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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Parabéns meninas!

Com a conquista, hoje, no Jamor, da Taça de Portugal, a equipa feminina de futebol do Benfica ganhou tudo o que havia para ganhar. Tudo - Supertaça, Taça da Liga, Campeonato e Taça de Portugal!

Tratando-se de futebol, e do Benfica, dá vontade de perguntar se tudo foi tão diferente apenas e só porque são mulheres.

Sem resposta, ficam os parabéns àquelas fantásticas meninas!

Tetra

Conheça melhor o Lyon, adversário do Benfica na Liga dos Campeões feminina

Depois de uma brilhante participação na Liga dos Campeões, caindo apenas nos quartos de final frente ao Lyon (oito vezes campeãs europeias), de vencer a Supertaça e a Taça da Liga, a equipa feminina de futebol do Benfica acabou de conquistar - desta vez mais difícil, acabando até por ter chegado a estar em risco - o tetra. Ganhou o campeonato nacional pela quarta vez consecutiva!

Falta ainda disputar a Taça de Portugal. E ganhá-la, para que estas meninas ganhem tudo o que por cá há a ganhar!

Parabéns meninas. São o nosso orgulho. E não é por serem o pouco que apenas nos resta...

 

Obrigado raparigas

Portugal 0-0 Estados Unidos :: Mundial Feminino 2023 :: Ficha do Jogo ::  zerozero.pt

Chegou ao fim a epopeia das "navegadoras". Sem particular glória, mas com honra. E com justificada esperança para o futuro.

Não para as "navegadoras" - esta rebuscada ideia de encontrar cognomes mais ou menos épicos é tão portuguesa como o fado, o fado de "f" minúsculo marcado pelo destino, mais, ou menos, trágico - mas para estas raparigas que deram expressão à selecção nacional de futebol feminino. 

O primeiro apuramento para o Mundial tinha sido difícil, e garantido á última hora, como é tão português. Garantida a participação na competição máxima do futebol, o sorteio não fora simpático, mandando as "navegadoras" para a turbulência de um grupo agitado pela presença das bi-campeãs mundiais e das vice-campeãs em título. Que naturalmente esgotavam o favoritismo para para a continuidade em prova.

No primeiro jogo, uma primeira parte assustada e assustadora, condenou-as à derrota no jogo de entrada. A segunda parte desse jogo mostrou logo que os primeiros 45 minutos tinham sido o resultado de uma entrada temerária, e mal preparada. Que aquelas raparigas tinham outro futebol, que não aquele do pontapé de saída. E que esse outro futebol justificava ambição que não tinham conseguido mostrar.

Poderiam ter evitado aquela derrota daquele 0-1 com as holandesas, e acabaram o jogo a provar que mereciam outro resultado. Bastou essa segunda parte para que se abrissem perspectivas para fintar o destino.

No segundo jogo encontraram pela frente a também estreante selecção do Vietname, obviamente a mais fraca do grupo. A enorme superioridade das "navegadoras" foi patente desde o pontapé de saída, e as coisas começaram a correr pelo melhor, com dois golos logos nos primeiros minutos.

Com tudo para construir a maior goleada da competição, que viria a ser conseguida precisamente pelas holandesas perante estas mesmas vietnamitas, nos 7-0 de hoje, a selecção portuguesa  passou o resto do jogo a construir oportunidades de golo, sem no entanto conseguir que a bola voltasse a cruzar alinha de baliza. O 2-0 era um insulto à exibição, e escasso para eventuais necessidades. A selecção americana, que entretanto empatava (1-1) com a dos Países Baixos, já tinha feito melhor (3-0). E a holandesa acabou hoje por fazer muito melhor, no tal 7-0.

Um resultado que não espantaria. Até porque poderia ter sido facilmente atingido pelas portuguesas. E que, por ser esperado, não deixava à selecção nacional outro caminho que não fosse ganhar, hoje, às bi-campeãs mundiais.

Era evidentemente difícil. Mas poderia ter acontecido com aquela pontinha de sorte naquela bola rematada ao poste pela Ana Capeta, já em tempo de compensação. Que foi, de resto, a única clara oportunidade de golo de um jogo muito equilibrado. 

Equilibrar o jogo, e mesmo superiorizar-se à selecção americana em muitos momentos do encontro, como também já acontecera na segunda parte do primeiro jogo com as holandesas, é mais que a vitória moral com que estas raparigas deixaram este Mundial das antípodas. É a demonstração que há que contar com elas para o futuro. E que esta presença no patamar mais alto do futebol mundial no feminino pode deixar de ser uma epopeia, para passar a ser uma normalidade. Ou perto disso!

Kika e mais dez

Benfica conquista Supertaça feminina pela segunda vez em jogo eletrizante com Sporting

Grande jogo de futebol em Leiria, esta noite. No feminino, na final da Supertaça. Sim, na Supertaça do futebol feminino os finalistas apuram-se num torneio a quatro. É uma final, ao contrário do que acontece no futebol masculino. Aí chamam-lhe final, porque querem... 

Teve tudo o que um jogo de futebol pode ter. Emoção, golos, espectáculo e intensidade, tudo embrulhado em futebol do bom. E, como por cá não pode deixar de ser, muitos casos de arbitragem. Mas também muito fair-play, dentro e fora do relvado.

Só ficou decidido no prolongamento, para onde foi empurrado pela arbitragem e, tem de dizer-se também, pela guarda-redes do Sporting. Não sei se não será melhor que o Adan, mas é muito melhor que o Porro.

As jogadoras do Benfica fizeram tudo para resolver as coisas nos 90 minutos, mas foram obrigadas a meia hora extraordinária. Estiveram sempre por cima do jogo, mas viram-se a perder com um penálti mais que caricato descoberto - melhor, inventado - pelo VAR. A partir daí sufocaram as adversárias, fizeram brilhar a extraordinária guarda-redes do Sporting, chegaram ao empate numa grande jogada de futebol e desperdiçaram uma mão cheia de oportunidades para marcar. Para compor o ramalhete, a 3 minutos dos 90 o VAR convenceu a árbitra a reverter o único verdadeiro penálti dos 90 minutos do jogo. Não admirou, até porque, no outro, já no prolongamento, numa mão na grande área que toda a gente viu, o VAR também teve dúvidas. 

No prolongamento começou tudo finalmente a resolver-se. O Benfica marcou três golos, chegou ao 4-1, e podia ter marcado mais do dobro. Pelo que se viu em campo, se calhar três ou quatro jogadoras davam jeito a Roger Schemidt. Bom, no caso da Kika Nazaré, dá vontade de dizer que seria a Kika e mais dez! 

Não sei se o José António Saraiva viu este jogo. Não viu, provavelmente...

Campeãs - mas mais apetecia dizer "campeonas"!

Benfica bate Sporting e sagra-se campeão de futebol feminino - Futebol  Feminino - SAPO Desporto

 

A equipa feminina de futebol do Benfica sagrou-se ontem campeã nacional, ao vencer categoricamente em Alvalade a do Sporting, por 3-0, na última jornada do campeonato, no terceiro ano da sua existência. No primeiro passeara pela segunda divisão, e conquistara a Taça de Portugal, no segundo liderava a competição com a do Sporting quando foi interrompida por razões da pandemia e, no terceiro, para já, ganhou a Taça da Liga e o campeonato.
 
Foi um bom espectáculo de futebol, bem disputado e, boa parte dele, bem jogado. Com algumas curiosidades, em especial quando - inevitavelmente - comparado com o futebol masculino. A pedra angular do futebol é o passe e a recepção. O resto é a criatividade individual e a intensidade. E na realidade apenas no capítulo da recepção, pelo que se viu neste jogo, o futebol apresentado pelas meninas ficou alguma coisa a dever ao masculino.
 
O primeiro golo surgiu bem cedo, aos 5 ou 6 minutos, numa grande jogada da Cloé Lacasse (a melhor em campo) concluída exemplarmente pela Nycole. E foi determinante, já que, com mais dois pontos, e em vantagem num jogo em que o empate lhe servia, ao Benfica passou a bastar controlar o jogo. Ao invés, obrigou o Sporting a desgastar-se na procura dos golos a que nunca chegaria. Nem a grandes oportunidades para isso.
 
As melhores oportunidades acabaram por pertencer ao Benfica, em especial nos últimos vinte minutos do jogo. O segundo golo surgiu aos 83 minutos, pela fantástica Cloé Lacasse. E o terceiro 4 minutos depois, num penalti convertido com classe pela miúda prodígio Kika Nazareth, de 18 anos. 
 
No que toca a futebol jogado as curiosidades têm a ver com a posição adiantada das guarda-redes, em especial Letícia, a do Benfica, que chega a jogar bem próxima da linha do meio campo, sendo parte decisiva da construção do futebol ofensivo da equipa. E com as raríssimas situações de fora de jogo. No resto, uma arbitragem sem controvérsias, e … sem VAR. O que nos dias de hoje dá saudades. 
 
Claro que também lá estiveram coisas de homens. Mau perder e gesto feios, que julgávamos ser exclusivo masculino. Mas perder é perder, no masculino ou no feminino. E custa sempre a quem anda lá dentro. Como foi o caso da Ana Capeta, a jogadora do Sporting que foi expulsa nos últimos minutos, quando perdia por 2-0, e saiu de pirete em riste para o banco do Benfica, acto de imediato reprovado pela sua treinadora. Mas já não foi o de Frederico Varandas que, ainda por cima em ano de tantas vitórias, não deveria ter mandado o fair-play às ortigas.
 
Podia aproveitar esta conjuntura vitoriosa para ser grande na derrota? Poder, podia, mas não era a mesma coisa… E Varandas tem dificuldade em ser outra coisa. O que é pena, porque nunca foi tão fácil fazer a diferença no quadro do dirigismo dos clubes portugueses.
 
 

 

A última fronteira?

Resultado de imagem para campeonato do mundo de futebol feminino

 

Disputou-se no passado domingo a final do Campeonato do Mundo de futebol feminino, que decorreu em França, ganha pela selecção dos Estado Unidos (2-0 à surpreendente Holanda), a mais titulada da modalidade. No final do jogo as bancadas irromperam num cântico que rapidamente saiu do Estádio e e rompeu fronteiras: "Equal pay! Equal pay! Equal pay!"

Pouco antes do início do campeonato do mundo, as jogadoras da selecção alemã, a mais titulada na Europa, tinham já lançado o movimento, com um vídeo que se tornou viral. E que a as jogadoras americanas acabaram de replicar, já depois do jogo decisivo e da erupção nas bancadas de há três dias.

Depois de conquistarem o direito a jogar à bola como os rapazes, de superarem o estereotipo das "gajas não sabem" nem têm condições para jogar à bola e, por fim, de demonstrarem, como fizeram em especial neste Mundial de França, que são capazes de produzir um jogo tão competitivo e tão espectacular como os homens, as mulheres do futebol, que há poucas semanas exigiam apenas reconhecimento - evidente no vídeo das jogadoras alemãs -, exigem agora "equal pay". 

Não que lhes paguem salários iguais aos de Messi e Ronaldo, mas que paguem o jogo, que paguem o espectáculo, como pagam no futebol masculino para, depois sim, pagar às Messis e Ronaldas que por aí há, ou que por aí acabarão por surgir.  

A História aqui não difere muito da do resto das actividades. Apenas andou mais depressa. Talvez por ser a última fronteira ...

 

 

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