O governo, porque a austeridade oblige, acabou com a velha isenção de portagens na Ponte 25 de Abril durante o mês de Agosto. O pessoal não gostou mas pagou! À Lusoponte, essa empresa com quem o Estado gosta muito de negociar, presidida por Ferreira do Amaral, o antigo ministro que negociou a concessão antes de para lá se transferir.
E depois de lá termos deixado o dinheirinho da portagem, o governo voltou a pagar. Como se os utilizadores lá tivessem passado à borla!
O governo, porque o dinheiro faz muita falta e a vida custa a todos, tomou a decisão de acabar com essa borla. Mas logo se esqueceu e pagou à Lusoponte, como se não tivesse tomado essa decisão.
A Lusoponte recebeu duas vezes e agradeceu. E, de tão habituada que está a receber gorjetas do Estado, nem deve ter achado estranho. Agora diz que fica por conta…
Os filhos do regime recusam-se a abandonar a casa dos pais e acham que têm direito – sendo que direitos é aquilo que recusam a todos os outros, a quem apelidam de parasitas – a manter intactas as suas mesadas. Sejam elas em vencimentos, em pensões ou em subvenções. Ou em todas elas juntas! Para eles nada muda nem nada os faz mudar!
São muitos os filhos do regime e encontramo-los confortavelmente instalados no Banco de Portugal – que se colocou de fora dos cortes dos subsídios de natal e férias - , na Caixa Geral de Depósitos e mesmo na banca privada, na EDP, na PT, etc. E têm nome, têm muitos nomes!
Chamam-se Eduardo Catroga, que aos 72 anos passa a acrescentar às muitas pensões, subvenções e outros que tões, um vencimento anual de 639 mil euros na EDP. Que justifica pelo seu valor de mercado, que tem um valor de mercado como os outros gestores ou como os futebolistas, como o Cristiano Ronaldo. Até pode ser que tenha um valor de mercado, e até pode ser que seja alto, mas não é o caso: aquele é o valor que recebia o seu antecessor – António Almeida, certamente outro dos filhos do regime – que não seria também o seu valor de mercado, mas o que tinha recebido, com as devidas e merecidas actualizações, o seu antecessor e o antecessor do seu antecessor. Isto não é valor de mercado, isto é simplesmente a mesada que o regime atribui aos seus piquenos!
E chamam-se Paulo Teixeira Pinto, que depois de dois anos de presidência do BCP foi despedido com uma indemnização – sim, aquilo de que querem isentar os despedimentos – de cerca de 10 milhões de euros, e com uma pensão vitalícia de 30 mil euros mensais. O seu valor de mercado, certamente!
E chamam-se… bem, seriam mais umas dezenas de nomes. Todos bem conhecidos, mais que os Frexes e outros que tais que o PSD e o CDS não têm vergonha de colocar na administração da Águas de Portugal… Para além do mais em evidente conflitualidade de interesses!
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