Retoma
Depois do "melhorzinho", na Madeira, hoje mais um bocadinho melhor, na Luz, na selagem do apuramento para a fase a eliminar da Liga Europa, perante a equipa polaca do Lech Poznan.
Foi um bom jogo, este que o Benfica hoje realizou. E um bom resultado - 4-0 é sempre bom. Foi bom marcar quatro golos e, dadas as circunstâncias, foi muito bom não sofrer. Há muito tempo, e muitos jogos, que isso não acontecia.
O início do jogo não prometia nada disso. O Benfica entrou francamente mal, e os primeiros minutos foram mesmo muito maus. A equipa polaca também não podia muito, e o primeiro quarto de hora foi impróprio para um jogo de competições europeias. Aos poucos as coisas foram melhorando, o futebol do Benfica foi crescendo, e a equipa começou a soltar-se.
Quando aos 36 minutos surgiu o primeiro golo - o primeiro de Vertonghen no Benfica, que já tardava - já o jogo o justificava. Poderiam até ter surgido mais, porque o Benfica dominava claramente o jogo, mas não tem tudo era perfeito. Os jogadores perdiam demasiados passes, alguns deles evidenciando falta de confiança e de concentração competitiva.
No arranque da segunda parte o futebol do Benfica melhorou consideravelmente. O resultado no entanto permanecia no magro e arriscado 1-0. Os dois golos em dois minutos, à beira do primeiro quarto de hora, resolveram tudo. E deram consistência à exibição, que a partir então atingiu níveis muito bons. Tiveram duas coisas em comum: recuperação da bola em zonas adiantadas do terreno, e finalização de excelência. De Darwin, no segundo, e de Pizzi, no terceiro.
O jogo interior do Benfica, hoje uma constante, chegou a ter momentos de brilhantismo. E parecia que o quarto, o quinto ou até o sexto golo não passariam de uma questão de tempo. Até porque as substituições - cinco, ao todo - não tiravam qualidade à equipa. Só deu para o quarto, mais um belo golo, desta vez do improvável Weigl, já na parte final do jogo, ao minuto 89.
Final do jogo que confirmava o raro nulo na baliza de Vlachodimos, graças a uma grande defesa a um remate que ressaltara num colega, e que levou a bola a encaminhar-se junto à barra para dentro da baliza. E como era importante nesta altura não voltar a sofrer golos!
Não dará para garantir que o mau tempo já tenha passado, até porque este adversário revelou-se muito fraco, e não colocou na realidade grandes problemas. Troca bem a bola quando tem espaço, como toda a gente. Nada de mais para além disso. Mas, em cima das indicações que a equipa já dera no último jogo, dá para acreditar na retoma. Que é bem precisa!