É assim. Há eleições assim. Se calhar é por isso que, na América, Trump pediu o voto aos cristãos, dizendo-lhes que seria só desta vez. Que, uma vez (mais) eleito, não precisariam de votar mais nenhuma vez: “Cristãos, saiam e votem! Só desta vez, não terão de o fazer mais”.
Um navio comercial a navegar sob bandeira portuguesa chocou com uma lancha da marinha de guerra venezuelana, a norte da ilha de La Tortuga, a pouco menos de 200 quilómetros a nordeste de Caracas. Consta que do choque terá resultado o afundamento do barco venezuelano, e que não há vítimas a lamentar.
O incidente carece naturalmente de investigação, como acontece em todas as ocorrências do género. Para começar, não há como não partir da hipótese de se tratar de um acidente. No fim, confirma-se esta ou outra hipótese e apuram-se responsabilidades.
Para Nicolas Maduro, não é nada assim. Simples e inequivocamente o barco da sua marinha foi brutalmente abalroado num acto de terrorismo e de pirataria internacional. Não há qualquer acidente para esclarecer, há sim um acto terrorista para investigar!
E lembrar-mo-nos nós que ainda há tão pouco tempo se vendiam casas e computadores. E pernis de porco. E promessas de amor...
PS: Quando ia a preencher as tags reparei que, pela primeira vez em muito dias, não tinha qualquer referência ao coronavírus. Escolhi o título e pensei: até que enfim... Foi então que me lembrei que me tinha faltado referir que Maduro proferira aquelas declarações no palácio presidencial de Miraflores, em Caracas, durante a activação do Conselho de Estado para debater soluções para combater a pandemia da covid-19. E pronto. Lá teve de ser...
Na sequência da fantochada eleitoral de domingo na Venezuela, foi notícia que a administração americana congelou todos os bens de Maduro nos Estados Unidos.
Não me parece que seja notícia. Notícia é Maduro ter bens e contas na América. Porque, para a esconder, Maduro fazer que "no pasa nada", fazendo-se de parvo e de ainda mais ignorante do que é, também já não é notícia.
Nicolás Maduro venceu as eleições na Venezuela, com 50,6% dos votos. Contra 49% de Capriles, que não reconhece os resultados e pede recontagem dos votos!