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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

O bicho da Madeira

Moção de censura aprovada na Madeira

Mesmo que ainda há poucos anos fosse de todo improvável, foi sem surpresa que este governo da Região Autónoma da Madeira, de Miguel Albuquerque, caiu. Já nem deveria ter tomado posse, se bem nos lembrarmos ... Mas Miguel Albuquerque e o PSD entenderam por bem passar por isto, e sujeitarem-se a cair por censura, sem honra nem glória. Por uma moção de censura aprovada por toda a oposição.

Nada disto foi nesta altura surpreendente. Há muito que a moção de censura tinha sido apresentada, e há muito que que toda a oposição anunciara que a aprovaria. Apenas foi empurrada por Miguel Albuquerque o mais possível para a frente.

E também não foi surpreendente que, com um microfone à mão, Alberto João Jardim tenha logo culpado a República disto tudo. Que só quer acabar com a autonomia... Vá lá que se esqueceu dos cubanos. Lembrou-se apenas que só depois de ter saído - "quando quis e não quando de Lisboa o empurraram" - é que o caldo se entornou. Que Miguel Albuquerque nunca conseguiu ter o partido na mão. 

E que o partido ganhou bicho. Da Madeira!

 

 

Fim de linha para Miguel Albuquerque

Miguel Albuquerque oficializa renúncia à presidência do Governo da Madeira

Depois de Alberto João Jardim lhe apontar o dedo da rua - "a Madeira não pode ficar refém de um homem só", declarou, alto e bom som - Miguel Albuquerque já não tinha por onde se segurar. Agora, que o JPP (Juntos pelo Povo, o terceiro partido na Madeira, com nove deputados) anunciou que também vai votar a favor da moção de censura, do Chega, depois de nove anos agarrado ao poder, está a cair desamparado.

Menos de seis meses depois das últimas eleições, oito meses depois das penúltimas. 

Miguel Albuquerque quis ser Jardim. Só que não é Jardim quem quer. É quem pode, e já nem Jardim pode. Nem quer!

Uma coisa e a outra - parte II

Presidente da República recebeu Luís Montenegro

"É ou não a favor da marcação de eleições na Madeira"? - pergunta Anselmo Crespo a Luís Montenegro.

Resposta: "Acho que deve ser empossado um novo governo regional e, no dia 24 de Fevereiro, o Senhor Presidente da República avaliará a situação política na Madeira, e decidirá se marca ou não eleições."

Pois... Já se tinha percebido. Isso é o que PSD (Madeira e nacional) anda a dizer há dois ou três dias. Como não se percebe o interesse num novo governo para governar três semanas. Nem se percebe o que possa fazer um governo novo em três semanas, apenas sobra a ideia de "entalar" o Presidente da República. 

O resto é conversa treta - "uma coisa não tem a ver com a outra"!

Uma coisa e a outra

Uma das maiores operações logísticas de sempre da PJ (que envolveu até a  Força Aérea): 270 inspetores e peritos na Madeira | Novo Dia | TVI Player

A situação política na Madeira não tem nada a ver com a do país. Já percebemos que não. 

Percebemos que não quando Miguel Albuquerque, o primeiro a exigir publicamente a demissão de António Costa, há pouco mais de dois meses, recusou determinadamente demitir-se. Quando Luís Montenegro, o segundo a exigir a demissão de Costa, declarou manter a confiança política em Albuqerque. E percebemos quando, do chefe do governo regional da Madeira sabemos que é, para além de arguido, suspeito de identificados actos de corrupção; enquanto, do chefe do governo do país, continuamos sem saber de que é suspeito. São tão diferentes que até a Polícia Judiciária, que dá sempre nomes sonantes às operações, chamou "influencer" a uma e deixou a outra sem nome, apesar do aparato: um Hercules C-130 (da esquadra bisontes), a aterrar na Madeira com 300 pessoas a bordo, transbordadas directamente para autocarros estacionados na pista, com os parques de estacionamento com a lotação esgotada por carros alugados para a operação.

Como uma coisa não tem nada a ver com a outra, a antecipação de eleições, que no país foi a decisão correcta, é absurda e sem nexo na Madeira - dizem. A melhor justificação para não aplicar na Madeira o que foi decidido para o país, acabou de ser apresentada por Manuela Ferreira Leite: o governo do PS já tinha oito anos; o do PSD, na Madeira, tem apenas dois meses!

Palavras para quê? São artistas portugueses, como dizia o velho anúncio...

 

 

Tudo a tremer

Atlas Quantum é condenada em novos processos judiciais

Ontem a Madeira tremeu. Na escala política, equivalente à de Richter, o terramoto passou do grau 9. Não caiu tudo porque os alicerces são bem fundos. São muitos anos daquilo, uma espécie de construção anti-sísmica com perto de 50 anos. 

Sabe-se que Miguel Albuquerque continua de pé, mas não firme. E sabe-se que, sabendo-se como as coisas foram acontecendo na Madeira nos reinados de Alberto João e Albuquerque, a terra alguma vez teria de tremer. Estranha-se é que tenha acontecido agora, e a partir de denúncias anónimas.

Cá pelo continente treme Luís Montenegro. Mas treme também o regime. Agora com mais violência.

E treme Sócrates, que já esfregava as mãos com a prescrição do pouco que o Juiz Ivo Rosa deixara sobrar. Três juízas da Relação "arrasaram" o Despacho de Instrução de Ivo Rosa, voltaram a confirmar as acusações e enterraram o fantasma de prescrição. Não sei se dá algum ânimo ao regime. Mas devia!

Hoje...

Por Eduardo Louro

 

... Hoje cantou-se Grândola no Funchal. Fez-se festa na tomada de posse do novo presidente da Câmara, falou-se de mudança e de Primavera. Falou-se de cidadania e cantou-se que o povo é quem mais ordena dentro de ti … ó cidade. No Funchal, na Madeira…

Em Lisboa, uma bancária de 50 anos  e de apelido a condizer, cansada do anonimato, para se dar a conhecer decidiu agradecer não se sabe bem o quê à troika. Coitada, não sabe cantar…

SEM VERGONHA NA CARA

Por Eduardo Louro 

 Aumento dos impostos vai custar 160 milhões aos madeirenses em 2012 (DE)

Por todo o lado, os responsáveis mais próximos pelos desastres da sua governação foram afastados do poder, sendo já novas as caras que vieram dar a cara pelos sacrifícios exigidos pelos resgates. Por penalização eleitoral, como em Portugal ou em Espanha, ou por imposição externa, como em Itália ou na Grécia!

Por todo o lado excepto na Madeira. Aí é a mesma cara, uma cara sem espaço para a vergonha. Alberto João Jardim – mais uma vez igual a si próprio, sem vergonha na cara - apresentou a factura aos madeirenses como se nada tivesse a ver com aquilo. Com a impunidade de sempre, como ininputável. Como se não tivessem havido eleições há apenas dois meses, e como se, então, nada houvesse que julgar!

Parece-me que ninguém poderá dizer que a culpa seja só dos madeirenses. Há outros com culpas nesta singularidade insular!

NÃO BASTA FUGIR DA FOTOGRAFIA

Por Eduardo Louro 

 

Alberto João Jardim pretende que as eleições do próximo domingo, na Madeira, sirvam para dar uma sova ao governo e ao poder político de Lisboa.  Ao dizer isto, Jardim não está, apenas e mais uma vez, a exorbitar do seu estilo truculento, populista e demagógico para acicatar ânimos e mobilizar votos que lhe minguem os prejuízos. Ao dizer isto está também a pretender inverter o sentido destas eleições, incutindo no eleitorado a ideia de que elas se destinam a julgar o governo da república e aquela gentalha de Lisboa e não a sua acção e a do seu governo. Está pôr-se de fora, e só não digo a desresponsabilizar-se porque, para isso, seria necessário que ele fosse responsável. E não é, porque não passa mesmo de irresponsável!

Esta inversão do ónus, em que Jardim é especialista, já seria suficiente para desvirtuar os resultados eleitorais do próximo domingo. Se juntarmos o que há décadas se passa na Madeira – o défice democrático, o Jornal da Madeira, o caciquismo, etc. – sobejarão razões para desconfiarmos do que venham a ser esses resultados. Se nada disto é exactamente novo e substancialmente distinto de anteriores processos eleitorais, acresce agora e ainda outra e decisiva razão para fazer destas eleições as mais mentirosas de sempre, e esta da responsabilidade do governo nacional. Ao deixar na gaveta o programa de resgate financeiro da RAM, e permitir que as eleições se realizem sem que os madeirenses saibam exactamente o que os espera, sem conhecer a factura da governação irresponsável de Jardim, o PSD, o governo e Passos Coelho estão a contribuir activamente para que estas eleições sejam, não só as mais fraudulentas de sempre, mas também as mais perigosas para o futuro desta região autónoma.

É que, se todos sabemos que Jardim não terá condições para governar a partir da próxima segunda-feira – em primeiro lugar porque não haverá dinheiro, e Jardim não sabe governar sem dinheiro, sem muito dinheiro e, em segundo, porque, depois de esconder a dívida como escondeu, não têm mínimas condições de negociação com quem quer que seja, em Lisboa ou em Bruxelas – os madeirenses poderão sempre argumentar que foram enganados. E, aí, por Lisboa, já nunca por Jardim! E pelos inimigos da Madeira, essa entidade criada por Jardim á luz dos manuais de Salazar, que transforma os que o contestem em inimigos da Madeira, como Salazar os transformava em inimigos de Portugal.

Passos Coelho não quis ser visto ao lado de Jardim. Mas só isso, nada mais. Não se quis comprometer, mas acabou comprometido! Não basta fugir da fotografia!

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