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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

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Tour 2024 - VI

Tour de France: Pogacar vence a 19ª etapa; Carapaz lidera na montanha -  Bikemagazine

Ao segundo dia da segunda visita aos Alpes - se bem que, nesta semana, à excepção de terça-feira, a seguir ao dia de descanso, na 16ª etapa, quando Philipsen ganhou pela terceira vez, igualando Girmay, impedido de disputar o sprint por via de uma queda já próximo da meta, todos os dias foram corridos em montanha - mas na realidade o verdadeiro primeiro dia na alta montanha alpina, se é que já o não estava, o Tour ficou decidido. Em aberto estão a disputa do segundo lugar (entre Vingegaard e Evenepoel) e a do quarto (entre João Almeida e Mikel Landa).

Pogacar tinha dito que esta 19ª etapa - 145 quilómetros entre Embrum e Isola 2000, com duas subidas de categoria especial e uma de primeira categoria, na meta - é que era a etapa rainha deste Tour, e não aquela 15ª, nos Pirenéus, que vencera categoricamente.

Estão bem uma para a outra, ambas duríssimas. Esta de hoje tinha a particularidade de passar no ponto mais alto deste Tour, passando dos 2800 metros de altitude em La Bonette, na última das duas contagens de montanha de categoria especial, e penúltima da etapa. Para não deixar dúvidas, Pogacar ganhou-as ambas, e esta ainda de forma mais clara e espectacular.

Era dia de trepadores e foi um bom naipe deles a tomar a iniciativa da fuga do dia: Jorgenson e Kelderman (da Visma, de Vingegaard), Simon Yates (da Jayco), Hindley (Red Bull – BORA ), Cristián Rodriguez (Arkéa), e Carapaz (EF Education), bastante activo nesta fase final do Tour, que ganhara (pela primeira vez no Tour) a penúltima etapa (17ª), e que estava já em condições para discutir a classificação da montanha.

Andaram sempre na frente, e Carapaz, acabou mesmo por assegurar virtualmente a camisola das bolinhas vermelhas quando foi o primeiro em La Bonette, em que a pontuação duplicava. E juntos chegaram aos últimos 16 quilómetros da subida ao alto de Isola 2000, com uma vantagem de 4,5 minutos sobre o grupo que, lá atrás, a Emirates comandava. Controlando a distância para a frente, e endurecendo a corrida para deixar para trás muita gente.

O grupo da frente começou a desfazer-se logo nos primeiros metros da subida, e  apenas Jorgenson, Simon Yates e Carapaz, cada um por si, resistiam. Jorgenson foi quem teve mais pernas, e atacou para ganhar a etapa, lá em cima.

Na perseguição, a Emirates ia gastando os seus cartuchos. Depois do grande trabalho de Nils Politt e, depois, de Adam Yates, Marc Soler, depois de uma fugaz passagem pela frente, encostou. Era a vez de João Almeida. E foi. Faltavam oito quilómetros para a meta.

Só que Pogacar, que não consegue deixar de atacar, quis ganhar a etapa, e foi embora, sem esperar pelo trabalho do João. E sem resposta. Vingegaard e Evenepoel reagiram. Fizeram o que puderam, e não foi pouco, mesmo que o dinamarquês não tenha podido mais que seguir na roda do belga.

Pogacar ia comendo - engolindo - tempo aos da frente, e deixando-os um a um para trás. Em seis quilómetros despachou toda a gente. Na meta, levantou os braços e fez uma vénia!

Vingegaard, sexto na etapa, agradeceu e cumprimentou Evenepoel. E depois chorou. João Almeida chegou logo atrás deles, 18 segundos depois. Mas com Mikel Landa, de quem não se conseguiu livrar, na roda. Carlos Rodriguez chegaria 2 minutos depois de ambos, e deverá ter ficado afastado da luta pelo quarto lugar que João Almeida conserva nos 27 segundos de vantagem sobre Landa.

Tour 2024 - IV

Tour de France: Pogacar domina na primeira chegada ao alto - Bikemagazine

Glória aos vencedores e honra aos vencidos. Glória para Pogacar e honra para Vingegaard. E para Evenepoel. Disse-nos a primeira das duas visitas do Tour aos Pirenéus, na 14ª etapa, de 151,9 quilómetros, entre Pau-Saint-Lary-Soulan Pla d'Adet. A etapa do mítico Tourmalet ainda nos Pirenéus franceses. Desta vez ficou a duas montanhas da meta, e nada deixou decidido na etapa. Nem no Tour, que ainda tem muito mais para dar.

A novidade que, surpreendentemente não é tanto assim nos dias que correm, é que o Covid voltou a fazer vítimas. Depois de Michael Morkov, hoje foi a vez de Pidcock, da Ineos. Outra, ainda ontem, foi Ayuso que desfalcou a poderosa equipa da Emirates. Mesmo que dificilmente se lhe possa chamar um corredor de equipa.

No alto do Tourmalet, Laskano, da Movistar, foi o primeiro,à frente do grupo onde seguia Rui Costa, com o grupo do camisola amarela a quase 4 minutos. Seguiu-se uma descida, em que os corredores chegaram a ultrapassar os 100 Km/hora e, depois, uma montanha de 2ª categoria, mas sempre dura. No grupo de Pogacar, sempre com a Emirates a fazer as despesas da corrida, pelo pedal do alemão Nils Politt.

A 8,5 quilómetros da meta, na derradeia subida, foi a vez de João Almeida endurecer a corrida. Viu-se depois Pogacar, que parecia querer resguardar-se, falar com Adam Yates. Que, poucos segundos depois, atacou.

Era a jogada decisiva da Emirates. Não poderia ser outro a fazê-lo. O inglês estava suficientemente atrasado para provocar resposta dos rivais de Pogacar, e atacou a 7 quilómetros da meta, fazendo de imediato a diferença, e chegando-se a Ben Healy, da Education First (belo nome para uma equipa profissional), o único que restava na frente da corrida. 

A 4,5 quilómetros da meta - nada a ver com o ataque aos 42 quilómetros da antevéspera - Pogcar atacou. Vingegaard tentou responder, mas não pôde. Tal como Remco Evenepoel. Rapidamente se chegou a Yates, e ambos deixaram de imediato Healy nas covas. Vingegaard respondeu, no seu passo mas, desta vez, não conseguiu recuperar. Na meta foi segundo, 39 segundos atrás de Pogacar, mas o suficiente para "roubar" o segundo lugar da geral a Evenepoel, ficando os três mais firmes nos lugares do pódio.

João Almeida, com mais uma etapa notável, foi 12º, perdendo 12 dos vinte segundos de vantagem sobre Carlos Rodriguez, mas segurando, por 8 segundos, o quarto lugar na geral.

Amanhã há mais. O último dia de Pirenéus será ainda mais difícil e poderá, ou não, dar mais do mesmo. João Almeida dependerá muito do trabalho que for destinado no apoio a Pogacar. Se nada de anormal acontecer, um lugar no pódio estará cada vez mais difícil. Se aquilo a que for obrigado no suporte a Pogacar não o condenar a pior, o quarto lugar da geral, que segura por 8 segundos na disputa com Carlos Rodriguez, o líder da Ineos, poderá ser seu. Até porque tem a seu favor o contra-relógio final, no Mónaco e em Nice. 

Mas ainda faltam os Alpes. Para ele e para todos os outros!

 

Tour 2024 - III

Tour de France: Vingegaard mostra força e vence Pogacar no sprint da 11ª  etapa - Bikemagazine

Ia o Tour na quarta etapa na última vez que aqui o trouxe, não imaginando então que, feita História na anterior, com a primeira vitória do africano Girmay, se voltaria a fazer logo na seguinte, com a vitória de Cavendish em Saint Voulbas. 

A 35ª no Tour, com que bateu o record de Merckx, que havia igualado, que há muito perseguia e que era o seu único objectivo para esta última participação na prova, projectada para o ano passado, mas reconsiderada depois do abandono a que então fora forçado.

Foi depois tempo dos sprinters - que não mais do velho corredor britânico - e especialmente de Girmay, o africano da Eritreia que corre pela equipa do Intermarché, que ganhou mais duas etapas (na oitava), e hoje mesmo (na 12ª), que lhe dá já uma grande vantagem, porventura decisiva, na liderança da classificação por pontos. Na camisola verde, que não mais despiu desde essa quarta etapa.

Mas também do primeiro dos dois contra-relógios da prova, na quinta etapa, que Remco Evenepoel venceu, com 12 segundos de vantagem sobre Pogacar, ainda e sempre de amarelo. Onde João Almeida foi oitavo, com mais 57 segundos, subindo então para sexto na geral.

Foi tempo, no domingo, de uma etapa - a nona - de grande grau de dificulade, com 14 troços em gravilha, a modernidade que substitui as velhas etapas nos pavés. E do primeiro dia de descanso, na segunda-feira.

Ontem, no maciço central, correu-se a 11ª etapa, entre Évaux-les-Bains-Le Lioran (211.0 km) toda ela de montanha... e louca. Onde a formação da Emirates fez forte investimento, quiçá com o objectivo de arrumar com o Tour logo ali, ainda antes dos Pirenéus. E dos Alpes. E do contra-relógio final, na chegada a Nice.

Fruto desse investimento ou - talvez melhor - para o justificar, Pogacar atacou na antepenúltima subida, ainda a 32 quilómetros da meta. Ninguém lhe conseguiu responder, e foi amealhando segundos de vantagem. Chegaram a ser mais de quarenta. Mas de repente fraquejou - provavelmente, pelo que se viu no final da etapa, a comer desenfreadamente, e também porque fora possível perceber o desespero com a pedira apoio ao carro que nunca chegou - por, novamente, falha na alimentação. E a perseguição de Vingegaard, a princípio feita com Roglic, que caiu na descida e ficou para trás, acabou por resultar na penúltima subida. Pogacar ainda foi primeiro nessa meta de montanha - o que lhe valeria a liderança também na classificação da montanha - mas foi já ao sprint, com o vencedor dos dois últimos Tours a parecer desinteressado de o disputar.

A partir daí fizeram as descidas, e as duas últimas subidas, a par. E em evidente colaboração para cavar a diferença para os restantes, em especial para Evenepoel e Roglic, até próximo da meta. Diferença que, com a meta à vista e a vitória na etapa para decidir, acabaram por queimar e deixar cair para meros 25 segundos. 

Não foi só aí que se percebeu que a estratégia da equipa ruíra à falta de condição física de Pogacar. Foi na própria discussão da vitória, quando Vingegaard, que normalmente perderia sempre no sprint para o rival, mesmo que sempre na frente, e em condição desvantajosa para o sprint final, arrancou para a meta e ganhou (na foto).

Fora assim - com um erro no capítulo alimentar, e com erros na estratégia de ataque  - que, no ano passado, Pogacar fora derrotado. Ontem, porventura pela sua condição decorrente da grave queda no País Basco, Vingegaard apenas ganhou a etapa. Não ganhou tempo, mas ganhou força mental. E está ainda por saber o o que isso possa vir a valer lá mais para a frente.

Evenepoel e Roglic perderam apenas os referidos 25 segundos, mantendo-os segundo e quarto na geral. João Almeida voltou a fazer uma etapa ao seu (alto) nível. Foi sexto, subiu ao quinto lugar, por troca com o Carlos Rodriguez, e com o bónus de ver o colega Ayuso afundar-se, e cair para o nono lugar da classificação.

Hoje subiu a quarto. Porque, a 10 quilómetros da meta, o infeliz (já ontem caíra, sozinho, naquela última descida) Roglic viu-se envolvido numa queda das grandes, e cortou a meta com cerca de 2,5 minutos de atraso, e um ombro esfacelado. Se estiver em condições de amanhã se apresentar à partida, dificilmente Roglic terá agora possibilidades de disputar um lugar no pódio.

Os Pirenéus vêm aí, já depois de amanhã. E desconfio que terão muito para contar.

Vuelta 2023 - Lições

Team Quick Step's Belgian rider Remco Evenepoel celebrates winning the stage 18 of the 2023 La Vuelta

A 18ª etapa da Vuelta, hoje corrida pelas montanhas das Astúrias, era a última de alta montanha. Das três que faltam apenas a de sábado, a penúltima, uma daquelas tipo montanha russa de que Rui Costa gosta, poderá alterar, e ainda assim muito pouco, do pouco que pode mudar na classificação.

Sendo uma etapa de elevado grau de dificuldade, e tendo praticamente decidido a Vuelta, foi mais que uma etapa de confirmação da classe de Evenepoel, que entrou em fuga 12 quilómetros depois da partida, correu na frente os restantes 167, deixou para trás quem quis, e quando quis, ganhou as três classificações de montanha e garantiu a  respectiva camisola, e chegou isolado à meta, com quase 5 minutos de vantagem para o segundo (Caruso) e 10 para os principais da classificação geral. Foi uma lição de vida!

Foi, antes de mais, uma lição de ciclismo de Evenepoel. Mas também uma lição de vida. Esteve para abandonar depois da "catástrofe" do Tourmalet. Disse que foi a mulher que lhe pediu que não o fizesse e, por ela, continuou. E voltou a dar espectáculo como nenhum outro, e a ganhar. Ontem parecia ter desaparecido, depois de ter entrado em mais um fuga. Não desapareceu, apenas percebeu que não valia a pena investir nela. Que não era a certa, e mais valia resguardar-se para hoje. Para ganhar pela terceira vez, e demonstrar que é, física e mentalmente, um campeão.

Mas foi acima de tudo uma lição de vida de Vingegaard. A novela da Jumbo, com Kuss, Vingegaard e Roglic como personagens, tem aqui sido bastamente relatada. Quando, ontem, a juntar ao que já se passara na véspera, depois de deixar a liderança de Kuss presa apenas por 8 segundos, Vingegaard disse que gostaria que o seu companheiro ganhasse a Vuelta, a declaração soou ao mais vil da hipocrisia. Kuss só não acabara de perder a "vermelha" por ter tido a ajuda de Mikel Landa, e por em cima da meta o ter passado para assegurar os pontos da bonificação pelo terceiro lugar. Pediu desculpa ao corredor espanhol, disse-lhe que tinha vergonha do que acabara de lhe fazer, mas que a isso tinha sido obrigado pelos colegas de equipa.

É difícil intrepretar de outra forma aquela declaração do vencedor do Tour. Mas é possível acreditar que se arrependeu. Mas também que a direcção da equipa, porventura com receios de danos de imagem, tenha sido obrigada a reconhecer que os ataques de Roglic e Vingegaard a Kus passavam a ser intoleráveis.

Fosse pelo que fosse, a verdade é que, hoje, o campeão dinamarquês redimiu-se. A apenas 8 segundos do seu colega de equipa, hoje teve tudo para lhe ganhar essa diferença e até muito mais. E renunciou sempre. Na última subida, nos últimos 4 quilómetros, a mais de 10 minutos de Evenepoel, o grupo dos primeiros estava reduzido a seis corredores. Eles os três, e ainda os espanhóis Ayuso,  Mikel Landa e Enric Mas, os três a disputar o quarto lugar da geral, separados por 30 segundos. 

Todos atacaram, para se atacarem. A cada ataque de cada um deles, bastaria a Vingegaard responder para deixar Kuss para trás. Nunca o fez. Pelo contrário manteve o ritmo, impediu as tentações de Roglic, segurou sempre Kuss e acabou sempre a anular as tentativas dos espanhóis. Mas fez mais: nos últimos metros abrandou e deixou que os outros cinco se fizessem à meta, entregando 9 segundos ao seu colega. Para lhe dar a tranquilidade de 17 segundos de vantagem na liderança!

Não tenho a certeza que tenha sido bonito, mas foi o final feliz de uma novela que não estava a ser bonita. E Kuss vai certamente ganhar a Vuelta. Como merece. Como é justo. Não é o ciclista mais forte desta Vuelta, onde só faltou Pogacar para estarem todos os melhores do mundo. Evenepoel - traído pela súbita quebra no Tourmalet, mas isso é ciclismo -, Roglic e Vinguegaard, são mais fortes. Sem dúvida. Mas, por tudo o que tem feito por eles ao longo de anos, Kuss merecia a gratidão que tardou em ser demonstrada.

E só não consigo dizer que foi bonito porque Jonas Vingegaard deu, mas quis mostrar que estava a dar. Bonito é dar sem exibir. Já Roglic, nem isso.

João Almeida hoje não esteve nos melhores dias. Descolou do grupo dos primeiros ainda na penúltima subida, para depois fazer o que já é habitual - ir recuperando lugares. Perdeu cerca de 1 minuto, um pouco menos, para os seis primeiros. E manteve naturalmente o 9º lugar na geral, de onde dificilmente sairá.

 

 

 

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