Surpreendentemente e à última hora, Luís Figo apresentou a sua candidatura à presidência da FIFA. E fê-lo na CNN, o que não é de desprezar e poderá querer dizer muita coisa. Desde logo ambição!
Platini, mesmo que institucionalmente a UEFA não apoie qualquer candidatura, já veio dizer que Figo é o melhor candidato. E é unânime que é tempo de pôr fim a uma FIFA velha e cheias de infecções. Opaca e corrupta que Blatter, como no passado Havelange, corporiza!
Não ficam agora dúvidas que Figo, mesmo que não seja um modelo de comunicação, irá ser presidente da FIFA. Se não for já - é difícil que seja - será da próxima!
As circunstâncias em que o Fábio Coentrão foi arregimentado por Sócrates para a campanha, abordadas no texto abaixo, trazem-nos obrigatoriamente à memória a campanha eleitoral de 2009, quando foi Luís Figo a entrar na mesma campanha.
Claro que o Luís Figo não é Coentrão. Apesar de craque e de disputado pelos maiores clubes do mundo, o Fábio é o miúdo de Caxinas, um meio pobre e de pescadores. Por isso surge na campanha de forma também completamente distinta da de Figo: logo á partida, e tanto quanto se saiba e seja possível saber, sem dinheiro. Depois, o ambiente: o requintado pequeno almoço com Figo num hotel de 5 estrelas deu agora lugar a uma sucessiva série de efusivos abraços (e autógrafos para os filhos) no meio das massas e da confusão. Enquanto Figo sabia muito bem ao que vinha – às massas– Coentrão parecia não saber bem o que lhe tinha acontecido no meio das massas… Uma simples questão de massas!
Meios (e métodos) diferentes – muito diferentes - para o mesmo fim. Agora, Fábio Coentrão, rapaz humilde trazido de borla para a fogueira por um cacique local. Então, Figo, conhecido por pesetero, recrutado à custa do dinheiro do Tagus Park – que, como não poderia deixar de ser, era o dinheiro dos nossos impostos, coisa que Figo viria depois a alegar desconhecer, circunstância que, segundo consta, lhe viria a ser muito útil para se safar de males maiores – e de um cacique dos negócios, dos altos negócios: o génio Rui Pedro Soares!
Ambos se terão arrependido. Mas Figo ter-se-á arrependido menos: ele não resiste - nem se arrepende – quando lhe acenam com uns trocos, venham de onde vierem!
Agora até da Tchetchénia! O grande líder tchetcheno, o presidente daquela república russa - Ramzam Kadirov - quis inaugurar na capital – Grosni – um estádio em homenagem ao seu convertido pai, de quem herdou a presidência. A partir de convites pessoais constituiu duas equipas: de um lado, uma selecção de políticos e atletas russos e, do outro, velhas glórias do futebol mundial, a quem pagou prémios que variaram entre os dez mil e o milhão de euros!
Claro que Figo lá estava, não podia faltar! Entre outros, de menos nome, lá estavam também Maradona, Papin, Baresi e Barthez. Apesar de tudo, numa altura destas, antes por lá que por cá…
Acompanhe-nos
Pesquisar
Subscrever por e-mail
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.