Dar-se ao respeito. É isso...
Por Eduardo Louro
Não aplaudo os protestos nas galerias da Assembleia da República. Mas também não os dramatizo, até porque não me parece que alguma vez se tenha verdadeiramente passado das marcas, nem nunca as ordens de evacuação terão deixado de ser acatadas sem problemas de maior.
Dito isto, acho que estes incidentes têm o seu quê de folclórico e pouco mais… Têm a importância que têm, e não a que lhe querem dar!
Não têm claramente a importância que a Presidente da Assembleia da República lhe emprestou hoje com um comportamento – esse sim – desajustado e destituído de bom senso. Na forma – histérica e destrambelhada – e no conteúdo. Aquela dos carrascos é um insulto!
Um insulto grande ao povo e um insulto - que não é menor - a Simone de Beauvoir, que não seria nunca capaz de semelhante coisa. Um insulto de alguém que ocupa o lugar de segunda figura do Estado, a quem, em vez de histerismo, se exige sentido de Estado. Coisa que alguém que, ainda menina e moça, se instalou nos mais apetecíveis lugares da política, sem não mais os largar, que se reformou aos 42 anos e que, impedida de acumular a pensão com o vencimento, descarta o vencimento pelo exercício da função, para ficar com a pensão de uma reforma para que não contribuiu, nunca poderá ter!
Claro que estas coisas ferem a legitimidade. E se não legitimam o protesto indiscriminado, onde quer que seja, deixam-no por lá perto…
Quem não se dá ao respeito nunca se fará respeitar!