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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Dia de presidentes

Desenho contínuo de uma linha Discurso do presidente no dia do presidente  Conceito do Dia dos Presidentes Desenho de desenho de linha única  ilustração gráfica vetorial | Vetor Premium

Ontem foi dia de Presidentes.

Daniel Chapo foi empossado Presidente da República de Moçambique. Sem a presença do Presidente Marcelo, que não quis assinar por baixo. Assinou Paulo Rangel, porque Moçambique não é a Venezuela. Dirá ele, sem se safar da coça que levou do Venâncio Mondlane, o auto-declarado “Presidente eleito pelo povo”.

O Presidente Biden despediu-se da Casa Branca, num discurso em que basicamente disse aos americanos que agora terão que se deitar na cama que fizeram. E anunciou o acordo de cessar fogo, que dura o que durar, e até pode nem chegar a durar, entre Netanyahu e o Hamas. Trump - Presidente dentro de três dias, já no próximo domingo - levantou-se logo da cama para dizer que foi ele que tratou de tudo.

Mas também foi o dia de não a presidente. Centeno acabou a dizer que não vai ser Presidente porque não vai ser candidato. Porque não quer, ou porque não pode, é que não explicou. E não custava assim tanto explicar. Custou-lhe certamente muito mais explicar que queria continuar governador do Banco de Portugal, quando sabia muito bem que o governo lhe viria logo explicar que não.

Que nem pensasse!

Ah ... e foi ainda o dia que mostrou a careca do "presidente dos presidentes". Por muito que há muito, como estava toda a gente careca de saber, tivesse a careca à mostra. 

 

É isto a hipocrisia

O que se sabe sobre o ataque contra torcedores de clube israelense na  Holanda que autoridades dizem ser antissemita

Israel é um país do médio oriente, no continente asiático, que se localiza ao longo da costa oriental do Mediterrâneo, e faz fronteira com o Líbano (a Norte), a Síria (a Nordeste), a Jordânia e a Cisjordânia (a leste), o Egipto e a Faixa de Gaza (a Sudoeste). A Sul tem também uma fronteira marítima, com o Mar Vermelho.

Não importa agora por que razões, nem a velha relação promiscua entre a política e as instituições do futebol, FIFA e a UEFA decidiram que Israel era um país europeu. Os seus clubes de futebol disputam as competições da UEFA, e a sua selecção nacional compete no quadro das competições da FIFA e da UEFA na Europa.

Ontem disputou-se em Amesterdão um jogo de futebol entre o Ajax e o Maccabi - Telaviv, a contar para a quarta jornada da Liga Europa. Os adeptos israelitas foram vistos a retirar bandeiras palestinianas de janelas de casas particulares, e vistos e ouvidos, no estádio e pelas ruas, em cânticos inaceitáveis contra os palestinianos, e os árabes em geral. Entre eles cantavam que "não há escolas em Gaza, porque não há crianças em Gaza".

Há muita gente na Europa - por mim espero que seja uma grande maioria, mas só isso - que acha que a matança de Nethanyahu em Gaza não é tolerável. E que por isso aproveitará a presença de equipas israelitas para manifestar que a opinião pública europeia, ao contrário dos seus representantes políticos, não se limita a assobiar para o lado enquanto Nethanyahu mata e destrói tudo à volta. Protesta e revolta-se contra isso!

O confronto entre uns e outros era inevitável, e houve pancadaria. Da grossa. Mas que os palestinianos de Gaza mediriam certamente por uma brincadeira.

A Presidente da Câmara de Amesterdão, lamentando os confrontos, referiu essa inevitabilidade a partir das provocações dos adeptos israelitas. O primeiro-ministro Dick Schoof, declarou-se  "horrorizado pelos ataques anti-semitas contra cidadãos israelitas". E apressou-se a ligar a Netanyahu, garantindo-lhe que "os responsáveis vão ser identificados e julgados". O Rei, Guilherme Alexandre, também lhe ligou, a expressar-lhe “horror profundo". Disse até que "falhámos para com a comunidade judaica neerlandesa na Segunda Guerra Mundial, e na noite passada voltamos a falhar”!

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, também só viu violência em Amesterdão contra os adeptos israelitas, e uma "inaceitável manifestação de anti-semitismo ou racismo”. Tal e qual o governo português, com Paulo Rangel a condenar "veementemente os actos de violência contra cidadãos israelitas" em Amesterdão. E, claro, também o anti-semitismo.

Era isto só que queria dizer .... É isto a hipocrisia, não é preciso dizer muito mais!

 

Beirute está a arder

Líbano: explosão deixa ao menos 73 mortos e 3,7 mil feridos, diz ...

Beirute voltou a arder. Duas explosões praticamente seguidas e de rara violência - diz-se que provocou ondas sísmicas equivalentes às de um abalo de 3,3 graus na escala de Richter e que foram ouvidas na ilha de Chipre - fizeram regressar o sangue, a morte e o caos a Beirute.

Pensou-se que era o regresso da guerra ao Líbano, um dos mais martirizados do Médio Oriente. Dizem-nos que não. Que se tratou da explosão de cerca de 2.750 toneladas de de nitrato de amónio, há seis anos guardados num depósito junto ao porto, depois de aí terem sido apreendidos, provocada por uma intervenção de soldadura para tapar um buraco que permitiria roubos. Trump no entanto diz que não: "Eu falei com os nossos generais e parece que não foi um acidente industrial. Parece, segundo eles, que foi um ataque, uma bomba".

 

 

Checks and balances

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A eleição de Trump para o topo do poder na maior potência mundial foi vista com preocupação em grande parte do planeta, mas nunca como uma irremediável catástrofe. É que a opinião pública mundial acreditava na rede de checks & balances do sistema político americano, uma democracia institucionalmente bem dotada, ao contrário, por exemplo, do que aconteceria depois no Brasil, com a eleição de Bolsonaro.

À entrada do último ano do mandato, e mesmo com um processo de empeachement em curso, haveria certamente quem pudesse duvidar desta fé no funcionamento das instituições americanas, e quem achasse que Trump fez, e fará, tudo o que lhe apeteceu, e lhe apetecer, e ainda lhe sobrou, e sobrará, tempo. 

Oito minutos bastaram para convencer os últimos resistentes. Foi quanto durou o discurso de Trump de ontem. Um discurso - ninguém terá dúvidas - que não escreveu. Um discurso que lhe mandaram ler, e que leu a preceito e com inatacável pose de Estado. Oito minutos em que saíram da boca de Trump palavras que ninguém acreditaria vir a ouvir, numa postura de todo incomportável com a figura.

Depois dos ataques de anteontem à noite, à hora a que fora assassinado o general Soleimani, às bases americanas no Iraque, esperava-se que tivesse sido dado o mote para a retaliação que Trump desejaria, e para a uma escalada de violência no Médio Oriente de limites incontroláveis. Inesperadamente, em vez de um Trump furioso a confirmar os 52 alvos iranianos a atingir, incluindo as relíquias históricas e de património da humanidade, que anunciara na véspera, surge um presidente americano a dizer que os Estados Unidos "estão disponíveis para abraçar a paz com aqueles que a procuram", a desejar um "óptimo futuro" para o Irão, e até a falar num regresso ao acordo nuclear que unilateralmente rasgou.

Poderão dizer que nada disto passa da mais profunda hipocrisia. Mas não é isso que está em causa, e a hipocrisia é parte integrante da política. Em causa está apenas que a intensa pressão interna e internacional obrigaram Trump, num Momento Histórico decisivo, a fazer tudo ao contrário do que naturalmente, por si só, faria.

Desta vez os checks & balances levaram o presidente americano a evitar a guerra que Donald Trump irresponsavelmente precipitara. Não é coisa pouca!

 

 

Irresponsabilidade premiada

Resultado de imagem para trump não precisa do senado, apenas do seu twitter

 

Como facilmente se previa Trump incendiou o Médio Oriente e colocou o mundo ocidental sob novas ameaças com enorme potencial devastador, tanto mais graves quanto mais evidente se torna a irresponsabilidade que sustenta a escalada de ameaças do presidente americano.

Trump nunca teve a noção da responsabilidade de presidir à maior potência mundial. Sempre achou que a Casa Branca seria um brinquedo com que gostaria de brincar. Por isso a sua relação com a mentira nunca foi nada que verdadeiramente o incomodasse, e revelou-se um mentiroso compulsivo. Por isso a sua relação com as instituições foi sempre secundarizada e o seu sentido do dever uma simples miragem. Por isso Trump acha que não precisa da aprovação do Congresso para desencadear operações de guerra, bastando-lhe anunciá-las no seu Twitter.

E é este homem que a América vai voltar a eleger lá mais para o final do ano. Ou, mais dramático ainda, é assim, é por fazer tudo isto assim, que Trump conta que a América o reconduza para novo mandato na Casa Branca!

 

GENTE EXTRAORDINÁRIA III

Por Eduardo Louro

 

O Secretário de Estado do Turismo – Bernardo Trindade – declarou acreditar que Portugal ganha com a situação que se vive no Médio Oriente. Em entrevista ao Jornal de Negócios, mais tarde confirmada pelo menos a uma televisão, este membro do governo não tem dúvidas em afirmar que a instabilidade naquela zona é vantajosa para Portugal. Porque atinge os nossos concorrentes directos...

Com gente extraordinária como esta no governo, com este sentido de oportunidade – o verdadeiro killer instinct empresarial de gente extraordinária com olho para o negócio – difícil é perceber o estado a que este governo deixou que o país chegasse!

 

 

EGIPTO: O CENTRO DO MUNDO

Por Eduardo Louro

 Comissária da ONU fala em 300 mortos nos protestos (SIC)Escudo de Egipto

 

A revolução iniciada na Tunísia alastrou ao Egipto? É o que se diz!

Até pode ser que seja assim, que tenha alastrado… mas, não é a mesma coisa. Nem mais ou menos!

O Egipto não é o Magreb. Em comum pouco mais têm que o facto de serem governados pelos nossos filhos da puta (a expressão não é minha; é de Kissinger quando, referindo-se a Pinochet, dizia: é um filho da puta, mas é dos nossos)!

O papel do Egipto nos equilíbrios da mais instável região do mundo dos últimos 50 anos é único e decisivo. Como único e decisivo é o papel do Egipto no futuro do radicalismo Islão. No seu incontrolável avanço ou na sua contenção…

O Egipto é o único aliado árabe de Israel e um forte parceiro nos acordos de paz. O Egipto é dos maiores países árabes e a biblioteca do mundo árabe, o seu maior centro cultural. E o principal berço da Al Qaeda…

Joga-se neste momento no Egipto mais que o seu futuro. Mais do que o futuro do Médio Oriente: o futuro do mundo e de uma certa forma de olhar para ele a que chamamos civilização!

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