Habituem-se...
Por Eduardo Louro
Habituem-se porque isto mudou!
Com este sound byte roubado a António Vitorino – da sua lavra o melhor fica-se pela pressa – Seguro pretendeu engrossar a voz, dar o murro na mesa e arregaçar as mangas. Mostrar que saíra de vez de trás dos arbustos…
Mas não conseguiu mais que mostrar de vez a massa de que é feito – uma massa mole, líquida, peganhosa e desprezível. Um molusco em vez de gente!
Sabíamos que, com esta geração que actualmente lidera os partidos da governação, a política tinha chegado ao grau zero. A combinação perfeita entre a mediocridade e a pulhice só podia dar no que deu!
Tínhamos de António José Seguro a ideia que seria eventualmente mais medíocre ainda que Pedro Passos Coelho mas, com aquele ar de sacristia, de quem não parte um prato, julgávamo-lo menos pulha. Puro engano, revelou-se a pulhice em pessoa!
Perante porventura o maior desafio jamais colocado ao partido que lidera, e perante o primeiro teste à sua maturidade e à sua dignidade pessoal e política, pegou na bola e levou-a para casa, deixando o jogo suspenso. E o partido – e também o país – na indefinição, no pântano… E a caminho de um buraco fundo donde dificilmente voltará a sair!