O secretário de Estado do Ordenamento do Território, Hernâni Dias, já membro do governo, criou duas empresas que podem beneficiar com a nova Lei dos Solos, da tutela do Ministério a que pertence. E, como é fácil de perceber pela própria designação da Secretaria de Estado, das suas próprias funções governamentais.
É grave, claro que é. Mais, ainda, é que Montenegro não tenha uma palavra, ou uma acção, sobre o caso. Que deixe seguir a marcha, mandando às urtigas a ética e a moral que na oposição sempre apregoou. Ou que não perceba, ou finja não perceber, que não tem, nem ele nem já ninguém - já todos esgotaram os créditos todos -, espaço para proteger e defender os seus à margem dos princípios.
Todos. Até os que pudessem estar mesmo convencidos que seria o Chega a limpar isto. Depois das malas do deputado Miguel Arruda, e de tudo o que se tem sucedido, desses já não há. Só restam os da fé. Podem até continuar a ser muitos, mas apenas e só por fé!
Todos, menos o Almirante. Esse - claro! - esfrega as mãos de contente com isto tudo. Nunca nada é mau para todos!
Foi uma semana agitada, esta que hoje termina, ainda agitada, no dia em passam sessenta anos sobre a morte de Churchil, hoje um monumento político.
Começou com a tomada de posse de Trump. E agitação maior não podia haver. Foi o chapéu da Srª Melania Trump, mais o seu look Gestapo, bem apanhado pela Cristina Torrão. Foi Elon Musk, exuberante na mal disfarçada saudação nazi. Foram Bezos, Zuckerberg e Elisson, no inédito que junta os quatro mais ricos do mundo na posse de um presidente de um Estado. Onde, ainda assim, não faltaram portugueses. Lá estiveram Marco Galinha e André Ventura. E foi a produção televisiva aos pés de Trump, a despachar na festa que se seguiu, em público, ou na reserva da sala oval, reservada para o mesmo efeito.
Prolongou-se pelo mesmo Trump, a ameaçar taxar tudo o que viesse de fora. E a convidar as empresas que produzem fora para que os americanos comprem barato a regressarem. Para produzir no país a preços a que não conseguem vender. Ou nem sequer conseguirem produzir porque, ao mesmo tempo, Trump quer expulsar de lá a mão de obra latina e sul-americana, para meter os americanos a trabalhar na agricultura, na pecuária, a lavar louça no Macdonald´s, a limpar as ruas, nos táxis e ubers, a meter gasolina, ou a entregar hot dogs, pizzas e hamburguers em casa dos outros americanos.
Continuou com o pipy da Cristina, e sabe-se como a Cristina, com ou sem pipi, agita o país.
Passou pelo sismo no Bloco de Esquerda - primeiro desmentiu e acusou o mensageiro, depois reconheceu o desvio - com a notícia de ter despedido trabalhadoras (inicialmente as notícias falavam de cinco, mas acabaram por se ficar em duas) que haviam sido mães e estavam a amamentar.
E pela surrealidade a tomar conta do Chega, com o deputado açoriano Miguel Arruda apanhado a roubar malas nos aeroportos de Lisboa e de Ponta Delgada, e a vender "on line" o produto do roubo. André Ventura, como é costume, foi esperto a tratar do assunto. Nem assim lhe correu bem...
E vai acabar com a Hermínia, a tempestade que se está neste momento a desenvolver no Atlântico para passar por cá o fim-de-semana. Espera-se que bem menos agitada que a Éowyn, que espalhou o caos por toda a Grã-Bretanha, e obrigou milhões de britânicos a ficarem hoje em casa.
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