Não é a primeira vez que aqui trago capas do i, que é, para mim, sem qualquer dúvida, o líder destacado do campeonato das primeiras páginas dos jornais portugueses. Hoje, esta das laranjas, mesmo com muitas muito azedas, é deliciosa!
Os valores recorde da produção de laranjas podem nem casar muito bem com a agitação laranja que por aí anda, e que, pelo menos até à próxima terça-feira, vai continuar a dar mais batatada que laranjada. Mas que é uma capa cheia de sumo, lá isso é!
A Holanda – uma das favoritas – está em maus lençóis. É uma túlipa murcha e uma laranja espremida, sem sumo.
Tinha pela frente a difícil – mas não a impossível tarefa, como a selecção nacional tinha deixado no ar no primeiro jogo – de ganhar à Alemanha. Até entrou bem no jogo, pertencendo-lhe mesmo a primeira oportunidade do jogo, mas depois o vendaval alemão levou tudo à frente. Aos 24 minutos já Mário Gomez, o suspeito do costume, traçava o destino do jogo, com um golo soberbo: passe fantástico de Schweinsteiger, recepção com um pé, rotação e remate com o outro! A partir daí a Holanda desapareceu do jogo e sucederam-se as oportunidades para a Alemanha, com o segundo golo a surgir aos 38 minutos e o apito final da primeira parte a coincidir com mais uma oportunidade clara de golo.
O primeiro quarto de hora da segunda parte foi mais do mesmo. Esperava-se apenas pelo terceiro golo alemão, que acabaria por não surgir. Surgiu, isso sim, uma ligeira reacção da selecção holandesa, que renderia o 2-1 final, num bom golo de Van Persie aos 73 minutos. Um golo que a Alemanha nunca deixaria que fosse ameaçador, controlando em absoluto o jogo através de uma pressão alta permanente. Sintomática a forma como a Alemanha jogou os últimos minutos, em plena pressão sobre a área holandesa.
Como é diferente esta mentalidade!
Nada está decidido no grupo, mas ninguém acredita que a Alemanha não só se qualifique, como deixe de assegurar o primeiro lugar do grupo. O afastamento da Holanda, apesar de difícil de evitar, não está garantido. Cabe à selecção nacional esclarecê-lo! E ao mesmo tempo tratar da sua vidinha…
A Alemanha nesta altura confirma-se como o principal favorito. A mais jovem equipa da competição revela uma maturidade ímpar. Agarra o jogo e não o larga, domina todos os momentos do jogo - como dizem os entendidos – e não tem pontos fracos. Ou se os tem, sabe escondê-los. E o espanhol é um ponta de lança fabuloso. Do melhor que lá está!
A Holanda é, para já, a decepção maior. Uma equipa desequilibrada que, defendendo daquela maneira, não há Roben, Van Persie, Huntelaar ou Sneijder que lhe valham. Nem de nada lhe vale ter só os dois melhores marcadores das ligas inglesa e alemã.
Alguém dirá que esta é a mesma selecção, com o mesmo treinador, que esteve na final do último mundial?
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