Já ninguém tem dúvidas. Isto não está a ser fácil. Nem vai ser fácil... A equipa está longe da forma de há bem pouco tempo e, à excepção do guarda-redes - do fantástico Ederson - e dos dois centrais, todos os outros jogadores estão bem abaixo do seu melhor. Por cansaço, evidentemente que sim. A exigência física e mental tem sido imensa, e equipa está eprimida, já deu tudo... E não foi pouco, como toda a gente sabe!
E depois há o outro lado. Os adversários aproveitam os jogos com o Benfica para correr como nunca correm. Fazem desses os jogos das suas vidas...
O Vitória de Guimarães, hoje, não foi diferente. Os jogadores correram como nunca, bateram-se (e bateram) como nunca e, enquanto não sofreram o golo, mandaram-se para o chão como nunca. E como todos os que têm sido os adversários do Benfica nos últimos jogos ...
A primeira parte foi exactamente assim: os jogadores da equipa de Guimarães passaram mais tempo no chão que de pé. E quando não estavam no chão a sua principal preocupação era deixar lá os do Benfica, sempre com a complacência do árbitro, devidamente pressionado durante a semana, como é hábito.
A segunda foi substancialmente diferente, porque o Benfica chegou ao golo logo no primeiro minuto. Golo que fez bem ... ao Vitória. Pelo menos à saúde dos seus jogadores, que não mais precisaram de assistência médica. E como tinham descansado muito, deitados no chão, durante toda a primeira parte, estavam frescos para continuar a fazer daquele o jogo das suas vidas. Não estou nada convencido que, jogando daquela maneira, o Vitória fosse já em onze jogos consecutivos sem ganhar...
Criaram duas ocasiões, melhor, aproveitaram dois erros, um de Renato Sanches e outro de Jardel (também os tem, às vezes acontece), para as suas duas oportunidades de golo. Contra três ou quatro do Benfica, uma delas num remate á barra do Raúl Jimenez. Que brilhou ainda num espectacular remate de letra em cima da linha final, que o guarda redes minhoto desviou, sem que o árbitro visse.
Mas não deixa de ser curioso que, entre os dois jovens e excelentes guarda-redes, quem mais tenha brihado tenha sido o do Benfica. Que começa já a ter um lugar especial na conquista do título, se vier a ser o caso...
Ah... Já me esquecia: o Sérgio Conceição é um artista. Mas já toda a gente sabia disso...
Era mais ou menos consensual que o jogo de hoje, em Vila do Conde, era decisivo para as contas do campeonato. Ganhando-o, como aonteceu, o Benfica não deixaria fugir o título desta época: o tri, que foge há 40 anos. O 35!
Lembro-me - lembramo-nos todos os benfiquistas - que há três atrás também se passou qualquer coisa semelhante. Então na Madeira, no jogo com o Marítimo. Como hoje, o Benfica ganhou. Como hoje, ficavam a faltar três jogos: dois em casa e um fora, como hoje. No jogo seguinte, na Luz, o Estoril, com um empate, estragou a festa. O resto da história já se conhece...
Começo por aqui exactamente para dizer que este jogo de hoje era tão decisivo como será o próximo. Era o mais importante porque era o próximo. Agora é o próximo, na sexta-feira, na Luz, com o Vitória de Guimarães!
Se o Benfica tinha - e queria - ganhar este jogo, o Rio Ave não queria mais que empatá-lo. Desde cedo se percebeu isso. Mesmo sendo dada como uma das equipas que melhor futebol pratica neste campeonato, o Rio Ave não fez nada de muito diferente do que têm feito os últimos adversários do Benfica: só defendeu... e queimou tempo. É certo que não defendeu como os dois últimos (Académica e Vitória de Setúbal), com dez jogadores à frente do guarda-redes. Tem outros argumentos, e conseguiu na maior parte do tempo defender um pouco mais á frente. Também não foi tão exuberante a queimar tempo, mas fez bem a sua parte....
O Benfica, que queria e tinha de ganhar o jogo, não foi mais competente - tem de dizer-se - que o Rio Ave na perseguição aos seus objectivos para o jogo. Entrou logo com uma grande oportunidade, mas depois, até ao fim da primeira parte, só conseguiu criar mais outra. Com pouca velocidade, com Renato Sanches e Pizzi longe do que têm feito, e com a bola a sair das alas sempre bem antes de chegar à linha final, o Benfica não conseguia desiquilibrar a certinha equipa do Pedro Martins.
Na segunda tudo foi diferente. Ao conseguir meter mais velocidade - e com a subida de rendimento do Renato - o Benfica encostou o Rio Ave lá atrás. Que passou a defender com toda a gente em cima da área e, como sempre que assim é acontece, os erros começaram a aparecer. E as oportunidades de golo, umas atrás das outras... Até ao golo, na menos construída das muitas oportunidades. E no maior de todos os erros da equipa que não os cometia...
Porque é assim que se ganham os jogos: indo para cima do adversário, envolvendo-o, obrigando os jogadores adversários a sair das suas posições, a correr atrás da bola, a perder a concentração. Os decisivos e os outros!
É isso que a equipa tem de continuar a fazer nos três (já agora, nos cinco, porque a Taça da Liga também conta) jogos que faltam. O resto é com os adeptos, que continuam a encher todos os campos por onde o Benfica passa. E a Luz, como voltará a acontecer já na sexta-feira.
Há coisas inexplicáveis, que ultrapassam qualquer capacidade de entendimento.
Percebe-se que, às vezes, os jogadores entrem a dormir. Percebe-se que às vezes tenham alguma difculdade em perceber que o jogo começa logo que o árbitro apita. E que também só acaba ao último apito.
Percebemos que os jogadores do Benfica tivessem entrado a dormir, e sofrido um golo na bola de saída, aos 10 segundos. E percebemos como esse golo serviu de despertador. Como os jogadores acordaram e partiram para meia hora de sonho, mas bem acordados. A alta velocidade e numa pressão asfixiante sobre o adversário, com as oportunidades de golo a sucederem-se a um ritmo alucinante. Mas tanto volume e tanta qualidade de jogo, e tanta oportunidade só deu dois golos: aos 20 e aos 24 minutos.
O que não percebemos é que, consumada a reviravolta, feito o segundo golo, a equipa tenha começado a desligar-se do jogo. Os últimos 10 minutos da primeira parte já foram uma chatice. Mas nada que fizesse esperar o que estava para vir...
Com o arranque da segunda parte os jogadores começaram a desaparecer. Um a um, todos foram desaparecendo e à passagem da hora de jogo já só lá andavam as camisolas, como que transportadas por fantasmas apostados em assombrar a noite da chuvosa da Luz. Valha que o Ederson ficou até ao fim - foi o único!
A partir dessa altura, dos 60 minutos, no Estádio ou em casa, em frente ao televisor, apenas se esperava pelo golo do Setúbal. Sentia-se que o Benfica não conseguia mais voltar a um jogo que já só tinha para dar o golo do empate. A cada minuto que passava mais se sentia isso. Não eram os briosos jogadores do Vitória de Setúbal que assustavam; eram mesmo os do Benfica.
De tal forma que, mesmo no fim, e como o adversário não conseguira criar uma única oportunidade nessa assustadora meia hora final, Pizzi, que não sabia o que era acertar um passe havia mais de uma hora, resolveu efectuar um passe a rasgar a sua própria defesa e isolar um avançado adversário. Valeu que o Ederson não se tinha ido embora, e com a sua incrível rapidez de decisão e de execução - verdadeiramente única - evitou o golo. E o empate. E sabe-se lá mais o quê...
Os adeptos, que voltaram a encher a Luz - mais de 55 mil numa segunda-feira! -, puxaram pela equipa. Deram-lhe todo o colinho, mas também se cansaram. E assobiaram, pela primeira vez desde há muito tempo.
Porque foi mesmo mau demais. Não há ressaca de Champions que consiga explicar o que se passou esta noite... Mas também não é fácil explicar a passividade de Rui Vitória perante aquela segunda parte. O homem é de gelo?
Desafiava mixed feelings este jogo de Coimbra. Por um lado a Académica, pelo baixo rendimento competitivo que vinha apresentando, nunca poderia ser um adversário a impôr muitos receios. Mas, por outro, com uma das sobrevivências mais ameaçadas, e sabendo-se como este tipo de ameaças são capazes de fazer de fraquezas forças, não poderia deixar de ser um jogo complicado. Pelo lado do Benfica, sabia-se que vinha de duas boas exibições: uma caseira, verdadeiramente empolgante, e outra, em Munique, francamente animadora, apesar do resultado. Mas sabe-se também como são difíceis estes jogos que se seguem a cada jornada europeia. É dos livros...
Logo que a bola começou a rolar percebeu-se ao que a Académica vinha. Começou a defender com onze atrás da linha de meio campo para, logo a partir dos primeiros dois minutos, passar a defender com os mesmo onze mas já em cima da sua grande área. Percebia-se que, a jogar assim, podia retardar o golo do Benfica. Mas não conseguira adiá-lo por todos os 90 minutos, seria praticamente impossível.
As coisas mudaram de figura quando, aos 17 minutos, na primeira vez que conseguiram descer à área benfiquista, o Eliseu assistiu autenticamente um jogador adversário para o golo da Académica. Não que o jogo tivesse mudado alguma coisa, que não mudou. Mas porque quando se está a perder o retardar do golo tem consequências mais complicadas.
Os jogadores da Académica continuavam lá bem atrás, donde nunca saíam, com marcações muito em cima, roubando tempo e espaço aos do Benfica. Sem espaço e sem tempo para dominar a bola, a vida não estava fácil. O antídoto é qualidade no passe, para facilitar a recepção, e velocidade de execução, coisas que o Benfica parecia não ter levado para Coimbra.
A tudo isso juntaram ainda os jogadores da Académica, durante todo o tempo, um assinalável conjunto de práticas de anti-jogo, de faltas sucessivas a simulações de lesões, umas atrás das outras, tudo com a complacência do árbitro mais pressionado desta semana. Na próxima irá ser outro, naturalmente...
O jogo teve realmente tudo para poder correr mal. Acabou por não correr mal de todo, salvando-se o resultado. De indiscutível justiça!
O Benfica não entrou bem no jogo. Bem, muito bem mesmo, entraram os adeptos, mais de 60 mil, que no minuto de silêncio de homenagem ao magriço e sportinguista Fernando Mendes acabaram por encontrar nas palmas a forma de abafar (o verbo está na moda, lá voltarei) a arruaça de uma meia dúzia. E bem, também muito bem, entrou o Braga, com 10 minutos extraordinários, a superiorizar-se claramente ao Benfica e a criar duas claras oportunidades de golo, uma das quais numa bola ao poste, no primeiro minuto.
A partir daí, e ainda antes de atingido o primeiro quarto de hora, o Benfica conseguiu libertar-se daquela teia, subiu no terreno e começou a pressionar o adversário logo à saída da sua área, invertendo por completo o que vinha sendo o jogo. Os erros, e os passes falhados na primeira fase de construção, que até ai tinham atingido o Benfica, passaram a acontecer no outro lado. Quando, aos 17 minutos, surgiu o primeiro golo, exactamente em consequência directa dessa pressão alta, já o Benfica tinha recuperado duas ou três bolas nas mesmas circunstâncias.
A partir daí o Benfica abafou - lá está o verbo de volta - o Braga por completo, fazendo desaparecer do jogo aquela que, na opinião de muito boa (ou talvez não) gente, era a equipa que melhor futebol pratica em Portugal. E fazer isso, fazer eclipsar a excelente equipa do Braga, é coisa que ainda se não tinha visto por cá.
No regresso para a segunda parte o Benfica refinou ainda mais o jogo, chegando a atingir aquilo que vulgarmente se designa por baile. Foi isso - o Benfica deu baile!
Foram cinco, mais cinco golos da máquina de os fazer, bem poderiam ter sido mais. E um sofrido, de penalti, no último lance do jogo. O penalti que os adversários tanto têm reclamado chegou finalmente. Não foi a pedido, foi mesmo penalti. Desnecessário, evitável, mas penalti. Quando houve razões para um árbitro o assinalar, o penalti aconteceu. Nada de mais. É isso que se pretende, seja um ano ou um jogo depois. O resto, é o resto é conversa de quem vem atrás!
Se há jogos que valem um campeonato, este de hoje, no Bessa, poderá ter sido um desses. O Benfica procurou o golo desde o primeiro minuto, mas a verdade é que só o encontrou ao nonagésimo segundo dos 95 minutos que o jogo teve. Até por isso, pelo minuto 92, fica a ideia que este há-de ser um jogo para a História deste campeonato.
Não foi bem jogado, mas foi muito disputado e muito marcado pelas circunstâncias. De um lado um Boavista moralizado, que vinha de um excelente resultado (3-0 ao Marítimo, no Funchal) que lhe permitira fugir dos lugares de despromoção, a jogar forte e feio, correndo como se não houvesse amanhã, o que lhe permitia multiplicar os jogadores em campo. Não diria que o Boavista jogava com o dobro dos jogadores do Benfica, mas lá que parecia que jogava com 15 ou 16, parecia. No ataque, o Benfica jogava sempre em um para três: cada jogador do Benfica tinha sempre três do Boavista em cima, se o primeiro não ficava com a bola os outros dois tratavam do assunto, fosse lá de que maneira fosse...
Do outro, um Benfica cheio de remendos. E desta vez bem à vista, nada disfarçados. Eram muitos os buracos a remendar, mais que de costume, mas os remendos também não eram dos melhores. Se o Samaris já nos mostrou que se safa muito bem a central, a verdade é que ocupa o lugar do miúdo, e obriga a duas mexidas: substitui o Lindelof e este é que acaba por substituir o Jardel. Depois, o Nelson Semedo ocupou o lugar do Andé Almeida que, por sua vez, ocupou o do Fejsa. E vão quatro...
Mas o pior foi mesmo na frente. Para remendar o buraco Gaitan, Rui Vitória socorreu-se do Pizzi, tirando-o da direita para lá colocar o Salvio, que não quis deixar de fora. Não correu bem: Salvio ainda está longe (será que ainda lá chegará?) do que pode valer, e Pizzi, na esquerda, desaparece. E os dois pontas de lança nunca se entenderam, fugindo ambos da área e fugindo a maior parte das vezes para o mesmo sítio. Quer isto dizer que, na frente, para dois buracos - Gaitan e Mitroglou (espero que leve uma boa multa, para não se voltar a esquecer que não pode despir a camisola) - Rui Vitória apresentou três remendos ... Que só não valeram por quatro, porque o Jonas fez aquele golo na única oportunidade que teve. E lá se redimiu...
Nestas circunstâncias - sete ou oito remendos, porque o miúdo na baliza é já outra coisa - o jogo teria de ser, como foi, muito difícil. E a vitória, estes três pontos que seguraram a liderança que já todos víamos a fugir entre os dedos, muito importantes. Até porque fiquei convencido que se o Boavista jogar sempre assim, como fez hoje, não tem problema nenhum com a despromoção!
Sabia-se que este jogo com o Tondela seria complicado. Era um jogo contra o último, sempre a sugerir alguma descompressão, mais a mais logo depois de dois jogos de altíssimo desgaste.
A tudo isto acresceria, como se veria logo que o árbitro Luís Ferreira - apostado em mostrar urbi et orbi que não é benfiquista, ou que, se o é, é-o à maneira do Pedro Proença - apitou para o início do jogo, que os jogadores do Tondela estavam ali para correr muito ... e bater ainda mais. E ainda por cima carregados com aquelas pilhas que duram, duram, duram...
O jogo foi marcado por todas estas coisas, e raramente bem jogado. Em boa parte dele foi mesmo difícil jogar futebol, com os jogadores do Tondela a mais parecerem carraças agarradas aos do Benfica. Basta dizer que a primeira parte não teve mais que uma ou duas jogadas de verdadeira qualidade, embora se tenha que reconhecer que a que deu no segundo golo do Benfica é de verdadeira enciclopédia. Valeu por si só o bilhete. Verdadeiramente espectacular, toda ao primeiro toque. E que toques, cada um melhor que o outro.
A segunda parte não foi muito diferente, embora o jogo tivesse sido mais aberto e dado a muito mais oportunidades de golo. O Benfica chegou aos quatro golos e, ao contrário da primeira parte, onde o aproveitamento fora de 100%, podia ter feito muitos mais. E no último lance do desafio, num contra ataque nascido de uma falta sobre o Pizzi em cima da grande área adversária, naquele que seria o último erro grosseiro do árbitro, o Tondela fez o golo que acrescentou ao jogo a sua última contrariedade.
Sim, um jogo destes teria sempre de trazer algumas contrariedades. Mas eram bem evitadas. Era bem evitado que o Jardel tivesse uma branca, que depois teve que remediar com uma falta que lhe valeu o quinto amarelo - as dos rapazes do Tondela nunca davam amarelo, é verdade! - que o afasta do próximo jogo, no Bessa, voltando o Benfica a ter que se apresentar com um único central. Mais que evitável, verdadeiramente inaceitável é o também quinto amarelo a Mitroglou, por ter despido a camisola a festejar o seu golo. O quarto, o quatro a zero. Difícil de aceitar num profissional.
Imagine-se o que seria se o grego andasse entretido a disputar golos com o Cristiano Ronaldo, o Suarez, o Higuain ou o Ibrahimovic?
Ontem é que deveria ter sido. Ontem é que era o dia de cantar os parabéns. Foi ontem que o Benfica fez 112 anos, e era ontem que lá devíamos ter estado, a cantá-los. Os deuses, ou o tempo, ou os aviões, ou lá o que foi, não quiseram que fosse assim. Ficou para hoje, mas hoje já não era dia...
Por isso os parabéns ao Benfica foram curtos, e os golos também. Magro resultado para tantas e tão gordas oportunidades. Mesmo sem que tenha sido o grande jogo que, se calhar, nunca poderia ter sido. Porque estava muita coisa em jogo... para o próximo jogo.
Mesmo assim deu para confirmar Lindelof, e para mostrar Grimaldo, titular pela primeira vez. Mas também para mostrar como o futebol é tantas vezes injusto: agora com Nelson Semedo. O jogador que era antes de se lesionar, na selecção nacional... E o jogador que não consegue ainda ser... E deu para mais dois golos de Jonas. Mas não deu para Mitroglou continuar a sua extraordinária série de jogos sucessivos a marcar, e fixar um novo máximo. Muito por culpa própria, tantos foram os golos que falhou...
No próximo sábado é que vai ser... Esperemos que voltem os índices de eficácia que decidamente o Benfica perdeu precisamente no jogo em que mais precisava deles. Desde esse jogo com o Porto, nunca mais a equipa regressou aos altos níveis de eficácia que trazia.
O Benfica regressou ao campeonato... e ás vitórias no campeonato, num daqueles jogos em que só podia ganhar. Porque tinha de ganhar, se quer ganhar o campeonato nao pode perder mais pontos - pelo menos até ao jogo com o Sporting, depois logo se vê -, e porque foi a única equipa a fazer o que tinha de fazer para ganhar. Mas sabemos que às vezes não se ganham jogos desses...
Em Paços de Ferreira, com os benfiquistas mais uma vez em maioria nas bancadas, e mesmo sem fazer uma exibição de encher o olho, o Benfica voltou a criar muitas oportunidades de golo. Aproveitou apenas três, mas criou muitas mais, num jogo em que o adversário fez três remates à baliza e um golo, por um jóvem (Diogo Jota) que - diz-se - já é jogador do Benfica . Por sinal o melhor do jogo, mas nem por isso menos consentido...
Com esse golo o Paços chegou ao empate - o Benfica marcara logo aos 13 minutos, por Mitroglou, depois de mais um toque de classe de Jonas - que durou pouco mais que um quarto de hora. Em cima do intervalo o Benfica fez o segundo golo. De penalti. Que não foi na altura contestado, mas que, como sempre, não deixará de o ser por estes dias. Semanas ou até meses, como esperamos... Nas repetições fica a ideia que o Jonas - que foge do contacto físico como o diabo da cruz - evitou o derrube saltando por cima das pernas dos adversários que o tentavam rasteirar. A intenção esteve toda lá, o facto acabou por não acontecer...
Na segunda parte o Benfica geriu o jogo. E a fadiga. E a descompressão, depois de uma série de dois jogos muito exigentes. E os amarelos. E os regressos dos lesionados. E deu para criar mais três ou quatro oportunidades e para a estreia de Lindelof a marcar, na réplica a uma jogada já vista no jogo com o Zenite, então com o Jardel a rematar. Mas ao lado.
No fim fica a ideia de alguma displicência do Benfica, particularmente perceptível logo a seguir ao primeiro golo. Pode ter sido apenas decompressão, mas é bom avisar que facilitar na concentração competitiva é abrir a porta às surpresas...
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