Com a confirmação de Maria Begonha, os jotinhas socialistas deram mais um forte contributo para a descredibilização dos partidos, para a convicção de que são irreformáveis, e para a ideia que as organizações das juventudes partidárias não são mais que escolas dos vícios dos mais velhos.
É pena que nos partidos políticos ninguém perceba isto.
No dia em que na Assembleia da República se discute, mas não vota - o que é bom para o (bom) funcionamento da dita geringonça -, o Programa de Estabilibilidade (não sei se ainda se pode chamar de crescimento, se nunca dá para crescer) para Bruxelas ver - e que bem se poderia chamar, com sotaque, para ter mais estilo, "vá... me engana, que eu gosto" -, volta a falar-se da legalização da prostituição.
Não, não é o Bloco. Desta vez é a JS, que há muito se não via por estas paragens. Quem faz trabalho sexual tem de ter direito a protecção social e a reforma, defende - e bem - o deputado João Torres, Secretário Geral da Juventude Socialista. Acredito até que, legalizada, passe a ser uma actividade pouco dada à evasão fiscal, dispensando assim os governos de medidas como as que implementou sobre os cabeleireiros e as oficinas de automóveis. A curiosidade fica para a resposta à sacramental pergunta: "com, ou sem número de contribuinte?"
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