marão porque o governo português não só não convidou ninguém da União Europeia para a inauguração, como, ainda por cima, não lhe agradece, curvado, os 88 milhões de euros que, para a obra, de lá vieram. Passos, porque não quis por lá aparecer como ex-primeiro ministro, nem - garantiu - apareceria mesmo que fosse primeiro-ministro. Porque, jurou a pés juntos, nunca andou por aí a inaugurar nada enquanto foi chefe do governo... Tinha mais que fazer.

Barroso, com aquela cara de pau torneada por 10 anos de Comissão Europeia, não quis saber quem foi e quem não foi convidado. Achou apenas que aquilo encaixava no seu discurso e na sua dama. Passos, com aquela cara de pau que nunca cora de vergonha, esqueceu-se que, à falta de grandes obras, inaugurava a eito tudo que lhe aparecesse á frente. Até aquela escola que o presidente da Câmara  de Paredes foi descobrir para lhe dar a inaugurar. Para que pudesse continuar a fazer de conta que ainda era primeiro ministro ...

O Senhor Barroso...

Por Eduardo Louro

 

O Senhor Barroso conhece um a um os portugueses que votarm no PS. E por isso está em condições de garantir o fim último de cada voto... Não sabe apenas isso, sabe ainda que toda a gente sabe a razão de ser de cada voto no PS.

O Senhor Barroso sabe o que é um acordo parlamentar e o que é uma coligação de governo. Mas faz que não sabe... 

O Senhor Barroso deveria estar envergonhado com a dramática condição de milhões de refugiados, por que é também responsável. E muito. Mas o Senhor Barroso não tem vergonha... E por isso ameaça com a Europa, onde felizmente já não está, mesmo que ainda não tenha percebido.

Apetece-me chamar um nome feio ao Senhor Barroso. Mas não encontra nenhum á altura...

 

Adubos, soporíferos e ressurreições

Por Eduardo Louro

 

 

Miguel Relvas ressuscitou. Estamos de resto a atravessar um extraordinário período de Páscoa… Com a aproximação das eleições, e com o terreno bem adubado pelo efeito grego, o campo do governo tornou-se num espaço de alta fertilidade. De repente, o governo passou da Idade Média para o Renascimento. Mas sem nunca largar o obscurantismo!

Estas coisas agora fazem-se com livros. Até Relvas – “vai estudar malandro”, veja-se a ironia – ressuscita num livro. E à volta do livro – como se da gruta tumular se tratasse – reúnem-se as várias testemunhas da ressurreição, que hão-de partir mundo fora a anunciar a boa nova. Na circunstância: Relvas voltou. Está vivo e anda por aí!

O apóstolo principal não era Pedro. Nem Simão, nem Tomé. Chama-se José Manuel: José Manuel Durão Barroso, como se sabe um dos grandes responsáveis pelo inferno em que estamos metidos, mas que anda por aí como se nada tenha nada a ver com isso. Que não teve pejo em, também ele, meter as mãos – sujas, sujas até ao pescoço – no saco do adubo grego para alarvemente alimentar a revegetação do seco e árido campo do governo

E vai daí, o ex-presidente da Comissão Europeia, sem se perceber o que é que o cu tem a ver com as calças - que é como quem diz: o que o livro tem a ver com a coisa? - desata a aconselhar os portugueses a olharem para a Grécia, e a concluir que Portugal só não está na mesma situação graças à determinação do governo e de Pedro Passos Coelho. Ainda se fosse graças a Miguel Relvas… Ou ao "O outro lado da governação"…

Coitados dos gregos. Servem a esta gente para tudo. Até para que ninguém fale dos escândalos das privatizações que o Tribunal de Contas denunciou no início da semana. Até parece que não se passou nada… Até parece que em qualquer país a sério, um governo que tivesse sido acusado do que este foi, não estava já no olho da rua!

Ah! Afinal o efeito grego é mais soporífero que adubo...

 

Acompanhe-nos

Pesquisar

 

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2025
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2024
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2023
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2022
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2021
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2020
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2019
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2018
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2017
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2016
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2015
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2014
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2013
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2012
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2011
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
  196. 2010
  197. J
  198. F
  199. M
  200. A
  201. M
  202. J
  203. J
  204. A
  205. S
  206. O
  207. N
  208. D

Mais sobre mim

foto do autor

Google Analytics