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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Por uma ca(u)sa

Movimento Casa Para Viver manifesta-se em Lisboa

Foi por uma boa causa que os manifestantes ontem saíram à rua, em 24 cidades do país. Não foi por uma boa casa foi, só, por uma casa, esse direito constitucionalmente dado por garantido.

Houve excessos?

Alguns. Mas há-os sempre. Consta que, em Lisboa, três manifestantes com a cara tapada lançaram tinta vermelha, e terão chegado a partir vidros, na montra de uma imobiliária. E que deputados do Chega tiveram de ser escoltados e forçados a abandonar a manifestação. 

Percebe-se menos o que eles lá estivessem a fazer do que propriamente os outros a mascarar e partir montras!

Causas e coisas

Portugal juntou-se ao resto do mundo nas manifestações contra o ...

 

As manifestações pela morte de George Floyd, asfixiado aos joelhos de um polícia de Minneapolis, no Minnesota, espalharam-se pelas cidades de todos os estados americanos, voaram sobre o Atlântico e chegaram à Europa. E a Portugal, a Lisboa e ao Porto.

Lá, foi mais uma acha para a fogueira em que Trump transformou a América. Por cá foi, como não poderia deixar de ser, mais um foco de polémica à nossa maneira. Aquela maneira que sempre temos de tapar o fundamental com o circunstancial. 

Conciliar uma manifestação com as regras de distanciamento que a pandemia continua a requerer, mais a mais em Lisboa, onde ocorrem mais de 90% das contaminações, seria difícil. Isso só o PCP sabe fazer. Mas, ssperar de uma manifestação contra o racismo e a violência policial, outra coisa que não fosse gestos e palavras de animosidade para a polícia, nunca seria mais fácil.

 

Uma estratégia perigosa e imperdoável

 Convidada: Clarisse Louro *

 

Enquanto irrompem por todo o mundo gigantescas manifestações de protesto, como as que temos visto no Brasil e na Turquia, cá pelo país – com muitas, as mesmas se não mais razões - tudo parece calmo. Enquanto as sociedades por esse mundo fora se agitam e revoltam, e saem à rua a reclamar soluções ao poder, por cá… nada. Uma meia dúzia canta Grândola aqui, outra meia dúzia levanta um cartaz ali, um que manda o presidente trabalhar… E que caro lhe sai!

Mais nada!

E no entanto sobra tensão na sociedade portuguesa. Sente-se essa tensão em todo o lado: na rua, no trabalho, até entre amigos. Revele-se ela em medo ou em ansiedade. Nos nervos à flor da pele ou na intolerância. Percebe-se na sociedade portuguesa uma panela de pressão muito próxima de explodir. E percebe-se que não há válvula para soltar a pressão…

As movimentações sociais - sabe-se – são normalmente as válvulas de escape mais eficazes. Comportam sempre alguns riscos de desvirtuação, seja por manipulações de cúpulas seja por infiltrações. Às vezes alguns conseguem controlá-las e apropriarem-se delas, desvirtuando o que de puro e genuíno possa estar na sua génese. Outras vezes há infiltrações, há grupos que se infiltram para, a coberto de qualquer turbilhão humano, prosseguirem os seus fins, quase sempre criminosos. Mesmo assim, mesmo correndo sempre esses riscos, continuam a ser a fórmula mais saudável mas também mais eficaz de a sociedade libertar a pressão.

Mesmo em Portugal. Todos recordaremos momentos da nossa História recente em que bastou uma grande manifestação de massas, umas poucas horas que fossem, para se passar a respirar melhor.

Nada que se assemelhe ao que se tem passado no Brasil, ou mesmo na Turquia. Os portugueses não se dão coisas desse tipo. De dias e dias de resistência. Somos pouco resilientes e muito de baixar os braços, de achar sempre que é o outro que tem de fazer aquilo que nos compete. De, como cantam os Deolinda, “vai lá tu que eu já lá vou ter”…

Se somos assim – e somos – há no entanto, em meu entendimento, algo que tem estado a ser feito para que sejamos ainda mais assim. Perigosa e irresponsavelmente, porque está a tapar essa válvula de escape!

Cada vez mais perdido no exercício da governação e cada vez mais acossado, o governo enveredou por uma – perigosa e irresponsável, repito - estratégia de divisão na sociedade portuguesa. Apostou em colocar os portugueses uns contra os outros: os empregados contra os desempregados, os trabalhadores do sector privado contra os funcionários públicos, os trabalhadores no activo contra os reformados e pensionistas, os novos contra os velhos, os alunos, os pais e toda a gente contra os professores… Verdadeiramente paradigmático o que se passou nos últimos dias, com o governo a recusar alterar a data dos exames que coincidia com a da greve dos professores - não para defender os alunos que, como se viu, não sairiam defendidos, mas para os usar e pôr toda a gente contra os professores - mas sem hesitar em alterar a data dos que, hoje, coincidiriam com a greve geral.

Esta é uma estratégia miserável. Porque numa sociedade como a nossa, é eficaz. Facilmente nos pomos uns contra os outros, porque isso faz parte da idiossincrasia lusitana, muito marcada por uma inveja latente, tão bem retratada naquele tão nosso provérbio da galinha da vizinha… sempre melhor que a minha!

 E o governo sabe disso, sabe que está a alimentar aquilo que lhe competia combater. É imperdoável!

 

* Publicado hoje no Jornal de Leiria

PONTOS DE VISTA

Por Eduardo Louro

 

Os incidentes de ontem em Lisboa, que finalmente dão a imagem que temos andado a esconder – Portugal está igual à Grécia, apenas com uma pequena décalage temporal -, têm naturalmente leituras diferentes conforme a perspectiva de quem os olha. É sempre assim!

A malta da direita - coincidente discurso oficial - diz que a polícia apenas desatou a bater depois de mais de uma hora de enxovalhos e pedradas e de um pré-aviso de cinco minutos. Quem levou – mesmo assim não vão tão longe quanto Mário Crespo, não escondem que a polícia bateu mesmo, e a sério – só apanhou porque decidiu ficar. Pôs-se a jeito. E a polícia não poderia perguntar primeiro e bater depois…

A da esquerda diz que a polícia teve tempo suficiente para actuar sobre as poucas dezenas de provocadores encapuçados que atiravam pedras e garrafas e provocavam todo o tipo de desacatos, bem distintos dos manifestantes pacíficos. Para os perseguir, deter e identificar. Mas que não o fez, que preferiu antes utilizar as suas acções provocadoras para justificar a carga brutal e indiscriminada sobre todos os manifestantes. E para lançar perseguições por grande parte da cidade, estendendo a violência a zonas já bem distantes de S.Bento: há testemunhos de repressão policial no Cais do Sodré ou na Boa Hora.

O que pôde ver e ler da visão da malta da esquerda é sustentado por testemunhos pessoais. A da direita não tem, naturalmente – é malta que não se mete nessas coisas - qualquer sustentação testemunhal.

Sou, mais por isso que por outro motivo qualquer, levado a atribuir mais crédito àquilo que a malta da esquerda apresenta como versão dos factos. Depois, começo a perceber que as peças encaixam: o ministro anunciou um aumento de 10,8% para a polícia, quer dizer, o governo tratou, primeiro, de comprar a polícia. Para garantir que não haveria abraços e beijinhos para ninguém. O primeiro-ministro, como de resto o Presidente da República – que, como sabemos, não fez greve, trabalhou todo o dia com o seu homólogo colombiano – não tinham conhecimento de nada do que se passara. Também ele ao lado do presidente colombiano – a quem tinha estado informar do sucesso do nosso processo de ajustamento, dizendo que neste ano e meio Portugal tinha atingido todos os objectivos do programa – dizia que apenas sabia que “houve um problema no Parlamento”.

Mas, já hoje, ninguém poupa elogios à actuação da polícia. Passos Coelho garante que foi necessária “para desincentivar quaisquer abusos no futuro”. Ora aí está: dois coelhos numa só cajadada. Com esta acção da polícia – se o Mário Crespo estivesse deste lado já estaria a dizer que os provocadores, encapuçados ou não, eram da polícia – preveniu-se a participação em futuras acções de protesto: uma coisa é ver-se uma linda moça abraçada a um polícia outra, bem diferente e dissuasora, é ver a mesma polícia a distribuir bastão sem dó nem piedade. E calou-se o êxito da greve geral: televisões e jornais não falaram de outra coisa. Da greve já ninguém se lembra!

Pontos de vista…

COISAS DE HOJE IV

Por Eduardo Louro

 
Hoje é dia de greve geral. Mas o país não parou: há muita gente com a vida transtornada, mas não muito mais que isso!

Certas greves correm de facto o risco de não passar muito disso: de transtornarem a vida a muitos cidadãos e gerar alguns prejuízos num ou noutro sector, ou mesmo em toda a economia, como vem sucedendo com a greve dos estivadores.

Defendo o direito à greve como um dos direitos sagrados e inalienáveis, que fique claro. Mas como instrumento eminentemente laboral, um instrumento dos trabalhadores que lhes permita mitigar – como eu gosto desta palavra desde que o ministro das finanças a utilizou – a colossal (outra!) diferença de poder na relação laboral entre empregadores e empregados. É uma arma – a mais poderosa – de que os trabalhadores dispõem para fazer valer os seus interesses quando antagónicos ou conflituantes com os da entidade empregadora. É esse o seu espaço natural!

Utilizar recorrentemente a greve como instrumento de luta política corre esse risco de o desvalorizar, ou mesmo de virar a arma contra quem a utiliza. Ao utilizá-la como instrumento de reforço do seu poder e do seu peso político específico, Arménio Carlos também não ajuda ... se não Carvalho da Silva!

Duas greves por ano contra a política do governo parecem coisa despropositada. No mínimo tão despropositada quanto a própria política do governo. E Arménio Carlos já hoje anunciou que iria debruçar-se sobre as funções do presidente da república e ainda sobre as matérias inconstitucionais no Orçamento do Estado. É evidente que tem todo o direito de se pronunciar sobre esses ou quaisquer outros temas da vida nacional, não pode - não deve – é anunciá-lo como matérias da competência institucional da CGTP, deixando no ar –  quem sabe? – que também pode marcar greves para influenciar na definição das funções do Chefe de Estado ou na fiscalização da constitucionalidade.

Há um campo para as greves e outro para as manifestações e outras manifestações cívicas. Em democracia, a intercepção de ambos deve ser um espaço muito reduzido. Tão reduzido quanto o da repressão policial. Ou o da provocação que a motive!

 


BASTA!

Convidada: Clarisse Louro *

 

Uma confusão com o calendário da minha participação neste nosso jornal levou-me a preparar um texto para ser publicado na última edição. Apenas quando me aprestava para o enviar para a Direcção reparei no equívoco: que a data de publicação era esta e não a da semana passada.

Começo por aqui porque grande parte do que então escrevera foi completamente desmentido na precisa semana em que seria lido. E foi-o, de forma arrasadora, no sábado passado!

Quem escreve sabe que nem sempre é fácil mandar para o cesto dos papéis aquilo que se escreveu. Não foi o caso: foi com uma satisfação enorme que enviei aquele meu texto para o lixo!  

Falava sobre a mentira e a tolerância com que nós, portugueses, lidamos com ela. Sobre a passividade, a falta de exigência e a cultura de acomodação que nos caracteriza. Não é que a extraordinária demonstração de mobilização cívica que os portugueses fizeram neste 15 de Setembro tenha funcionado como esponja que apagou aqueles traços da personalidade lusa. Isso não é nem possível nem exigível.

Não é que esta seja uma data regeneradora, o dia em que os portugueses despiram o negro conformismo com que foram talhados ao longo da História e que sacudiram o pesado fardo fatalista que há muito lhe puseram nas costas. Mas pode ser o princípio de qualquer coisa!

Portugal disse BASTA (feliz e premonitória a capa da última edição do Jornal de Leiria que, não por acaso, roubo para título) e gritou-o tão alto que se ouviu pelo mundo fora. E fê-lo com aquele civismo de que só os portugueses são capazes, a lembrar ao mundo, porventura já esquecido, que aqui se fez uma revolução com armas que em vez de balas tinham cravos. Sem divisões, como no primeiro de Maio de 74, sem partidos – antes contra os partidos -, sem sindicatos… Sem máquinas a ditar palavras de ordem, apenas a iniciativa livre e espontânea de portugueses de todas as gerações e de todas as idades, de todas as condições sociais, unidos pela revolta – é certo, e nem de outra forma poderia ser – mas, acima de tudo, por Portugal. Pelo direito a viver na pátria que é sua, que tem que os acolher e não de os expulsar. Por um país que não consentem seja desrespeitado e destruído!

As estruturas orgânicas do país – órgãos de soberania e partidos políticos - que têm a responsabilidade total pelo processo de destruição em curso, não podem fingir que não viram. E os portugueses, todos nós, não podem fingir que não fizeram isto. Não podem ver aqui um ponto de chegada, apenas um ponto de partida. Não podem desmobilizar. Não podem chegar às próximas eleições – sejam elas quais e quando forem – e repetir o passado: ficar em casa ou ir para a praia em vez de votar, seguir acriticamente aquilo que lhe põem à frente, aceitar o que as máquinas partidárias lhes impingem, aceitar que os que lhes mentiram continuem a mentir, permitir que quem os enganou os continue a enganar…

Quebrou-se o mito urbano do protesto inorgânico. O protesto orgânico é, por definição, sectário. Representa interesses de uns e não de todos, divide e não une. Tem o seu espaço, mas não é o espaço comum de todos nós. O protesto não enquadrado poderá resvalar para actos de violência, vem nos livros. Cá estamos nós para negar isso!

 

* Publicado hoje no Jornal de Leiria

ELES VÃO PERCEBER ISTO...

Por Eduardo Louro

 


Disse-se e escreveu-se por todo o lado nestes últimos dias – e também aqui - que o governo quebrou o consenso que existia em Portugal.

Ficou hoje provado o contrário: que o governo provocou afinal o maior consenso alguma vez verificado na sociedade portuguesa!

E no entanto não há aqui qualquer contradição. O governo quebrou consensos nas superstruturas político-institucionais, mas gerou verdadeiro consenso na sociedade civil. O governo abriu brechas no campo do jogo político, dinamitou pontes das negociatas que fazem com as nossas vidas mas, sem nunca o perceber – como nada parece perceber do que se passa à sua volta -, provocou o reforço do maior dos pilares da democracia e aquele que mais temíamos estar fortemente degradado e prestes a cair.   

O governo, este governo, conseguiu em pouco mais de ano congregar o repúdio e a revolta do país e o máximo denominador comum da mobilização dos portugueses. Que se uniram no maior e mais genuíno protesto cívico da História da democracia portuguesa!

Uma jornada de protesto memorável, de norte a sul do país, que juntou portugueses de todas as idades, de todas as condições sociais, trabalhadores e empresários. Sem necessidade de nenhuma organização tutelar, de qualquer máquina que aluga autocarros para encher de pessoas a despejar numa qualquer Praça da capital. Com a participação de milhares de debutantes em acontecimentos desta natureza: milhares de cidadãos, de jovens a idosos, que pela primeira vez na vida integraram uma manifestação!

O movimento surgiu nas redes sociais, e por lá se ia percebendo que iria ganhar dimensão. Mas sabe-se como é: por lá é fácil pôr um like, ou aderir mas, chegada a hora, o sofá ou a praia – e como foi quente este dia – falam mais alto e ninguém mais se lembra de um compromisso que, sabe, também ninguém leva muito a sério. Também isto este governo conseguiu quebrar: a participação em qualquer dos locais de convocatória nada, mas mesmo nada, teve a ver com os vou registados!

Neste dia quente de final de Verão, que cheirou a Primavera, quando a classe política, e os que a seguram e alimentam não se farta de dizer que Portugal não é a Grécia, enquanto para lá nos empurra todos os dias, os portugueses vieram dizer mais: Que Portugal não é a Grécia  nem deixarão que seja!

É comum dizer-se que estas coisas não têm consequências, que tudo acaba quando cada um regressa a casa. Não é bem assim e, desta feita, não será mesmo assim!

Hoje muita gente recuperou algum do orgulho perdido em ser português. E isso tem um valor inestimável: é o primeiro passo para percebermos que podemos ganhar muita coisa. Resgatar o orgulho no colectivo que somos é o primeiro passo resgatar a nossa dignidade. Para, depois, não mais a deixar roubar!

Que se lixe a troika. Queremos as nossas vidas …. Eles vão perceber isto…

 

GERAÇÃO À RASCA

Por Joana Louro *

 

 O país veio para a rua naquela que terá sido uma das maiores manifestações de sempre... e provavelmente a maior desde os tempos de Abril!

O país estava a precisar disto... E se me é permitido algum egoísmo, eu estava a precisar disto... Precisava de viver uma coisa assim, que me permitisse voltar a acreditar, voltar a identificar-me e voltar a encontrar-me neste país que é o meu e no qual quero continuar a acreditar...

No sábado, como canta Chico Buarque, a festa foi bonita. Foi bonita festa, pá! Duzentas ou trezentas mil pessoas nas ruas, de todas gerações: avós, pais, filhos e netos encheram as praças e as avenidas das nossas cidades. Num protesto cívico e digno, saído do povo – de todos nós – sem botões de comando em qualquer central partidária...

Uma manifestação que nasceu espontânea e descontraída e que a partir das novas formas de comunicar atingiu proporções impensáveis. Porque um grupo de jovens decidiu lembrar a outros jovens que protestar é preciso. E esses passaram a outros e outros a outros ainda, numa bola de neve que ninguém conseguiu mais parar.

Uma manifestação inconsequente, dizem! Não me importa muito. Importa-me muito mais que foi digna, responsável, cívica, pacífica e exemplar. Sem exageros de qualquer espécie. Sem violência, sem extremismos nem radicalismos. Longe, bem longe das imagens de destruição e violência de outros países europeus, como que a lembrar-lhes que também têm coisas a aprender connosco. E a lembrar-nos a nós que, quando queremos, sabemos fazer as coisas tão bem ou melhor que os outros...

Lembrando-nos que há mais de 30 anos também usamos cravos em vez de armas. Que houve Abril, se calhar com muitos momentos como este.... que nos enchem a alma e nos fazem acreditar.

Acreditar que afinal não somos uma massa inerte e amorfa. Alheia e indiferente a tudo, sem voz, sem consciência e sem noção de um mundo de pessoas a sério que é muito mais do que aquele que está ao alcance de um clique. Acreditar que este pode ser o princípio da mudança. Acreditar que o valor da abstenção nas últimas eleições presidenciais foi apenas um descuido de percurso... Que esta gente não se está nas tintas, não é indiferente nem negligente... Que está envolvida com o país e que no momento certo, na forma certa e nas doses certas o sabe demonstrar. Acreditar que, se calhar, ainda é possível sonhar um país, porque sabemos que o país muda … se nós mudarmos! Que o país não fará por nós aquilo que nós não soubermos fazer por ele...

Se acredito em tudo isto? Quero acreditar e acho que mereço acreditar! Deixem-me acreditar… Não estraguem!

 

* Publicado no Jornal de Leiria de hoje

 

 

 

 

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