Há gente que sabe que só consegue sair da sua irrelevância pela porta do disparate. Estão mesmo convencidos que, quanto mais aberrante for a alarvidade, mais engalanada fica essa porta de saída. São sempre os mesmos, mas um há que é sempre mais o mesmo.
Mas, ir a botar palavra aos jotinhas populares para declarar Portas o melhor ministro da defesa que o país conheceu, juntar a essa declaração orgulho no negócio dos subamarinos, à conta do qual há gente presa em todo o lado menos neste cantinho cheio de gente desta, só o torna ainda mais irrelevante. Para não utilizar outro (des)qualificativo...
O Chefe de Estado Maior do Exército apresentou a demisão, pela tradição homofóbica das gentes das armas. A Joana Vasconcelos disse umas palermices, na tradição dos artistas do regime. João Soares ofereceu umas bofetadas a uns cronistas, no melhor da velha tradição republicana, agora que já não há duelos. Francisco Louçã fez sucesso no Conselho de Estado com a sua gravata azul. Ó pá... lá se foi a tradição...
Foi altamente louvável que, na arquitectura deste governo, a Cultura regressasse a um Ministério próprio. Esteve longe de ser consensual, e perto de reprovável, que a pasta tivesse sido entregue a João Soares...
Se isto precisasse de explicação, ela teria sido dada ontem. Mais que lamentável, o comportamento de João Soares foi indigno da Cultura que tutela. E indigno de um ministro do que quer que seja, quanto mais da Cultura... João Soares não se limitou ao enxovalho gratuito de uma figura da cultura como António Lamas. Enxovalhou-o publicamente para dar um tacho a um amigalhaço e a um correligionário maçon, tanto quanto se diz incompetente, que faz da vida uma carreira de nomeações.
Creio que é esta a primeira vez que João Soares está ministro. Mais que ser a última, deveria ter sido curta. Hoje já lá não deveria estar!
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