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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Dia de compras

Confiança do Consumidor se estabiliza em maio e Dia das Mães ...

 

Ontem foi dia de compras para o Estado português. Puxou do livro de cheques e comprou praticamente o resto da TAP. Puxou do ... Diário da República e comprou a Efacec.

Na TAP evitou a nacionalização, trocando o certo no cheque imediato pelo incerto num cheque futuro. Mas só isso, só essa parte do cheque. O resto não passa de adiar e engrossar o problema. Evita a falência mas apenas empurrando-a mais para a frente. Para um futuro não muito distante, e para encargos mais pesados, que somarão aos agora tomados.

Completamente diferente na Efacec. Sem cheque, apenas decretando a nacionalização. É que aqui, mesmo que o Estado quisesse, não tinha sequer a quem pagar. Ninguém sabe de quem são as acções de Isabel dos Santos. Arrestadas aqui, penhoradas ali,  apenas se sabe que não são dela. 

E, aqui sim, a resolver um problema que de há seis meses para cá mais parecia uma bola de ténis, de um lado para o outro entre a banca, com créditos e acções a garanti-los, e o governo, a quem sempre quis endossar o problema. 

Trata-se de uma das grandes empresas da indústria nacional, com tecnologia, produto e mercado. E de uma das poucas multinacionais da economia portuguesa. Uma empresa de ponta e rentável, a interessar a muita gente por esse mundo fora. 

Compra mais acertada não podia o Estado fazer. Tanto mais que a fez ao mesmo tempo que anunciava vendê-la... aos potenciais compradores, que não tinham a quem a comprar.

A gorjeta

Jornal i

 

Isabel dos Santos levantou-se, foi-se embora e deixou uns trocos de gorjeta. As autoridades judiciais portuguesas atiraram-se a essas migalhas que nem gatos a bofes, feito com que os jornais enchem as primeiras páginas e as televisões abrem telejornais. 

É que nem reparam que enquanto estão dar este espectáculo estão noticiar que Isabel dos Santos fechou a venda do Eurobic ao galegos da Abanca, e que a EFACEC está a caminho.

Os distraídos de sempre

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Sem surpresa, o Luanda Leaks volta a mostrar-nos a verdadeira face das nossas elites e das nossas instituições. De repente, percebemos que tudo o que todos nós, simples cidadãos comuns, há muito tínhamos percebido, é uma enorme surpresa para quem tem por responsabilidade tomar conta disto.

Portugal constituiu uma plataforma decisiva no processo de enriquecimento ilícito e despudorado de Isabel dos Santos. Lavando-lhe, por um lado, o dinheiro e dando-lhe, por outro, credibilidade internacional. Todos sabemos como o país se pôs de cócoras perante o dinheiro da elite corrupta angolana, é coisa tão recente que nem é preciso apelar à memória. O país precisava de dinheiro, e sabe-se como, em Portugal, a necessidade de dinheiro corre em sentido contrário ao da vergonha. Quanto maior é a necessidade de dinheiro menor é a vergonha!

Por isso, os  que ajudaram Isabel dos Santos a lavar o dinheiro e a imagem, e que foram os facilitadores da sua projecção internacional, vendendo uma história de sucesso em vez de mais uma história de corrupção num país africano pobre, são os mesmos que hoje suspiram ais de preocupação ou anunciam aos sete ventos o corte de relações comerciais. 

Curioso é que, por exemplo, o Banco de Portugal (sempre o Banco de Portugal!), para além de nunca se ter preocupado com a origem dos capitais que cá chegavam, nunca tenha encontrado qualquer problema no facto do banco de Isabel dos Santos ser presidido pelo ministro das finanças que lho entregou nas condições que todos nos lembramos. Ex-ministro que ontem foi dos primeiros a anunciar o corte de relações com a patroa, sem que ninguém saiba muito bem o que isso quer dizer...

 

Luanda Leaks

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Num fim de semana cheio e intenso - também desportivamente, mas esse não é para aqui chamado -, que parecia ter o seu ponto alto nas directas do PSD, onde a confirmação de Rui Rio não  parece nada acabar com o clima de guerrilha interna há muito instalado no partido, o melhor estava reservado para o fim. É normalmente assim!

A divulgação dos dados encontrados pela investigação do Consórcio Internacional de Jornalistas, já conhecida por Luanda Leaks, acabou por fechar o fim de semana lá bem em cima. Não é que nunca tenhamos ouvido falar em qualquer das situações agora reveladas; a maior parte do que acaba de ser revelado não é novidade, e muito menos surpresa. Mas uma coisa é a percepção pelo rumor, outra é a revelação de dados investigados e confirmados, com nomes, números e datas. Mesmo que, como já vimos noutras investigações do mesmo Consórcio, e noutros Leaks, muita coisa acabe por dar em pouco mais que nada. 

Para já, Isabel dos Santos já não vai a Davos. Foi-lhe retirado o convite. E provavelmente terá que rapidamente se afastar de todos investimentos em que o seu nome não esteja escondido atrás de complexas e espessas teias de holdings e off-shores.

Até porque não foi apanhada desprevenida. Percebe-se isso quando, uma mulher que sempre fugiu da exposição mediática, que nunca se deixou aproximar de jornalistas, e que fez de fotógrafos verdadeiros inimigos, reage de imediato no Twitter, mesmo que recorrendo a velhas e gastas acusações de racismo e colonialismo. Como já se tinha percebido pela entrevista à RTP, a primeira de toda a sua vida, difundida na passada quarta-feira, onde nos deixara com uma ideia de fuga para a frente com o alto patrocínio da televisão pública portuguesa.

 

Inaceitável

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O governo empenhou-se na solução do problema do BPI, e tudo parecia ter acabado em bem, livrando o Banco das pesadas sanções do BCE. 

O acordo entre Isabel dos Santos e os catalães do La Caixa foi dado por certo à CMVM, e ao próprio BCE. Nos últimos dias começou a notar-se algum recuo do lado da filha do presidente angolano, e percebeu-se que nada era assim tão definitivo. Que havia trunfos na manga...

AcaResultado de imagem para isabel dos santos e carlos costabamos de perceber que Isabel dos Santos tinha pendentes umas declarações de idoneidade do Banco de Portugal, entre as quais a da sua própria idoneidade. E que, de pé atrás, terá achado prudente esperar que o Banco de Portugal despachasse o assunto para, então sim, assinar o acordo.

A verdade é que Isabel dos Santos, sem nunca ter invocado essa condição, fez depender a confirmação do acordo no BPI da atribuição de idoneidade para a nova admnistração do Banco BIC, que vai substituir Mira Amaral, de saída para a reforma. E a verdade é que isto é chantagem. E é inaceitável!

Mas há o outro lado. Não custará muito a admitir hipotéticas razões que justifiquem que o Banco de Portugal, bem menos criterioso em tantas outras circunstâncias, recuse a idoneidade a Isabel dos Santos (é isso que está em causa, evidentemente). Mas custa ainda menos admitir que, depois do envolvimento do governo na solução do caso BPI, ao que constou com o comprometimento num reforço da posição accionista de Isabel dos Santos no BCP, este seja mais um espisódio da guerra (ab)surda entre o administrador do Banco de Portugal e o governo. Dificilmente poderá deixar de ser mais uma batalha na guerra entre António e Carlos Costa... O que  não é menos inaceitável!

 

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