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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Soma e segue

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Enquanto, com o resgate do mais velho banco do mundo, os italianos começam agora a saber o que a vida (dos banqueiros) custa - coisa em que nós vamos muito à frente -, parecendo que têm ainda muito para aprender, o banco que dá emprego a Durão Barroso continua a mostrar que a sabe toda. E a explicar por que dá emprego aos Barrosos deste mundo: é simples, é fácil e dá milhões. Muito mais que os euromilhões: ganham centenas de milhares de milhões com as vigarices - manipulação com transações falsas e relatórios forjados - que todos nós pagamos. Por conta deles ficam os trocos que pagam em multas...

 

Habilidade e destreza

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Durão Barroso referiu-se pela primeira vez, por viva voz e em francês, à reacção da Comissão Europeia à sua contratação pelo Goldman Sachs. E disse, em bom francês que eu bem ouvi, que não tinha feito nada de irregular, e que não compreendia tanto barulho à volta do seu nome, quando Mario Draghi, que foi vice-presidente executivo do mesmo Goldman Sachs, preside ao Banco Central Europeu sem qualquer problema.

Sempre habilidoso, este Durão Barroso... Veja-se bem a destreza com que maneja a ventoínha ...

 

 

 

Humilhação na forma agravada

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“Ao assumir o emprego, o Sr. Barroso será recebido na Comissão não como um antigo presidente mas como um representante (dos interesses do banco) e será submetido às mesmas regras de outros representantes”.

Foram estas as palavras que o presidente da Comissão Europeia, Jean Claude Juncker, escolheu para responder às reservas levantadas pela Provedora de Justiça da UE, Emily O'Reilly, sobre o emprego de Durão Barros no Goldman Sachs. Podem ser ineficazes, e não valer de nada. Por falta de valor intríseco ou até porque Juncker não seja a pessoas mais indicada para lhe acrescentar valor facial. Mas são a humilhação pública de Durão Barroso!

Maior ainda que o número de assinaturas já recolhidas na petição pública, lançada por trabalhadores da União Europeia, que exige a devolução da generosa pensão de reforma, acusando-o de comportamento "irresponsável" e "moralmente repreensível".

 

 

No topo da indecência *

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O título de campeão europeu que Portugal conquistou em França, dando aos franceses mais uma oportunidade para mostrarem o seu chauvinismo desbragado que destila mau perder, deixou o país em festa, a rebentar de emoção.

Nada que comovesse os senhores de Bruxelas, mesmo com Mário Centeno a chegar de cachecol ao pescoço, porventura esquecido que esse não é o adereço que por lá mais apreciem num ministro das finanças. Já fizeram a vida negra a um, e ainda se desconfia que tenha sido pelo cachecol…

Nada que comovesse os senhores de Bruxelas – dizia eu – que continuam a ameaçar-nos com as sanções, sem atar nem desatar, nem sim nem sopas. Mas a fazer mal, a fritar em lume brando.

A maior sanção é a ameaça permanente de sanções. É a chantagem, o medo… Há gente que acha que é chantageando e impondo o medo que se conduz a União Europeia, vejam bem ao que isto chegou. Gente sem interesse, mas cheia de interesses …Como Durão Barroso, que nem sequer hesitou um segundo no momento de dar um autêntico golpe de misericórdia na Comissão Europeia.

Quando, enquanto expressão máxima das instituições europeias, mais precisava de ser prestigiada, reforçada, e credibilizada, Durão Barroso abre a porta directa que dá para a alta finança mundial e deixa-a escancarada para toda a gente ver como os senhores do mundo põem e dispõem do poder na Europa, para a partir daí porem e disporem dos povos.

Não o fez, evidentemente, para nos mostrar mais nada que a sua ambição pessoal desmedida e a forma nada escrupulosa como sempre tratou da vidinha. E que de nada valeu aos seus antepassados na Comissão Europeia terem estabelecido uma generosa pensão – e sabe-se bem como são largas as mãos da União Europeia nestas coisas – para evitar tentações aos seus mais altos representantes na reserva.

Barroso, que nunca teve vida profissional que se lhe conhecesse para além da política, não atingiu o topo da carreira empresarial, como, provavelmente por ironia, afirmou o presidente Marcelo. Limitou-se a atingir o topo da indecência!

 

PS: Procurei uma foto para ilustrar este texto, como faço habitualmente. Pesquisei por "indecência" e, entre muitas fotografias de muitas indecências, lá estava esta. Por isso a aproveitei.

* Da minha crónica de hoje na Cister FM

Esconder as palavras

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Ninguém poderia esperar que os representantes máximos do Estado condenassem a escandalosa contratação de Durão Barroso pelo Goldman Sachs. Tinham razões para o fazer, mas sabíamos que não o fariam.

Podiam ter dito que não ajuda nada a União Europeia - nunca ajudaria mas, nas actuais circunstâncias, pior ainda - esta porta directa para a alta finança mundial que põe e dispõe deste planeta. Que é o expoente máximo da promiscuidade entre poder financeiro e o poder político. Ou, numa dimensão mais doméstica, lembrarem que há um contencioso de muitos milhões entre Portugal (através do Banco de Portugal, no quadro da resolução do BES) e o Goldman Sachs, que tinha já motivado a contratação de José Luís Arnaut, por sinal o mais indefectível dos barrosistas.

Podiam ter dito isto e muito mais. Mas não disseram!

É certo que o lacónico o voto de felicidades de António Costa não escondeu o que a sua expressão facial dizia, mas nem sempre o gesto é tudo. Faltaram as palavras. Faltaram palavras que certamente o primeiro-ministro teria encontrado, se as tivesse procurado.

Palavras que o Presidente Marcelo encontrou, o que não surpreende - esse nem precisa de as procurar, parece que são elas que o procuram a si. Que também não esconderam, elas próprias, o evidente incómodo do Presidente da República.

Ambos têm consciência da gravidade do acto de Durão Barroso. Ambos, na realidade, o condenam. Mas ambos fugiram à responsabilidade de o dizer. António Costa atrás da expressão facial, e Marcelo Rebelo de Sousa atrás das palavras que encontrou: "Isso já não compete ao Presidente da República avaliar."

Compete. Compete, sim. Mais do que de "gostar de ver portugueses reconhecidos em lugar cimeiros" - todos gostamos, não somos invejosos. O que não gostamos é de ver  este português reconhecido naquele lugar cimeiro. E não gostamos que o Presidente da República compare este topo com os da ciência, da cultura e das artes. Porque este é um topo envenenado!

 

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