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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

É todo um século que vai a enterrar

Jimmy Carter Funeral Live Updates: President Biden eulogized his  predecessor | Reuters

Vai hoje a enterrar Jimmy Carter, numa América irreconhecível. Longe da que deixou a Regan, que com Tatcher abriu as portas do neo-liberalismo e da globalização, certamente sem que presumissem que bastariam pouco mais de três décadas para tudo desembocar num mundo às mãos de gente como Putin, Xi Jinping e Trump. E, mais ainda que do dinheiro de Elon Musk e Zuckenberg, num mundo à mercê da dos seus X, Facebook, Instagram, Whatsapp ...

Num mundo completamente virado do avesso, e pronto para a obediência cega à estupidez!

No século de vida que vai hoje a enterrar, enterra-se um século de Civilização. Precisamente o século XX, porventura um dos mais ricos de toda ela.

Covid-19

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O coronavírus ganhou nome oficial, o que não deixa de ser sintomático. Ganhou importância e chama-se agora Covid-19. Mas não ganhou apenas nome, ganhou a dinâmica das pandemias e a dimensão assustadora de números que crescem diariamente em progressão geométrica, refiram-se a novos casos de infecção ou a mortes.

Ganha força a cada dia que passa que o vírus não se deixa apanhar. É enganador e difícil de detectar em fase inicial, dizem os especialistas. 

E os efeitos não param: cancelam-se feiras e grandes eventos internacionais, cancelam-se voos, suspendem-se correios, reforça-se o isolamento e esvai-se qualquer capital de confiança na China. É a maior ameaça à globalização desde que ela se começou a construir, há trinta anos, e o maior revés nas aspirações chinesas de se tornar na maior potência global do planeta. E é a porta aberta para uma nova crise mundial, porventura bem maior que a do subprime, há uma dúzia de anos.

E em Washington ... há Trump ... 

Pobreza*

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Assinalou-se ontem o dia Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, data foi comemorada oficialmente pela primeira vez em 1992, com o objectivo de alertar a população para a necessidade de combater a fome e a pobreza, cuja erradicação constitui um dos oito objectivos do milénio definidos pela ONU no arranque do século.

Não é o sucesso ou insucesso destas datas comemorativas que me suscitam o tema. Estas datas são o que são e, se não resolvem os problemas que evocam, também certamente não lhe dificultam o combate. Servem acima de tudo para isto, para que se fale das coisas, para que, pelo menos num dia, falemos de problemas com que nos deveríamos preocupar todos os dias.

O problema da pobreza é, há-de ser sempre a mancha mais negra, e a nódoa mais resistente, do desenvolvimento da humanidade. E a desigualdade que lhe está associada a maior nota da incapacidade humana para harmonizar justiça e solidariedade com desenvolvimento.

A nível global, quando o universo estatístico é toda a humanidade, a pobreza está a diminuir a uma taxa sem precedentes. Em 1990, 43% da população mundial, pouco menos de metade, vivia em pobreza extrema, com menos de 1,25 dólares por dia. Actualmente esse número é de 21%, menos de metade.

Sabe-se que este é um resultado da globalização. É inequívoco que a deslocalização industrial, atrás de mão-de-obra muito mais barata, proletarizou centenas de milhões de pessoas nas regiões menos desenvolvidas do mundo, tirando-os da fome, mesmo pagando-lhes mal. Não é menos inequívoco, porém, que essa mesma deslocalização deixou, nos países que abandonou, nas regiões mais desenvolvidas, um rasto de desemprego e um lastro de miséria por onde a pobreza galgou, crescendo a um ritmo pouco diferente do da descida no polo inverso.

E esse é o maior drama do ocidente nos tempos que correm, com preocupantes reflexos políticos e sociais em sociedades incapazes de responder aos complexos desafios dessa nova realidade e onde, acima de tudo, as pessoas estão indisponíveis para aceitar viver um pouco menos bem para que outros, do outro lado, possam viver um pouco melhor. 

 

* A minha crónica de hoje na Cister FM

TPP

 

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Sem surpresa, Trump anunciou que vai retirar os Estados Unidos do Acordo de Associação Transpacífico. Tinha deixado claro na campanha que se opunha a este como a todos os acordos desta natureza, e é conhecido que defende o proteccionismo económico, barreiras e até muros... Não surpreende por isso que tenha começado por deixar cair este  acordo que, sendo um instrumento de globalização,  tinha por objectivo responder ao crescimento da influência da China no Pacífico. E que aguardava ainda ratificação pelo Congresso.

O proteccionismo é o oposto à globalização que, ideologicamente, aproxima campos ideologicamente opostos. Mesmo que nuns a ideologia se resuma a "sol na eira e chuva no nabal". Que, como se sabe, deixa de se chamar ideologia para se passar a chamar pragmatismo. Ou real politik, que é a mesma coisa: mandar os princípios às malvas...

Mas não costuma ser fácil reverter processos históricos!

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