Na passada terça-feira o Benfica assegurou a presença na final da Taça de Portugal, a disputar daqui a cerca de três meses e meio, empatando a um golo em Famalicão, depois de ter ganho na Luz, por 3-2.
A estrutura de comunicação do Porto veio de imediato a público proclamar que essa final, daqui a mais de três meses, estava ferida de morte. Que o Benfica só ia disputar a final porque o terceiro golo que marcara na Luz, no último minuto do jogo, fora obtido por um jogador (força Gabriel, recupera rápido) que, na "isenta e infalível" opinião da comunicação portista, deveria ter sido expulso algures durante a partida.
No dia seguinte, na quarta-feira, o Porto apurar-se-ia também para a final vencendo por 3-0 o Académico de Viseu, depois de ter empatado em Viseu a um golo. Para isso, marcou o primeiro golo, que desbloqueou bem cedo o jogo, através de um penalti erradamente assinalado pelo árbitro e validado pelo VAR. E o segundo, já a segunda parte ia adiantada através de um fora de jogo de metros.
Este lance começa num canto cobrado pelo Alex Telles, que leva a bola a sobrar para o Nakajima que, com a intenção clara de rematar à baliza, a chuta para a linha lateral. A câmara acompanhou a trajectória da bola e, quando se esperava que ela saísse pela linha lateral, surpreendentemente, vimo-la parar nos pés do marcador do canto, que depois a cruzou para o Zé Luís marcar.
Toda a gente ficou à espera do fora de jogo, era impossível que o Alex Telles, que acabara de marcar o canto, não estivesse adiantado. O árbitro assistente, com tudo a passar-se nas suas barbas, nada assinalou. Esperou-se minuto e meio pela decisão do VAR, e o árbitro acabou a validar o golo. A Sport TV transmitiu apenas uma repetição, mas com a câmara fechada, nunca mostrando a posição do Alex Telles. E as famosas linhas do VAR nunca apareceram.
Hoje foram finalmente reveladas as imagens do lance que não deixam qualquer dúvida sobre o fora de jogo. E perante essas imagens começa a circular a notícia que o VAR não teve acesso a elas, e que teria na altura comunicado ao árbitro que não tinha recebido imagens do lance.
Não, isto não é ironia do destino. Isto é o ponto a que se chegou. Com um árbitro assistente, no jogo de Famalicão, a festejar o golo do empate dos famalicences. Com outro árbitro assistente a não ver um fora de jogo de metros à sua frente. Com o VAR a dizer que não tem imagens. E com a Sport TV a esconder um lance que escandalosamente beneficiava o Porto.
E não se pense que isto aconteceu apenas na quarta-feira passada, no Porto. Não. Isto é o que acontece sucessivamente na Sport TV!
Ficamos à espera do que é que a Federação Portuguesa de Futebol tem a dizer sobre isto. Mas também tínhamos ficado à espera do castigo para o Pepe, e aqui estamos...
O escândalo estava anunciado. Mas não se imaginava que pudesse ter a dimensão que acabou por ter.
Disputava-se hoje a última jornada do campeonato nacional de hóquei em patins, com o Benfica a defrontar o Sporting e a necessitar de ganhar o jogo para se sagrar campeão - tri-campeão. O Sporting marcou o jogo para um pavilhão em Alverca, impróprio para a prática da modalidade e com reduzida lotação, que os adeptos sportinguistas rápida e facilmente esgotaram.
A Federação, ao aceitar que um jogo decisivo se realizasse naquelas condições, disse de que lado estava. A equipa de arbitragem nomeada há muito que o tinha dito.
O clímax do escândalo estava reservado para o final do jogo, quando o Benfica, depois de dar a volta ao resultado, marcou o golo da vitória a 40 segundos do fim. Um golo limpo, sem qualquer irregularidade, como ficou provado nas imagens televisivas, que o árbitro confirmou e que, naturalmente, os jogadores do Benfica - não havia lá mais ninguém para festejar - festejaram o golo que valia o título.
Feitos os festejos, inexplicavelmente e sem que ninguém percebesse, o árbitro anulou o golo e entregou o campeonato ao Porto.
A destruição da PT é um escândalo que nada fica a dever ao escândalo BES. A administração da PT não tem menos responsabilidades criminais que a do BES. Terá se calhar até mais. Se outras razões não houvesse – e há, desde logo porque o valor que destruiu foi superior ao que destruído pela do BES – bastaria a forma como enganou os accionistas. A administração da PT, Zeinal Bava, propôs aos accionistas uma operação de fusão com a OI. Mas, em vez da fusão aprovada pelos accionistas, o que Zeinal Bava fez foi vender ao desbarato a empresa – não exactamente a empresa, mas os seus activos, o que ainda é pior – à OI a que, entretanto, já presidia, deixando aos brasileiros a oportunidade, logo aproveitada, de realizar as correspondentes mais valias. A que Zeinal Bava quis fazer crer que se opunha, abandonando os brasileiros depois de receber a devida comissão!
Que perante tudo isto o governo diga que não tem nada a fazer, que temos de deixar o mercado funcionar – gostava de perceber onde é que o mercado funcionou em todo o processo que ficou para trás – é pactuar com o crime. Que o Presidente da República – que, como um botão, só conhece duas posições: on e off, para cima ou para baixo; avisei, ou o não tenho nada a ver com isso – tenha falado no assunto, mas sem uma palavra sobre a condecoração que concedeu aos gestores que agora condena, é a prova que, em Portugal, o crime compensa sempre!
É um novo clássico: o Benfica domina de alto a baixo, as oportunidades de golo sucedem-se, umas atrás das outras ao ritmo das bolas aos postes ou para as nuvens; depois entra em acção o guarda-redes, que defende tudo o que lhe aparece pela frente; e o árbitro, chame-se Xistra ou Hugo Miguel, que faz o resto. O resultado, já se sabe: ou permite a aproximação do Porto ou permite-lhe a fuga.
A história repetiu-se, e é já um clássico. No primeiro quarto de hora do jogo de Coimbra o Benfica podia e devia ter construído o resultado. Aos 4 minutos já Cardozo e Rodrigo – os dois pontas de lança – tinham cada um rematado a sua bola ao poste…
Na primeira vez que a Académica consegue sair da sua área, Xistra tem oportunidade de assinalar um penalti, mesmo que as coisas se tenham passado fora da área. Sem perceberem como, os estudantes estavam a ganhar!
Recolheram aos aposentos, que dizer à sua grande área, e aí valia tudo: até atrasos com os pés, em aflição, para o guarda-redes, que agarrava a bola como se nada fosse com ele. Nem tudo podia valer: um defesa a fazer de guarda-redes tinha mesmo de dar penalti, a única maneira que o Cardozo conhece de marcar golos.
Só que pouco depois a Académica volta a conseguir chegar à área do Benfica. E já se percebeu: o Xistra voltou a ter oportunidade de inventar outro penalti. Desta vez é dentro da área, mas é dentro da área que o Garay corta a bola. Nada mais que isso!
Lá valeu o Lima que, com um belo golo, deixou empatado um jogo que Xistra quis que ficasse assim. Mas, atenção: a equipa de Jorge Jesus foi quase tão incompetente como Carlos Xistra!
Não sei se esta notícia que faz a manchete do Correio da Manhã é verdadeira. Se não o for, o jornal está a prestar um mau serviço ao país: nesta altura, notícias destas são explosivas. Se forem falsas são autenticamente terroristas.
É a prova provada de que o país foi saqueado e continua a saque. E de que não há quem ponha mão nisto…
É bom saber que há por aí gente cheia de acções do BCP, que comprou – porque o Sr Jardim pôs os gestores de conta a impingi-las a pobres coitados - por 7 ou 8 euros que valem agora 10 ou 11 cêntimos. E que o BCP sobrevive hoje pela mão do Estado. E que, nessa medida, o governo impôs a redução dos vencimentos dos administradores para metade. E que isso direitos adquiridos já não passa de pieguice…
Quem está à espera de quê?
PS: Este post continha um link que com vírus que impossibilitou o aceso ao blogue durante dois dias, até ser retirado. Era um link para a fotografia de capa do Correio da Manhã com a manchete da reforma de 167 mil euros por mês de Jardim Gonçalves. Republica-se agora com nova fotografia.
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