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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Tudo bem entregue

  • Eduardo Louro
  • 29.06.22

Gonçalo Inácio foi testemunha de Tabata: «O Sr. Luís Gonçalves agarrou-me  no pescoço» - Sporting - Jornal Record

 

Quase cinco meses depois daquele Porto-Sporting, de Fevereiro, o Conselho de Disciplina da FPF acabou de anunciar as penas aplicadas a Otávio e Tabata: um jogo de suspensão a cada um e uma multa de 765 euros para cada um.

Nos dias que se seguiram ao destas imagens, chegaram a ser avançadas notícias de penas pesadas. Os jornais diziam que Tabata incorria numa pena de dois meses a dois anos de suspensão. O passar do tempo fez com que não se tivesse passado nada naquele jogo do Dragão. Para a Liga nunca se chegou a passar nada. Para o governo, e para a tutela do Desporto, nada se passou. Não tem que se meter nestas coisas, está tudo bem entregue ...

E está, como se vê!

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Que raio de acção!

  • Eduardo Louro
  • 23.06.22

A BOLA - Rui Costa e Weigl no dérbi de futsal (Benfica)

Julian Weigl é um dos mais enxovalhados jogadores do Benfica. É sempre dele a culpa de todo o mal que acontece. Nunca é o 6 que os entendidos da bola acham que é preciso. Ora porque tem um curto raio de acção, ora porque não se chega à frente.  Está sempre a ser-lhe mostrada a porta de saída, e a ser-lhe atirados à cara os 20 milhões que o Benfica pagou ao Borussia de Dortmund para o contratar, vai para três anos. Como se ele tivesse alguma culpa disso.

Está todos os dias nas primeiras páginas dos jornais na porta de saída. Que nunca se abre - dizem - porque ninguém está disposto a pagar pelo seu passe um valor que permita recuperar o investimento feito vai para três anos, mesmo que o valor de mercado do seu passe (Transfermarket) seja de 22 milhões de euros. 

Hoje volta a estar. Para o voltarem a enxovalhar. Dizem que é o Eintracht Frankfurt, que o quer juntar a Goetz. Mas que não está disposto a loucuras, e que o Benfica ... sim, senhor ... Mas quer recuperar o investimento. Uma loucura, vê-se logo. Num jogador avaliado em 22 milhões de euros. 

Ontem o Benfica disputou na Luz o segundo jogo da final do campeonato de futsal com o Sporting. Não correu bem, os jogadores deram tudo, jogaram mais que o rival, mas  no fim - no prolongamento, exactamente como já sucedera no primeiro jogo, em Alvalade - ganhou o Sporting. É uma espécie de maldição. No futsal, como no hóquei.

Não faltou empenho aos jogadores, nem ambiente no pavilhão. Faltou que as bolas que foram aos ferros entrassem na baliza, e sobraram defesas impossíveis do guarda-redes adversário. Mas não faltou Weigl, o mal amado, a fazer parte daquele ambiente extraordinário. O tal que está na porta de saída, e que julgávamos em férias, estava lá. Tinha acabado de chegar e foi a correr para a Luz, porque lá ia acontecer um jogo importante, noutra modalidade que não a sua, e ele quis dizer o que é o Benfica. E que o seu raio de acção é enorme!

 

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Circo e ciclo

  • Eduardo Louro
  • 13.06.22

Darwin Nuñez a caminho do Liverpool - SIC Notícias

 

Lá vai Darwin para o Liverpool. Nem deu para lhe tomar o gosto... É assim e não há volta a dar. E o problema é esse, uma espécie de ciclo vicioso, muito visível no Benfica: um jogador dá certo e logo se vende, para tapar os buracos que se criaram com os que se compraram com o dinheiro do que se vendeu. E assim, com muitos milhões de euros de comissões pelo meio, se têm sumido milhares de milhões nos últimos anos, sem qualquer proveito desportivo. Campeões, apenas nas vendas.

Foi a segunda maior transferência do futebol português, atrás da de João Félix, no último ano em que fomos campeões. Mas o "povo" gosta. E fica feliz a comparar com o outro, que o outro vendeu, há apenas 6 meses para o mesmo cliente. Ganhamos de cabazada!

Os jornais fazem o resto do circo. Cada um à sua maneira. O "Correio da Manhã" chama-lhe jackpot. Que "A Bola" quantifica em 75 milhões, que podem chegar aos 100, na exacta medida do comunicado do Benfica à CMVM.  Mas que o "Jornal de Notícias" transforma em 57,5 milhões, com contas que não se percebem. O "Record" diz apenas que é oficial, mais nada. E "O Jogo" diz que 100 milhões é o objectivo a atingir até ao fim do mês, para salvar os resultados deste exercício. Se assim for, ainda falta um bom bocado. É que dos 75 milhões há ainda a retirar 10 para o Almeria, que somam aos 24 milhões da sua contratação, há dois anos. Ficariam 41 milhões, se não houvesse comissões a pagar. Mas essas são como os impostos. E a morte. 

Dá para todos os gostos ... e para todos os interesses. No fim, o "futebol é isto mesmo".

E venha mais um ciclo, até que surja uma nova estrela. E mais circo!

 

 

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Não correu bem. Mas também teve tudo para correr mal!

  • Eduardo Louro
  • 12.06.22

Há precisamente uma semana dizia aqui que aquela exibição com a Suíça não prometia grandes cometimentos. Que simplesmente tinha corrido bem. E que com aqueles jogadores, quando corre bem...

E, não. Não voltou a correr bem. Na passada quinta-feira, com a Chéquia (2-0), como agora se diz, ainda se salvou o resultado. Hoje, em Geneve, na Suíça, já nem para salvar o resultado deu. O golo de Seferovic, logo aos 50 segundos do jogo, desta vez valeu. E valeu tanto que, para além de ter valido o resultado, e ditado a derrota da selecção que lhe complica as contas do apuramento para a fase final da Liga das Nações, deixou logo o jogo no tabuleiro que os suíços desejavam. E que já tinham procurado no jogo do passado domingo.

Quando uma equipa tem processos assimilados, podem trocar-se três ou quatro jogadores - sete, como hoje fez Fernando Santos, já pode ser mais complicado - sem que o colectivo se ressinta. Até porque qualidade não falta a praticamente todos. Se não há processo, como claramente a selecção não tem, tudo fica a depender da inspiração dos jogadores, e das suas decisões em campo.

Foram muitas as mudanças que Fernando Santos fez na equipa que hoje iniciou o jogo. Em todas elas, os que hoje entraram hoje de início, são de qualidade inferior aos que ficaram de fora. Mas, mais que isso, flagrante é a entrada de Rafael Leão. Não é que "o melhor jogador da série A italiana" não seja jogador para a selecção. O futebol que joga é que não é futebol para a selecção. Para esta equipa, e para estes jogadores. Ao colocá-lo na equipa inicial Fernando Santos deixou aquela ideia que, para quem não sabe para onde vai, todos os caminhos servem.

Na segunda parte, corrigido esse equívoco com a entrada de Diogo Jota,  e Gonçalo Guedes, e depois Bernardo Silva (Mateus Nunes e Ricardo Horta já entraram tarde de mais), a qualidade do jogo português melhorou um bocadinho. Não muito, mas chegou para surgirem finalmente oportunidades suficientes para que o resultado fosse outro. Como bem mereciam os portugueses presentes no estádio, em aparente maioria, que se não cansaram de puxar pela equipa. 

 

 

 

 

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Correu bem

  • Eduardo Louro
  • 05.06.22

 O primeiro quarto de hora do jogo de hoje com a Suíça, depois de mais uma exibição menos que sofrível na passada quinta-feira com a Espanha, onde se salvou o empate (1-1) - os onzes das duas equipas nesse jogo, com o português com jogadores mais valiosos na maioria das posições, seja qual fôr o critério, tornou ainda mais inaceitável a diferença da qualidade do futebol entre as duas equipas - e onde os jogadores ouviram olés, apontava para mais um jogo deprimente da selecção portuguesa.

Eram 11 jogadores em campo, mas nada que tivesse alguma coisa a ver com uma equipa, e o descalabro ficou à vista quando a selecção suíça marcou, logo aos 4 minutos. Valeu o VAR, que descortinou uma mão de um atacante suíço, antes de a bola sobrar para Seferovic a rematar para dentro da baliza, de novo defendida por Rui Patrício. Só que o jogo - "o futebol é isto", diz-se em futebolês - tem mistérios insondáveis, e tudo mudou quando, aos 15 minutos, na primeira vez que os jogadores (ainda não eram uma equipa) portugueses chegaram perto da área adversária, surge uma falta. Do livre, cobrado evidentemente por Cristiano Ronaldo - de novo titular depois de ter entrado a partir do banco no jogo de Sevilha, a bola desviou num defesa adversário e dificultou a defesa do guarda-redes, que a soltou para a frente, surgindo William para a meter dentro da baliza.

E tudo mudou nesse momento. Começou por emergir precisamente William, cuja presença na equipa, e talvez até na convocatória, pareceu estranha a muita gente, onde me incluo. Era mais uma das estranhas opções de Fernando Santos, mais uma das suas teimosias. Mas a verdade é que foi mesmo ele que agarrou a equipa. Agarrou-a pelo golo, e arrastou-a para um vendaval de futebol. Tudo o que de bom a selecção fez naqueles minutos seguintes passou pelos seus pés.

Claro que a reacção da equipa helvética ao golo, com o domínio do primeiro quarto de hora na cabeça, e o sentimento de injustiçada, ajudou. Procurou retomar esse domínio, veio para a frente, e deixou espaços que William facilmente descobriu para lançar jogo, e a equipa passou a funcionar. E, de repente, a jogar do melhor futebol que se tem visto selecção, e que há muito se não via. Um autêntico vendaval de futebol, à medida da qualidade dos jogadores, finalmente confortáveis no jogo.

Ao intervalo o marcador estava em 3-0, com mais dois golos de Cristiano Ronaldo, em menos de cinco minutos. Mas bem podia ter ficado no dobro, pelo menos, depois daquela meia hora de luxo. 

Na segunda parte, mesmo que compreensivelmente jogada a ritmo mais baixo, a selecção manteve o nível exibicional bem alto. Só deu mais um golo - aquele golo fantástico de João Cancelo, numa grande exibição, a melhor entre tantos outros bons desempenhos individuais - mas o resultado bem poderia ter ficado nos oito ou nove. O resultado, e aquele primeiro quarto de hora, são as melhores recordações que a selecção suíça levou esta noite de Alvalade. Seferovic leva ainda na memória uma grande assobiadela, mas isso é outra coisa...

A exibição da selecção foi muito boa em 5/6 do jogo. Mas não dá para embandeirar em arco, nem para esperar grandes cometimentos a partir daqui, e em especial para o Mundial, lá para o final do ano. Aconteceu, é certo. Mas não garante qualquer ponto de viragem na selecção. A ideia que fica é que ... correu bem. Só isso. Com estes jogadores, quando tudo corre bem, pode sempre acontecer um jogo destes. Consistência, estratégia de jogo, coragem e a força mental colectiva são condições necessárias para fazer de grandes jogadores uma grande equipa. Às vezes basta que tudo corra bem, mas isso é só às vezes.

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Champions e Real Madrid confundem-se!

  • Eduardo Louro
  • 29.05.22

A História ganha jogos, Curtois faz o resto. E o Real Madrid ganha a Champions. A décima quarta!

Em Paris, o Liverpool jogou mais, e rematou muito mais. O Real fez dois remates, acertou com um na baliza, fez um golo e ganhou. Alison não fez uma defesa, Courtois fez dez!

Champions e Real Madrid confundem-se!

O jogo não foi lá grande coisa. E não deve ter sido por ter começado com quase 40 minutos de atraso, coisa nunca vista. Como nunca se tinha visto adeptos entrarem no estádio trepando pelos portões fechados.

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"Quem gosta de futebol, gosta do Benfica"

  • Eduardo Louro
  • 25.05.22

A chegada de Roger Schmidt: "Amo o futebol, e quem ama o futebol ama o  Benfica" - Diário do Distrito

Roger Schemidt assinou ontem o contrato para treinar o Benfica nos próximos dois anos. É o treinador do Benfica, e por isso o meu treinador. 

Nem sempre tem sido assim. Muitos foram os treinadores do Benfica que não reconheci como meus. O último foi ... o penúltimo. Mas outros houve: Pál Csernai, Ebbe Skovdahl, Ivic, Artur Jorge, Graeme Souness, Yupp Heynckes, que me lembre assim de repente ...

Mas neste caso é, assumo-o. Não seria a minha primeira escolha, mas não me cabe a mim fazer essas escolhas. Mas, tendo outras preferências e todas elas ou indisponíveis ou inacessíveis, parece-me uma boa escolha. É um treinador alemão, e os treinadores alemães estão na moda. Não tem no seu currículo nem muitos, nem grandes títulos, é verdade.

Mas os que cá chegaram com mais, e mais sonantes, títulos foram dos piores que nos calharam: Heynckes e Artur Jorge. O alemão - também alemão, mas de outros tempos - chegou cá carregado de títulos nacionais - na Alemanha e em Espanha - e com dois títulos europeus. Trazia no currículo o Borússia de Monchengladbach, dos bons velhos tempos, com uma Taça UEFA; o Bayern de Munique com dois campeonatos (onde regressaria para conquistar mais dois e uma Champions); e o Real Madrid com uma Supertaça Espanhola e uma Champions, ainda fresquinha. Já tinha ganhado tudo o que havia para ganhar. O português - o "Rei Artur", como lhe chamavam, com Porto, Racing de Paris e PSG no currículo, também já tinha ganhado tudo o que havia para ganhar em Portugal e em França, e até campeão europeu tinha também sido.

Foram os piores, ficaram a marcar os piores anos da História do Benfica, e foram escolhas das duas das três mais ruinosas presidências do Benfica. 

Não é pois por ter poucos títulos no currículo que se deve pôr em causa a probabilidade de sucesso de Roger Schemidt no Benfica, por muitos que sejam - e são - os problemas no clube. O treinador é, neste momento, o menor deles. Diria até que, se os problemas do Benfica fossem de treinador, estariam resolvidos. Não são, e estão por isso longe de estar resolvidos.

E diria também que, se o sucesso do treinador dependesse da empatia com os adeptos, estaria garantido. Chegou e conquistou os benfiquistas com uma frase: "Quem gosta de futebol, gosta do Benfica"!

Espalhou simpatia, elogiou tudo o que viu, e manifestou o prazer que é trabalhar num dos maiores clubes do mundo. Mas foi com aquela frase que conquistou os benfiquistas. Bem diferente da fanfarronice de meia tigela do "vamos arrasar e jogar o triplo"!

Benvindo Roger Schemidt. E bom trabalho!

 

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Futebol a sério

  • Eduardo Louro
  • 23.05.22

Manchester City vs Aston Villa LIVE: Premier League result and reaction - Man  City win title | The Independent

Chegou ontem ao fim a Premier League. Manchester City e Liverpool chegaram à última jornada separados por um ponto, a favor da equipa de Guardiola. Ambas as equipas jogavam em casa, junto do seu público: o City recebia o Aston Villa, de Steven Gerrard, um dos mais emblemáticos jogadores e capitães da História do Liverpool, onde passou toda a sua vida de praticante de futebol; em Anfield Road, o Liverpool recebia o Wolverhampton, de Bruno Lage, a equipa mais portuguesa de Inglaterra. 

A possibilidade de terminarem em igualdade pontual era remota, mas no melhor campeonato nacional do mundo tudo pode acontecer. Seria necessário que a equipa de Guardiola perdesse e que a Yurgen Klopp empatasse. Mais improvável seria que esse empate pontual servisse para o Liverpool conquistase o título. O desempate far-se-ia pela diferença entre golos marcados e sofridos, e esse factor era favorável ao City. Seria necessário que fosse derrotado por uma diferença de seis golos. Pelo que o cenário verdadeiramente realista para que o Liverpool fosse campeão passava por ganhar o seu jogo e esperar que Steven Gerrard desse uma ajuda, ganhando em Manchester.

Os dois jogos arrancaram, à mesma hora, naturalmente. Em Manchester o City tomava conta do jogo, ao seu jeito. Mas as coisas não saíam bem, era evidente o peso da responsabilidade que os seu jogadores carregavam. Nem os melhores e mais experientes escapam a estes momentos. Em Liverpool tudo começou ainda pior, com a equipa de Bruno Lage a jogar muito bem, e com Pedro Neto endiabrado. Marcou logo aos 3 minutos e esteve por mais duas vezes muito perto do golo, antes de sair, lesionado, ainda antes do meio da primeira parte. E aí o jogo começou a mudar. De tal forma que Sadio Mané empatou logo a seguir, aos 24 minutos.

Pouco depois, aos 37, em Manchester o Aston Villa, que só defendia, na primeira vez que o pontapé para a frente resultou, marcou. E fez-se festa em Anfield onde, apesar de tudo, os Wolves iam discutindo o jogo e até obrigando Allison a muito e bom trabalho. O intervalo deixava tudo na mesma, e o nervosismo passou ansiedade dramática no Etihad quando mais um pontapé para a frente, desta vez do próprio guarda-redes, levou a bola a Philippe Coutinho, e o ex-Liverpool, com a classe que se lhe reconhece, marcou o segundo. Guardiola acabara de trocar Bernardo Silva por Gudogan, e a resposta era um inacreditável 0-2, a 20 minutos do fim.

Mais festa em Liverpool, mesmo que o empate por lá subsistisse. Entretanto, no Jamor começara o jogo da final da Taça, entre o Porto e o Tondela. Enquanto na Cidade do Futebol o VAR se entretinha durante cinco minutos a descortinar um fora de jogo para acabar a descobrir um penálti a favor dos do costume, em Manchester esse mesmo tempo, entre os 76 e os 81 minutos, era aproveitado pelo City para marcar três golos - dois do "herói" Gudogan, a lembrar Kun Aguero, há dez anos, com o de Rodri pelo meio -, dar a volta ao resultado e garantir o segundo campeonato consecutivo. 

Demonstrativo do que é o futebol, a sério, em Inglaterra, e o da palhaçada, em Portugal. Enquanto aqui, numa final da Taça, o VAR se entretém entre um fora de jogo e um penálti sempre a favor dos mesmos, em Inglaterra ganha-se um campeonato!

Já o Machester City tinha feito a reviravolta, e o Etihad rebentava em festa, quando Salah, aos 84 minutos, em Anfield conseguia desfazer o empate, e assegurar a vitória - confirmada com o terceiro golo (Robertson) já em cima do minuto 90 - que já não servia para nada. E na verdade, nem mesmo com o City a perder por 2-0, nunca o Liverpool esteve virtualmente campeão! 

 

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Os miúdos têm mais encanto na hora da despedida

  • Eduardo Louro
  • 13.05.22

Foi um bom jogo, agradável de seguir, este de Paços de Ferreira, com que o Benfica se despediu deste campeonato, desta época de má sina e pior memória, e de Nelson Veríssimo. E uma agradável surpresa.

A surpresa começou na constituição do onze que subiu ao relvado. Nelson Veríssimo tinha anunciado que iria dar oportunidade a alguns jovens da formação. Não se esperava é que na equipa inicial, de uma assentada, entrassem logo cinco -  Tomás Araújo e Sandro Cruz, na defesa, Paulo Bernardo no meio campo, Tiago Gouveia na ala esquerda e Henrique Araújo como ponta de lança. Seis, se contarmos com Morato - mais de meia equipa. E não se esperava de todo que, nos restantes cinco, nenhum fosse um habitual titular. Na realidade nem se pode dizer que Gilberto seja o habitual lateral direito. No fim, sabe-se que é o melhor que há no plantel para a função, mas nem isso fez dele um titular absoluto.

Introduzir três miúdos da formação numa equipa de titulares, experientes e rotinados, é uma coisa. Juntar cinco miúdos entrados de novo, a cinco ou seis jogadores que passaram ao lado da época, guarda-redes incluído, é coisa nunca vista. Nem para o último jogo.

A verdade é que funcionou, e resultou numa exibição colectiva agradável e num jogo bem conseguido. E num bom punhado de boas exibições individuais. Mas não tenhamos ilusões, resultou neste jogo. Muito provavelmente não resultaria em nenhum outro, noutro contexto. Num jogo em que o Paços, ou fosse quem fosse, estivesse à procura do pontinho, fechado lá atrás e a disputar cada bola como se fosse a última, seria diferente. 

A equipa do César Peixoto quis disputar o jogo pelo jogo. Sabe tratar e trocar a bola, como bem demonstrou em alguns períodos da primeira parte, e até terá acreditado que poderia ganhar a esta espécie de equipa B do Benfica. (Que, e já que vem a propósito, desfalcou, e muito, a equipa do Benfica B que à tarde ganhara no Olival, ao Porto B, no fecho da Segunda Liga. Vi esse jogo no Porto Canal, narrado e comentado por um Miguel não sei quantos e por um tal Bernardino Barros. O Benfica B ganhou por 3 uis a 2 gooooooooolos. Isso mesmo, os dois golos dos portistas B foram berrados à boa maneira da velha rádio - goooooolo até o fôlego aguentar. Para os do Benfica B apenas "ui". Nunca foi golo, foi "ui"). E por isso houve um jogo aberto,  sem truques e com espaço para os melhores jogadores jogarem à bola. E os do Benfica, mesmo estes, são bem melhores que os do Paços, por muito bem trabalhados que estejam.

E foi um regalo ver finalmente Paulo Bernardo a jogar à bola. Encheu o campo, a mostrar ao Taarabt como se faz. Ver o Henrique Araújo a mostrar ao Yaremchuck como se joga  a ponta de lança, e se marcam golos. Ver como todos espevitaram os restantes, para que o João Mário voltasse a mostrar classe, Gil Dias e Meité a parecerem jogadores e até o Helton Leite a parecer que é guarda-redes para o Benfica. 

Os golos, ambos do Henrique Araújo, surgiram no início e no fim da primeira parte, inteiramente do Benfica na primeira metade, mas bem dividida na última. Mas, mesmo sem golos, a segunda parte foi ainda melhor. Pelo menos até á altura das substituições, que deram para as estreias de Martim Neto e Diego Moreira, e para Taarabt e Yaremchuck mostrarem que não aproveitaram muito do que Paulo Bernardo e Henrique Araújo lhes tinham dada a ver. 

Como Coimbra, na canção, os miúdos têm mais encanto na hora da despedida!

E para que acabasse bem uma época tão má, e bonito o que foi horroroso, deu ainda para os benfiquistas presentes no "Capital do Móvel" prestarem um belo tributo ao sempre nosso Nico Gaitan.

Para o ano, há mais. Esperemos que não seja do mesmo. Não vai ser, queremos acreditar!

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Lembranças

  • Eduardo Louro
  • 08.05.22

Pode ser uma imagem de 5 pessoas, pessoas a praticar desporto, estádio e relva

O futebol em Portugal cabe todo no jogo deste fim de tarde, na Luz. Qualidade abaixo de zero, largas dezenas de faltas, jogo parado na maior parte do tempo, e "habilidades" várias. De árbitros e jogadores.

Foi isto que se passou neste clássico, e é isto que se passa no futebol que por cá acontece.

Sabia-se que este jogo podia acabar na decisão do título, na garantia matemática do apuramento do campeão desta época. Bastava ao Porto empatar na Luz, e  desde bem cedo se percebeu que era exactamente isso que procurava do jogo. Ao Benfica cabia fazer tudo para ganhar o jogo. Porque é essa a exigência de sempre, e  porque isso era necessário para impedir que o Porto voltasse a fazer festa na Luz. 

Os maus resultados nas últimas épocas contra o Porto, esta incluída, foram sempre vistos à luz da diferença de competitividade das duas equipas. O Benfica era sempre suplantado pela garra e pela agressividade do adversário, sempre com evidentes dificuldades de resposta na disputa dos lances, fosse pela pressão do adversário sobre o portador da bola, fosse nos duelos individuais. Ficou a ideia que, neste jogo, os jogadores do Benfica quiseram enfrentar essa dificuldade. Que entraram em campo convencidos que teriam de usar as mesmas armas do adversário.

E na verdade o Benfica hoje não tinha outros argumentos e, a gosto ou  a contra-gosto, teria de ser por aí que iriam discutir o jogo. E isso fez lembrar a célebre frase de Bernard Shaw:  Nunca lutes com um porco; ... ficas todo sujo, e ainda por cima o porco gosta. É certo que os jogadores do Benfica lutaram até à exaustão, foram duros, não viraram a cara à luta. Mas, no fim ... o porco gosta.

E o jogo foi isso, não muito mais que isso. Sempre que o Benfica conseguia impor outro ritmo ao jogo lá vinham os mestres a mudá-lo para o lamaçal. Mais uma queda, mais um rebolar na lama, mais uma manha. E lá voltava tudo ao mesmo. Como o porco gosta. 

Na única vez que conseguiu fugir à luta com o porco, teve sucesso. Houve futebol, e golo. Um grande golo, até. Só que ... não vale. Não pode valer. E então arranjam-se dois centímetros para não valer. E no fim, ao quarto minuto dos seis de compensação, já esquecidos da missão que tinham levado para o jogo, deixaram que um adversário interceptasse uma bola na sua área e corresse com ela o campo todo sem ninguém pela frente até à baliza.

Se o jogo tinha sido mau, se a lata tinha tido apenas dois centímetros, e se o empate já lhes dava direito a voltar a fazer a festa em nossa casa, o pior nem era perder o jogo. Era perdê-lo aos 90+4 com um golo ... de Zaidu!

Depois de nos termos lembrado da frase do dramaturgo irlandês, acabamos a lembrarmo-nos de um tal Kelvin.

 
 

 

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