Nem a chuva os pára
Voltamos este domingo a assistir ao degradante espectáculo de filas de automóveis, especialmente na capital. Que o movimento sincronizado dos limpa pára-brisas tornava ainda mais chocante.
Nos anteriores fins-de-semana, fosse há duas semanas nas marginais das praias do Norte fosse, no último, na ponte 25 de Abril, haveria a desculpa do apelo do sol. Grande em todo o lado, como se viu ontem em Inglaterra, mesmo que, aqui, o sol seja uma espécie de metal precioso, e não a comum vulgaridade que é para nós.
Ontem, por cá, em vez de sol havia chuva. E muita. Torrencial, muitas vezes. O que é poderia empurrar as pessoas para a rua?
Corre por aí que, para a Páscoa, já anda toda a gente a estudar percursos para os mais diversos destinos por estradas secundárias.
Está provavelmente aqui a resposta: a mola que faz saltar esta gente para os seus automóveis é a adrenalina da irreprimível sedução dos portugueses pela violação das normas. É aquela irreverência infantil a que se chama falta de educação!